A Different Love For A Kitten - JongKey

Chapter 6 - In love

Três meses haviam se passado.

Três meses que Key morava comigo e dava mais cor aos meus dias.

Muita coisa mudou naqueles 60 dias é claro. Minha rotina mudou, meu humor mudou e meus sentimentos também.

Milagrosamente eu conseguir rascunhar algumas ideias para poder escrever, isso me deixava mais tranquilo.

As investigações para descobrir o paradeiro dos Híbridos estavam a mil por hora, isso nos deixava preocupados e sempre em alerta a qualquer exposição ou alguém suspeito que pudesse desconfiar de mim, Taemin e até mesmo de Jinki.

Por sorte, meu dongsaeng não foi suspeito pelo desaparecimento, mas não podíamos arriscar.

Sendo assim, ele havia entrado em contato um amigo antigo da faculdade para fazer documentações falsas para Key e Minho, caso algo desse errado e tivéssemos que fugir para muito longe. E sim, eu me incluía nisso, pois eu tinha uma promessa e não iria deixar de cumpri-la.

Se eu estava com medo? Sempre, mas eu evitava demonstra isso, principalmente na frente de Key, que não imaginava a gravidade da sua meia liberdade.

Era triste ver ele olhar pela janela e avistar o parque a alguns metros de distância e não poder ir lá. Por mais que eu quisesse levá-lo, eu não podia arriscar.

Mas, eu conseguia ocupar sua mente em outras coisas. Comecei a ajudar ele a aprender a ler e escrever, era uma tarefa terrivelmente difícil, afinal o garoto só que queria assistir desenhos o dia inteiro ou dormir.

Mas, ele estava indo bem com o pouco que aprendia, porém ainda falava na terceira pessoa.

E eu não reclamava, eu preferia que ele continuasse assim por enquanto. Era tão adorável.

Outro problema era o banho, com o instinto de gato falando mais alto, ele se recusava a tomar banho e era uma batalha para fazê-lo se lavar. Por muitas vezes, eu tive que banhá-lo.

Era um tanto quanto incomodo para mim fazer isso, pois eu não conseguia controlar a minha maldita mente.

Céus, eu me sentia sujo em admirar cada parte do corpo do mais novo, mas era inevitável. Sua pele sem imperfeições e macia, seu corpo bem esculturado era uma fraqueza para mim.

Eu só pensava em tocar cada parte sua da forma mais carinhosa e, ao mesmo tempo, firme possível. Queria causar sensações intensas em si com os meus toques.

Mas, por mais tentador que fosse, eu me controlava, eu não me perdoaria se eu o assustasse ou fosse capaz de ferir sua inocência. Era sua melhor parte e como seu protetor, deveria mantê-la intacta.

Com o aumento no aluguel, tive que trabalhar algumas horas a mais que eu gostaria, tendo até que fazer horas extras no fim de semana para poder dar o melhor para o garoto gato.

Eu me sentia um pai solteiro ás vezes, mas não era ruim, eu gostava de cuidar e ver sua felicidade estampada em seu rosto fofo.

Key era a criatura mais fofa do mundo para mim.

Cheguei do trabalho um tanto cansado, a movimentação na cafeteria tinha sido maior naquele dia. Eu só ansiava pela minha cama.

Assim que entrei e fechei a porta, trancando-a, avistei Key abraçado com sua pelúcia olhando para mim com os seus olhinhos felinos e doce.

Todos os dias ele me recebia assim e todos os dias e eu abria meus braços e acolhia ele. Mas, dessa vez, ele não venho até mim.

- Algum problema? - Perguntei fechando meus braços e ele baixou a cabeça.

- Jjong demorou... - Ele falou baixo e eu olhei as horas no relógio de pulso, realmente tinha atrasado alguns minutos, mas eu não tinha percebido.

- Me desculpe, gatinho, tive muito trabalho. - Me aproximei de si e ele se encolheu.

- K-key achou que Jjong tinha indo embora... - Sua voz soou embargada e eu o puxei delicadamente para um abraço.

- Não, não! Eu nunca iria deixar você, e se eu fosse embora, iria levar você junto. - Afaguei suas costas e ele levantou a cabeça para me olhar. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e algumas já estavam pelo seu rosto.

- P-promete? P-promete pro Key? - Perguntou ansioso e eu assentir e beijei sua testa, o que causou surpresa nele. - Oh... - Ele se afastou devagar e eu o olhei confuso.

- O que houve? - Perguntei e ele baixou a cabeça apertando sua pelúcia.

- Jjong b-beijou Key... - Eu rir com sua fala e assentir.

- Sim, não gosta? - Perguntei.

- Key gosta, Key fica feliz. - Ele sorriu, mas ficou com uma expressão pensativa depois. - Mas...Key f-fica estranho.

- Estranho? Como assim? - Ele ficou pensativo de novo e depois fez um careta.

- K-key não sabe direito...mas aqui. - Ele apontou para seu peito. - F-fica q-quentinho. - Ouvir suas palavras, me fez sorrir e não resistir em abraçá-lo. Como poderia ser tão adorável?

- Então, eu posso te beijar mais vezes? - Perguntei e ele assentiu contente. Peguei em seu rosto e dei um selar demorado em sua testa. Ao me afastar, ele se encontrava com os olhos fechados e um sorriso doce.

Logo, ele abriu seus olhos e me olhou fixamente, como se tentasse me ler. E eu não estava diferente.

Meus batimentos estavam mais rápidos e estava sentindo uma cócegas no meu estômago. Não, eu não podia está sentindo aquilo, a última vez que sentir isso, foi quando estava próximo demais do Hyunsoo.

Droga.

Me afastei de Key e falei de forma apressada que iria tomar banho e após isso, iria esquentar nosso jantar.

Entrei no meu quarto e fechei a porta, sentei no chão, encostado na mesma e procurei o número de Taemin na discagem rápida.

Depois de três toques, ele finalmente me atendeu.

- Taemin, to ferrado! - Falei com tom de angustia.

- O que você fez com o Key? Ele foi exposto? - Ele perguntou desesperado.

- Aigoo! A pergunta certa é o que ele fez comigo! - Suspirei frustrado.

- O que quer dizer? - Era notável sua confusão.

- Taemin...não me mata, por favor. - Pedi e ele bufou.

- Pare de enrolar, hyung! - Respirei fundo.

- Eu acho que...eu...AISH! - Me levantei e fiquei andando de um lado para o outro. - Isso não pode ser possível... - Falei mais para mim do que para o Lee.

- Kim Jonghyun, se você continuar enrolando, vou ser obrigado a esquecer que você é mais velho e te xingar muito. - Ele ameaçou e eu me sentei na cama passando a mão no rosto.

- Eu acho que estou apaixonado pelo Bumie. - Contei e o outro lado da linha ficou em silêncio.