Capítulo 24

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O carro preto estacionado em frente à casa de Helena esperava por ela. Ele foi claramente adaptado para comportar pessoas com deficiência e posteriormente outros passageiros, de uma forma confortável e sem dor de cabeça.

A manhã estava um pouco fria, mas, confortável o bastante.

Helena estava se despedindo de sua mãe, com vários abraços e beijos. Teresa ainda não estava totalmente satisfeita com a sua ida (por mais que fosse somente por um mês). Quando Josef falou, ela achou que demoraria bem mais que o prometido, no entanto, foi bem mais rápido do que Helena ou qualquer outra pessoa pudesse esperar.

— Promete que vai se cuidar!? — Sua mãe a olhou — Você tem de me prometer que vai se cuidar — Manteve o olhar firme, a espera de uma resposta.

— Claro que sim, mamãe! — Sorriu — Eu vou me cuidar sim!

Teresa sempre se preocupou com sua filha de uma forma exagerada. Sendo sua única filha, o seu cuidado era quadruplicado. Depois que fez dezoito anos de idade, Teresa a deixou um pouco mais à vontade, diga-se de passagem, mas, mesmo assim ainda mantinha Helena em baixo de sua asa.

— NÓS VAMOS PARTIR EM BREVE! — Irina gritou de dentro do carro — VAMOS LOGO — Gritou mais uma vez.

— Não vejo a hora de sair desse carro! — Igor reclamou impaciente — Isso me cansa — Bufou.

Sua cadeira de rodas estava no porta-malas do carro, seguidos de todas as bagagens necessárias para ficarem todo esse tempo em um lugar diferente.

Quando ele descobriu que iriam para a capital (Natal), para o centro em que Matheus mantinha, ele ficou super feliz, pois, viu que todo o seu esforço valeu a pena. Mesmo com toda a alegria, a ansiedade ainda lhe deixava em dúvida. Será que ele conseguiria de uma vez por todas vencer o seu problema?

Avril quando soube os odiou com todas as forças, principalmente Helena, pois, segundo ela, a jovem o encorajou a continuar lutando para que um dia pudesse ficar curado novamente. Ela viu nisso uma grande oportunidade do seu plano não dar certo. Avil desejou que durante a viagem, o carro capotasse e todos eles morressem, pois, somente assim se livraria de três coelhos com uma tacada só.

— Você não vai embora sem antes se despedir da gente — Cristina disse em um tom bem alto ao se aproximar de Helena. Cristina estava correndo, enquanto Vítor andava tranquilamente.

A jovem logo virou-se para ver a sua amiga que estava acompanhada de Vítor.

— Eu vou ficar somente um mês fora — Disse aos risos e sentiu o impacto do forte abraço.

— Mas também precisamos lhe contar uma coisa — Vítor e Cristina se entreolharam, logo se separando do abraço.

— O que? — Helena perguntou esperando qualquer coisa que fosse — O que é que vocês vão me dizer?

— Bom... — Vítor fez uma pequena pausa e se preparou para falar, mas foi impedido por Cristina.

— Nós vamos casar! — Revelou e deu mais um forte abraço em Helena.

Vítor estava segurando uma sacola e de dentro, tirou um lindo convite de casamento.

A jovem só sabia retribuir o abraço, mas até o momento a sua ficha ainda não havia caído.

— Como? — Perguntou ao se recuperar do choque — Vocês vão se casar? COMO ASSIM?

— Bom, ainda estamos pensando a respeito de como tudo irá acontecer — Vítor respondeu — Não será hoje e nem amanhã, mas ainda precisará de tempo — Disse cauteloso.

Uma Chance Para Viver - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora