Capítulo || 18

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Suspiro pesadamente quando sinto a boca de Noah tocar a minha com leveza, como uma espécie de veludo, me fazendo arquejar na cama e apertar seus cabelos com mais força, recebendo um gemido abafado em resposta.

Como se nossa proximidade nunca fosse o suficiente, enlaço minhas pernas em sua cintura e o puxo repentinamente para mais perto de mim, sentindo logo em seguida sua risada contra meu rosto, que faz cócegas em minhas bochechas.

Perceber seu corpo corresponder aos meus toques faz apenas com que eu anseie da melhor maneira possível por seu contato pelo resto da minha vida. Sem parar.

Suas mãos apertam a parte interna da minha coxa e eu sorrio, contornando suas costas nuas com desejo e agilidade incríveis. Meus sentidos vacilavam quando estava perto de Noah, não era algo controlável, e evitar servia somente para aumentar as batidas em meu coração ao vê-lo.

Quando Noah desce seus beijos para meu pescoço, por um momento penso que iria me desfazer ali mesmo, com sua língua quente percorrendo toda a extensão da minha clavícula e início dos seios, mas de alguma forma encontro forças, fechando os olhos com força enquanto seguro seu queixo com delicadeza para beijá-lo.

Antes de o aproximar totalmente, segurando seu rosto com carinho, olho em seus olhos verdes, desejando me perder em suas íris coloridas, mas até que tivesse a oportunidade de fazê-lo, deixo nossos lábios colidirem mais uma vez, em um beijo calmo e sem pressa, ambos tentando ao máximo aproveitar cada pequeno pedaço do outro, cada canto inexplorado.

Quando ele abaixa suas mãos e as desliza sem nenhum sinal de hesitação por meu corpo, não consigo evitar em sorrir, mas de repente inverto nossas posições e me coloco por cima de seu quadril, dessa vez podendo o admirar com mais clareza. Assim que ele move seus dedos para minha cintura e deixa um pequeno aperto, preciso de um psicólogo tremendamente forte para negar com a cabeça e depositar suas mãos no alto de sua cabeça.

Deposito um beijo leve em seus lábios, descendo em seguida para sua mandíbula, então pescoço e peito, deixando minhas mãos descansaram em seus cabelos, os acariciando como sempre gostei de fazer. Continuo com os beijos quentes por seu corpo, sendo estimulada pelos gemidos roucos que escapavam de Noah, até que...

Eu acordo.

Olho ao redor, confusa e com uma vontade gritante de ir ao banheiro, constatando estar sob o lençol branco do hotel e em uma das camas do quarto. Sozinha.

Toco levemente meus lábios, e sem muita demora me pego pensando sobre o sonho, nos dedos de Noah passando pela minha pele, a sensação de sua boca contra os minha e como seria caso realmente acontecesse.

Mordo o lábio inferior com força, me jogando na cama e soltando um grunido alto, punindo a mim mesma por tal pensamento.

Droga... Ele tem namorada! Não posso simplesmente sonhar com esse tipo de coisa, muito menos quando Heyoon, minha melhor amiga no grupo, está devidamente comprometida e apaixonada por Noah.

Mas... é normal sonhar com algo assim, não é? Acontece com todos algum dia, afinal... certo? É claro que sim.

Enterro meus dedos em meu cabelo e respiro fundo. Ok, foi apenas um sonho. Algo hipotético, irreal, que certamente nunca irá acontecer. Estava apenas cansada demais depois do show e na sequência rever um antigo amigo, por isso acabei imaginando loucuras. Essa precisa ser a explicação.

Me apronto rapidamente e desço as escadas na velocidade máxima que meu corpo era capaz, já que o elevador estava em manutenção e meu celular indicava um atraso de 10 minutos para encontrar o resto do pessoal no saguão e acompanhá-los até o local do último show aqui, para ensaiarmos antes da performance.

Austrália ❈ Noah UrreaOnde histórias criam vida. Descubra agora