Não é novidade que celebridades fazem contratos de relacionamento entre si. O que Barbara Cortez - atriz e ícone da moda- e Paulo Dybala - jogador de futebol e filantropo - não esperavam era se apaixonar um pelo outro quando sempre se desprezaram.
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Barbara observava a movimentação no Allianz Stadium em êxtase. O estádio estava ficando lotado aos poucos com todo tipo de torcedor. A atriz olhou para a blusa que usava – com o número e nome de Dybala e desejou poder queima-la com os olhos.
Ela olha para os lados e nota um pequeno grupo de paparazzis se aproximando e engole um sorriso. Enganar a mídia era mais fácil que tirar doce de criança!
Barbara se acomoda no camarote após pedir uma taça de vinho para si mesma, e sente seu celular vibrar.
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O hino da Juventus começa a tocar, roubando sua atenção. Barbara guarda seu celular e toma um gole de sua bebida, admirada com o espetáculo da torcida. Ela já havia ido em inúmeras partidas de futebol, mas por alguma razão, seu coração bateu mais rápido ao apito inicial.
O jogo eletrizante, misturado com as três taças de vinho tornaram Barbara em uma torcedora fanática. Ela gritava quando uma falta era injusta ou quando Paulo errava o gol como qualquer um.
– Argh! – ela reclama quando mais um escanteio é marcado.
Douglas Costa o cobra rapidamente e a bola para perfeitamente na cabeça de Paulo, que faz o gol, fazendo o estádio inteiro levantar e comemorar. O jogador não se esquece de apontar na direção de Barbara, movendo toda a atenção dos fotógrafos para ela. A atriz resiste a urgência de revirar os olhos e dá seu melhor sorriso orgulho.
Eles mal podem esperar para ler os jornais amanhã.
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Como instruído, ela espera o jogador na área dos familiares, não podendo deixar de bisbilhotar em algumas pessoas presentes. Mulheres muito parecidas com ela aguardam ansiosamente a saída de seus companheiros, algumas com crianças em seus pés.
Barbara estaria condenada se esse fosse seu futuro.
Por sua sorte ou azar, Paulo surge em seu campo de visão tendo uma conversa afiada com um de seus colegas. Ela franze o cenho. O jogador parecia feliz, mas essa felicidade saiu de seu rosto no instante que colocou seus olhos na atriz, como se tivesse se esquecido de tudo.
Ele dispensa o colega e para na frente de Barbara, sem saber o que fazer. Casais normais se cumprimentam com um beijo, um abraço..., mas eles não eram um casal normal.
Tentando quebrar a tensão, Barbara coloca uma de suas mãos na cintura de Paulo, o que pareceu piorar tudo, a fazendo recuar imediatamente.
– Hm... Você jogou bem, eu acho... – ela tenta dizer e desvia o olhar, querendo sair da situação o mais rápido possível. Paulo apenas concorda com a cabeça e respira fundo.
– Ok princesa, vamos para casa. – ele diz após um momento de hesitação, quase arrastando Barbara para fora com sua mão. Assim que entram no carro, os dois jogam suas cabeças para trás.
– Isso foi péssimo.
– Não foi tão péssimo assim.
– Foi terrível, Dybala. Nós temos que melhorar. – Barbara afirma, mas o jogador não pareceu se importar. Fez uma partida incrível e nada estragaria seu humor, muito menos ela.
– O pior ainda está por vir! – ele responde sarcasticamente e liga o rádio, tentando relaxar. Paulo podia perceber eu Barbara estava infeliz – Então, está pronta para ir para sua nova casa?
Ele não obtém resposta. Uma canção de Kanye West começa a tocar e Barbara resmunga.
– Eu odeio essa música! – Barbara diz, fazendo Paulo aumentar o volume e colocar no máximo. Ela lhe mostra o dedo do meio e respira fundo mais uma vez. Eles não demorariam a chegar no apartamento de Paulo.
– Simples... – ela sussurra pra si mesma quando entra na casa, observando cada detalhe do local onde ela morará por seis meses.
Paulo rapidamente se tranca em seu quarto sem dizer uma única palavra, e Barbara fica por si mesma para achar o seu quarto. Ela caminha por alguns instantes até ver sua bagagem delicadamente colocada dentro de um quarto, uma obra que não pertence à Paulo.
O quarto era grande, porém simples. Se ela fosse viver seis meses ali, teria que ter a sua cara. Por isso pediu mais cedo para sua equipe comprar alguns papéis de parede e itens de decoração e deixá-los junto de suas malas.
– Ei Siri, toque I Want To Break Free. – ela suspira largando seu celular em cima da cama e observando seu quarto. Duas malas com decorações e duas com roupas.
Barbara coloca uma roupa confortável e prende seu cabelo. Agora sim podia começar.
– Oh how I want to break free! – ela canta rindo ao perceber a ironia da música em relação a sua situação atual.
Pouco tempo depois o local antes estranho começa a ter um tom familiar, colocando um sorriso em seu rosto. Paulo cruza os braços e observa a mulher dançar enquanto tenta pendurar um quadro em cima da cama.
– Eu poderia ter chamado alguém para fazer isso. –ele diz, a fazendo dar um pulo assustada – Mas você parece estar lidando bem com isso.
Barbara tenta o ignorar e colocar o quadro, mas a presença do jogador ainda incomoda.
– Bater na porta é bom... – ela provoca.
– Essa é a minha casa! – ele ri e dá um passo para frente.
– Bom... Agora essa é a minha casa também. – Barbara diz e deixa cair o quadro mais uma vez – Puta que pariu!
Paulo segura o riso e se aproxima da mulher, tomando o quadro de suas mãos. Barbara o observa confusa.
– O que diabos você tá fazendo?
– Te ajudando. – Paulo diz e coloca o quadro com facilidade na parede. Parecia uma piada. – Então... Queen?
Barbara pega seu celular e aumenta a música em resposta. Sua maneira de dizer obrigada.
– You had your chance... – Dybala cantarola sozinho enquanto ajeita um canto do papel de parede.
Barbara ri e balança a cabeça, sem acreditar que ele estava sendo minimamente suportável.
– Ah, então agora você tem bom gosto musical? – Barbara questiona com a mão na cintura.
Paulo dá de ombros e começa a mexer na mala de Barbara – sem autorização.
– Ei, ei!
Ele vira e balança uma das peças.
– Por que você usaria isso aqui? – Paulo pergunta com a lingerie em mãos – Não se esqueça que não somos de verdade, princesa.
Ela retira a lingerie de suas mãos e a joga de novo na mala.
– Você não é o único homem na cidade, mi vida! – Barbara retruca irritada.
– E você precisa disso pra conseguir um homem? – Paulo pergunta cruzando os braços – Porque sua personalidade certamente não é suficiente...
Barbara arregala os olhos e joga uma fita no jogador, o lembrando do porque está lá.
– Ajuda e fica quieto.
Paulo ri e volta sua atenção para arrumar o quarto. Os dois ficam em silêncio, cada um concentrado em sua função.