Chapter 5 - Bumie of Jjong

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Terminei o banho e percebi que havia deixado minhas roupas no quarto. Seria muito estranho aparecer só de toalha na frente do garoto gato?

Nem pensei em uma resposta e já fui abrindo a porta do banheiro, Key estava focado no desenho, mas seu rosto virou rapidamente ao me ver.

Seu olhar passou por todo o meu corpo e acabou parando em meu abdômen. Por mais que eu estivesse na fossa da minha vida, não deixei de cuidar do meu corpo, afinal era mais para a questão de saúde do que impressionar alguém.

Resumindo, eu estava em forma e isso chamou a atenção do garoto.

Pelo fato de ser observado, corri para pegar minhas roupas, que deixei em cima da cadeira da mesa onde trabalho, e entrei logo no banheiro. Não tive tempo de ver com clareza a expressão do mais novo.

Me vestir e sair do banheiro novamente, mas não olhei para o garoto deitado na minha cama, de certa forma eu estava envergonhado de ter ficado tão exposto.

Ofereci-lhe algo para comer e ele apenas negou, sem desviar sua atenção da TV. Sendo assim, sentei em frente a mesa e fui pesquisar algumas obras literárias que pudesse me ajudar de inspiração para escrever algo.

Uma hora havia se passado e eu acabei ficando surpreso com isso, no fim, eu acabei apenas pesquisando e lendo, sem ao menos ter anotado algo útil.

Olhei para o lado e Key estava quase cochilando enquanto abraçava sua pelúcia. Me levantei e fui até si.

- Pode dormir se quiser. – Falei e ele se sentou na cama.

- K-key quer assistir. – Apontou para TV e depois olhou para mim.

- Que tal comer alguma coisa enquanto assiste? Depois pode dormir e quando acorda, pode assistir novamente. – Sugerir e ele acenou em concordância, e se levantou.

Pausei o episódio que ele assistia e seguimos para fora do quarto, mas antes de entrarmos na cozinha, eu lembrei o quão zoneada a mesma estava e impedir Key de dar mais um passo, fazendo o mesmo se assustar com o meu ato repentino.

- Desculpe, mas não pode entrar ali agora. – Falei e ele me olhou confuso.

- P-por que? – Perguntou e eu cocei a cabeça, e fui em direção ao telefone, na intenção de pedir comida.

- Não está muito arrumado lá e eu não quero que se assuste ou seja pego pelo monstro do lixo. – Expliquei rindo levemente e ele me olhou assustado.

- M-monstro do l-lixo? K-Key n-não quer s-ser pego p-pelo m-monstro d-do l-lixo! – Disse assustado e correu até mim, e me abraçou fortemente, me fazendo cambalear um pouco para trás pelo o impacto do seu corpo com no meu. – P-protege K-key. – Sorrir e o abracei.

- Eu estava brincando, não tem monstro nenhum, só bagunça mesmo. – Afaguei seus cabelos e tirou seu rosto do meu ombro, olhando para mim, seus olhos tinham algumas lágrimas e eu acabei me sentindo mal por assustá-lo.

- N-não tem m-monstro? – Perguntou receoso e eu neguei.

- Não tem, está tudo bem. – Passei meu polegar pela sua bochecha levemente rosada e ele assentiu e saiu dos meus braços. – Vou pedir comida para nós, tudo bem? – Ele concordou e eu disquei o número do restaurante, e fiz o pedido, tudo sendo observado pelo o garoto.

Ele me perguntou se poderia assistir Garfield enquanto esperávamos a comida e eu permitir, colocando a animação na TV da sala. O garoto sorriu contente e se sentou no sofá com as pernas cruzadas como índio e abraçou sua pelúcia.

Fui até a cozinha e fiz a mesma careta que fiz dias atrás ao ver o estado dela, respiro fundo e decido em tentar dar um jeito nela quando Key adormecesse.

Alguns minutos se passaram e a comida havia chegado. Fui até a sala e comecei a organizar tudo em cima da mesa de centro.

Key se sentou no chão – assim como eu – quando o chamei para comer.

