GENNIE OLHAVA PARA a casa abandonada com um aperto no coração. A alguns dias soube que a casa havia passado para o seu nome, sua tia não queria mais ter a residência como patrimônio então resolveu passar para o parente mais próximo que tinha, já que a mais velha não tinha filhos ou marido. Com os papéis alegando que ela era dona daquela casa, veio consigo uma carta lacrada. Nela dizia que ela tinha que libertar os moradores daquele lugar; eles não iriam fazer nada consigo por ser seus parentes, mas caso recusa-se, teria um destino que jamais imaginou ter. Claro, a morena não acreditou em nada que estava escrito, muito menos no que as pessoas diziam da casa. Acreditava que os assassinatos que ocorriam ali, eram pessoas aproveitando da fama da casa para despistar qualquer pistas e foi por isso que entrou na justiça para investigarem novamente todos os assassinatos, não sobrenaturais, propriamente dito por ela.
A paraibana estava exalta, o calor fazia com que ela ficasse encharcada pelo suor que aparecia de um monte. Algumas pessoas que passavam pelo arredor a olhavam desconfiados, além de estarem achando que ela era uma suicida, já que a mulher se apoiava nos portões da casa, mas Gennie não se incomodava. Não iria entrar naquele momento na residência, ela ainda estava trancada e conseguiria as chaves da casa somente no dia seguinte com os policiais. Estava ansiosa, queria saber o que tanto tinha dentro daquele móvel; ansiava por isso.
Aos poucos foi se afastando da residência, atravessou a rua e se sentou em um banco que possuía na calçada. O fluxo de pessoas era pequeno e não tinha muito o que fazer ali. As janelas da casa eram protegidas por cortinas internas, mas vez ou outra elas balançavam como se estivesse uma corrente de ar lá dentro.
- Mas o que...
Gennie ficou sem palavras quando em uma das mexidas das cortinas pode ver brevemente um homem de mais ou menos quarenta anos olhando para ela sem expressão alguma. Como ele foi parar dentro da casa? Se perguntou enraivecida, ou talvez, até mesmo, contrariada. Mas acalmou-se ou pelo menos tentou quando seu telefone tocou.
- Senhorita Gennie?
- Aconteceu alguma coisa policial Torres? - levantou nervosa com a possibilidade de não conseguir entrar legalmente na residência a frente de si.
- Oh, nada de grave, menina. Somente que eu consegui as chaves e os papéis hoje mesmo, na verdade estou com eles aqui em minhas mãos e gostaria de perguntar se você gostaria de entrar na casa hoje.
- Meu Deus, sério? - sorriu, mal acreditando que aquilo estava acontecendo de verdade - Eu quero sim, quando o senhor acha que irá chegar na casa?
- Em no mínimo trinta minutos, podemos nos encontrar lá?
- Claro!
Gennie levantou do banco em um pulo alegre, guardou o telefone no bolso de trás do short que usava e começou a andar de um lado para o outro para o tempo passar mais depressa. Queria que o policial chegasse rapidamente, a ideia de finalmente conhecer o interior daquela casa é maravilhoso, não só por finalmente descobrir o que causa tanto pavor nas pessoas, mas por todos os móveis da residencias ser centenários. Era algo da família, jamais mexer nos móveis da casa, somente cuidar deles e restaurar. Era como se fosse um patrimônio público, mas no caso daquele lugar, era patrimônio da família.
A morena olhou de um lado para o outro conferindo se não vinha carro em nenhum dos lados, quando certificou que estava seguro de atravessar a rua andou até o outro lado e apoiou suas costas no portão da casa cruzando os braços. Faltava cerca de quinze minutos para o policial chegar e finalmente entrar na casa sem que ninguém se oponha a tudo aquilo.
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307 ━━ jeon jungkook
أدب الهواةCondenada a existir por diversas reencarnações sem que pudesse ter o amado ao seu lado, Gennie permanece a lutar por um destino diferente daquele ao qual estava fadada, embora logo a desesperança tenha tomado conta de seu coração. Todavia, era no úl...