Helena acordou mais disposta que o de costume. O seu primeiro dia de trabalho estava a sua espera. Bem cedo ela logo tratou de tomar café e um bom banho, deixando seu assanhado cabelo em seu devido lugar. Depois de pronta correu até a mãe, para ter uma avaliação final.
— Então, como estou? — Rodopiou, mostrando a roupa que havia escolhido.
— Minha filha, tenha calma, você vai para um trabalho — Riu — Mas está perfeitamente bem — Elogiou-a, mesmo sabendo que não precisaria ter se arrumado TANTO assim.
Ela estava usando a mesma calça do dia em que foi contratada e uma blusa branca, lisa e sem detalhes.
— Estou muito ansiosa — Correu até o pequeno sofá e sentou-se — Ele não me disse a hora para ir, mas presumo que seja logo cedo, pelo menos por esse horário.
— Mas você precisa se acalmar, está muito afoita. Ele vai pensar que você tem problemas ou coisas do gênero — Andou até ela e se sentou-se ao seu lado — Mantenha a calma — Pediu. A jovem estava bastante ansiosa para o seu primeiro dia (algo normal).
Antes que Helena pudesse falar algo, alguém bateu palmas do lado de fora e logo foi entrando casa a dentro. As duas se assustaram, mas logo se recompuseram, notando que era a Cristina Salles, sua mulher amiga.
— ADIVINHA QUEM CHEGOU? — Disse tão alto que toda a rua pôde ouvi-la e deduzir que ela estava ficando brevemente louca — FINALMENTE EU CHEGUEI! — Disse ainda mais alto.
Teresa se assustou um pouco, mas começou a rir.
— Amiga! — Helena correu até ela e lhe deu um abraço — Você não sabe o que aconteceu!? — Estava alegremente afoita.
— O que? — Andou até Teresa e lhe deu um beijo na bochecha — Como vai, tia?
— Maravilhosamente bem — Ela estava compartilhando da alegria de sua filha.
— Então, o que foi que aconteceu? Eu passei quase um mês fora e não tivemos contato algum, portanto, pode tratar de me atualizar — Sentou no sofá e olhou para Helena.
— Eu não posso demorar muito, pois se não irei me atrasar para o meu primeiro dia de trabalho. — Disse contente.
— OH, MEU DEUS! — Levantou-se rapidamente e correu até Helena, lhe abraçando. As duas começaram a girar abraçadas e gritando de felicidade.
— Meninas! — Teresa pediu — Ainda tem gente dormindo na vizinhança (mesmo sendo um pouco mais tarde).
— Desculpe — Cristina se conteve e foi até a cozinha, pegar um copo com água.
As duas se conheceram quando ainda estavam no início do ensino fundamental I — Cristina estava na terceira série e Helena estava na primeira série —. Uma garota mais velha estava importunando Helena e logo Cristina interviu. Desde então, as duas são como unha e carne. Há momentos em que elas pouco tem contato, devido ao trabalho de Cristina, mas quando se encontram, sempre se divertem como nunca.
— Amiga, eu não vou poder lhe dar carona... — Suspirou ao retornar à sala — Eu tenho de ir voando para o escritório de papai. Eu cheguei há poucas horas de viagem e vim primeiro para cá, para depois ir ao trabalho.
— Como se eu fosse exigir que você me deixasse no meu trabalho — Riu.
Depois de uma breve conversa entre as duas. Helena explicou tudo o que aconteceu e Cristina comentou que havia conhecido um novo rapaz, mas que depois lhe apresentava. Depois de se despedirem, a jovem correu até a mãe, lhe deu um beijo na bochecha e pediu que lhe desejasse sorte em seu primeiro dia no trabalho.
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Uma Chance Para Viver - Livro 1
Romance- De antemão, peço desculpas a erros de digitação durante a sua leitura. Os pacatos dias de Helena Gilbert cessam ao se encontrar com Igor Thompson, recém-chegado de Londres a pequena e calma cidade de Bela Ventura, no interior do nordeste brasileir...