Comemos enquanto assistíamos sua animação favorita. Vez ou outra eu ria das peripécias do gato animado e do garoto gato ao meu lado, afinal ele se lambuzava com o frango e o rámen que comia.

Em um momento, ele soltou uma espécie de miado e depois ficou choramingando, olhei para si e ele estava com a mão na boca, olhos lacrimejando e rosto avermelhado. Logo deduzi, ele comeu alguma parte mais apimentada.

Corri para pegar uma garrafa de água na geladeira e rapidamente dei para o garoto, que bebeu o liquido com desespero, segurei em sua mão e tentei controlar para ele não engasgar. Depois que ele bebeu toda a água, olhou para a sua comida e a jogou para longe de si e subiu no sofá, abraçando sua pelúcia e choramingando.

Sentei ao seu lado e olhei o preocupado, suas lágrimas saiam sem parar e ele olhava para baixo.

- Ainda está ardendo? Quer mais água? – Ele negou e fungou. – Então, já passou. – Acariciei sua mão. – Não vai acontecer de novo. – Eu me sentir culpado novamente, era segunda vez que eu causava choro no garoto só naquela hora.

- M-machucou a b-boca do K-Key. – Ele falou com a voz embargada. – D-doeu. – Ele fez biquinho e eu tive a sensação que iria explodir a qualquer momento por tamanha fofura.

- Vou te dar um copo de leite e o gosto ruim vai sair, está bem? Já volto. – Me levantei e fui até a cozinha, coloquei o leite no copo com um pouco de açúcar e voltei para sala. Dei para o mais novo, que bebeu devagar enquanto me olhava, quando terminou, me devolveu o copo e voltou a se encolher. – Melhor? – Perguntei e ele assentiu e fungou novamente.

Decidir deixar ele em seu canto e juntei a bagunça do almoço desastroso, e levei para a cozinha, quando voltei para a sala, Key estava com os olhos fechados.

Desliguei a TV e o peguei no colo com cuidado, ele resmungou um pouco, mas parou no segundo seguinte e se aconchegou mais em meus braços.

Quando fiz menção de deitá-lo na cama, ele choramingou novamente e apertou sua mão em torna da minha camiseta. Abriu os olhos e me olhou fixamente.

- N-não deixa o K-ey. – Pediu e eu me deitei na cama com ele em meus braços, ficaria consigo até que adormecesse. – O-obrigado por salvar Key. – Ele se aconchegou mais.

- Me desculpe, foi culpa minha. – Pedi e ele me olhou, e sorriu pequeno.

- K-Key perdoa Jjong. – Sorrir para si e acaricie sua bochecha. Ele me abraçou e fechou os olhos. – Jjong t-tem b-barriga b-bonita como o do Minho. – Ele murmurou.

- Como é? – Perguntei um pouco surpreso e ele abriu os olhos novamente.

- B-barriga bonita...Jjong tem. – Ele cutucou meu abdômen e eu rir fazendo ele me olhar um pouco confuso, mas sorriu depois.

- Obrigado, Bumie. – Agradeci falando um apelido que inventei na hora.

- B-Bumie? – Perguntou confuso e eu assentir.

- É um apelido para Kibum, entendeu? – Ele assentiu soltando um “ah” prolongado.

- C-como Key?

- Sim.

- Key não p-pode se c-chamar m-mais Key? – Perguntou.

- Pode sim, mas às vezes te chamarei por Bumie, tudo bem? Mas, não precisa mudar. – Expliquei e ele assentiu.

- Key do M-Minnie e Bumie do Jjong. – Eu sorrir da forma adorável que ele falou.

- Pode se dizer que sim. – Ele sorriu e voltou a deitar sua cabeça em meu peito.

Logo ele dormiu, mas antes de adormecer, ele disse:

- Bumie do Jjong. – Aquela simples frase aqueceu meu coração naquele momento e acabou aquecendo ainda mais com o passar dos dias.

A Different Love For A Kitten - JongKeyOnde histórias criam vida. Descubra agora