Jaoku

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A UMA SEMANA a polícia tinha dado início às investigações da casa 307. Gennie todos os dias em um horário não específico, visitava a casa. De certo sem um interesse aparente a ninguém, mas um pouco para rever o misterioso JungKook que nunca mais apareceu, ninguém tinha o visto, ninguém sabia da existência do rapaz.

— Tia? O que a senhora faz aqui?

Do outro lado da porta de sua casa, uma senhora de no máximo sessenta anos a olhava com um olhar doce. Tia Adelaide é uma das melhores pessoas na vida da pequena Gennie e a tia que passou a casa "mal assombrada" para o seu nome.

— Oras menina, a velha aqui não pode visitar a minha sobrinha neta preferida?

A senhora entrou na casa sem permissão, não que ela precisasse de uma para entrar na residência. Gennie fecha a porta e acompanha a tia até o sofá de sua sala.

— Aconteceu algo tia?

— Eu que pergunto isso, querida — sentou-se no sofá e olhou a mais nova — conheceu algum rapaz? Mais específico na casa que lhe dei?

— Como a senhora...

— Você por acaso leu a carta que veio com os papéis da casa? — Gennie confirma — Então, menina, você tem um propósito aqui.

— Oras tia. Eu não acredito nessa história para criança dormir e ter pesadelos.

— Não é brincadeira, Gennie. Você tem que libertar os moradores daquela casa, Gennie. Esse é o destino de nossa família. E você tem que acabar com toda aquela maldição.

.

.

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— Garota vai com calma, isso é praticamente álcool puro.

Fazia mais de meia hora que Gennie se encontrava em um bar um tanto longe de sua casa, o assunto que tratou com sua tia a uma hora atrás a atormentava desde então. Não que finalmente acreditava em toda aquela história absurda de fantasma e que ela tinha que os libertar, mas também sabia que sua tia nunca foi de mentir. Talvez era ela que finge não acreditar em algo assim.

Bebendo vodka e whisky, a morena tentava esquecer de toda a conversa. Sentia sua garganta queimar com todo aquele álcool que ingeria e sentia tudo ao seu redor girar. Soluçava algumas vezes e alguns sorrisos baixinho escapava vez ou outra, sem nenhum motivo engraçado. Tombou a cabeça para o lado enquanto olhava para o homem que só faltava a expulsar do bar de tanto que ela bebeu bebidas fortes, que, possivelmente, iria fazer mal no outro dia.

— Ei tio — tentou ficar ereta — me vê mais uma dose de vodka.

— Não tem mais nada para você aqui menina. Por favor, vá embora e descanse.

— Mas...

— Mas nada, vamos saia. Amanhã você me paga tudo o que consumiu, se é que vai lembrar de alguma coisa.

Resmungando e falando palavras de baixo calão, pelo menos para ela, saiu do bar aos cambaleios. Apoiou-se nas paredes por alguns metros andado, ela não olhava para onde ia já que não queria aparecer em sua casa tão já. Andava para frente e virava esquinas sem ao menos prestar atenção. Cambaleou algumas vezes, mas sustentou o peso nos pés. Um pouco tonta olhou para frente e reconheceu onde se encontrava, não estava longe da casa "mal assombrada" e sem alternativa naquele momento caminhou até a casa.

A rua estava deserta, algumas casas tinham as luzes acesas, mas a maioria estavam apagadas. Um pouco a frente avistou um jovem parado perto da casa 307, forçou um pouco mais a vista e reconheceu o rapaz, andou até ele rapidamente e aos cambaleios, logo o chamando:

307 ━━ jeon jungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora