Planos Futuros

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(Henri)

Estava uma correria louca no hospital mas,consegui uma brecha para buscar May na rodoviária.
Lá estava eu,com um buquê de rosas e uma plaquinha escrito seu nome "Maria" só pra sacanear que eu não a reconheceria...
Mas,eu reconheceria meu amor no meio de um milhão de pessoas!
Quando à vi,não contive o riso...
Eu nunca tinha visto ela vestida daquele jeito...
Ela se aproximou de mim com a cara brava:
"Você disse que não conseguiria vir Henri,por isso não troquei de roupa!"
Falou e deu um soquinho no meu braço.
Meu Deus!Ela estava linda brava,ainda com aquela roupa de "santinha"...
Eu abri os braços e depois lhe dei o buquê:
"Assim que você trata quem lhe trás flores?"falei.
Seu olhar deu uma amolecida...
Ela pegou o buquê, colocou os braços ao redor do meu pescoço e me beijou.
"Desculpa amor...mas,essa cena deve estar no mínimo engraçada...uma garota do campo e um homem super elegante se beijando numa rodoviária lotada..."ela brincou.
"Você sabe que vou querer fodê-la assim....vestida com essa roupinha né?"falei já querendo levá-la pra algum lugar escondido dentro da rodoviária.
"Não posso...a Maria é virgem..."ela falou.
Apontei pra cima para tomarmos um café antes de irmos,ela devia estar com fome,depois da longa viagem...
"Então quando a gente casar,você vai se vestir assim,ao invés de uma lingerie branca e sensual na lua de mel..."brinquei.
"Sei que pelo menos você irá ficar cheio de tesão por mim como está agora...mais que com uma lingerie branca e sensual..."ela provocou.
Andamos de mãos dadas até o café chamando a atenção de quem passava.
Sentamos,eu pedi meu café e ela o dela,uma fatia de torta pra mim e um sanduíche natural pra ela.
"Meus pais estão ansiosos para conhecer você..."ela disse de repente.
"Eu também estou ansioso para conhecê-los..."falei.
Ela sorriu...
"Eu já lhe disse que eles são muito religiosos né?então...eu acho que..."ela estava procurando as palavras.
"Amor,eu sou ateu!"falei e ela arregalou os olhos.
"Fodeu...sério amor?Mas você sabe rezar né?"ela parecia apavorada.
"Por que?Vocês rezam a toda hora?"eu questionei e ri porque não poderia ser sério.
"Não 'toda hora' mas,assim que chego em sinal de respeito eu peço bença aos meus pais e eles fazem o sinal da cruz na minha testa.Oramos em todas as refeições e antes de dormir...aliás,não iremos dormir juntos lá,o bom seria nem nos beijarmos ou trocar carícias na frente deles..."ela disse e eu comecei a rir...
"Desculpa moça mas,devolve a minha namorada..."brinquei.
"É sério Henri!Se você quer realmente ter algo sério comigo e conhecer meus pais acho que você deve aprender pelo menos um pai nosso."ela disse e parecia nervosa.
Tentei acalmá-la...
"No orfanato eles nos ensinavam as orações amor,não se preocupe,sou ateu mas,não irei fazê-la passar vergonha."falei.
Foi só então que lembrei que nunca tinha falado que eu vim de um orfanato.
Ela me olhou surpresa:
"Amor..." ela começou.
"Não precisa ficar com pena de mim...pais nunca me fizeram falta."disse.
"Eu não estou com pena...estou com orgulho de ser sua namorada..."ela falou e pegou na minha mão.
"Então quer dizer que amoleci seu coração e você vai me deixar fodê-la hoje ao invés de esperar até o casamento..."brinquei e ela riu.
"Você é bobo né,amor!Eu aqui toda emotiva...acho que baixou a Maria em mim mesmo...."ela disse.
"Então...eu estava me aproveitando do momento..."falei.
"Se eu conseguisse,faria greve de sexo."ela tentou parecer brava.
Me aproximei do seu ouvido e disse:
"Ainda bem que você tem uma bucetinha gulosa..."
Ela me olhou nervosa e tomou um gole do seu café...
"Sorte a sua..."disse.
"Com certeza,sorte a minha..."
Paguei o fomos pro carro.
Levei-a em casa e voltei pro hospital.
Sei que ela iria trabalhar essa noite então nos veríamos somente no outro dia,pela manhã.
A gente tomava mais café da manhã do que jantavamos juntos.
May me mandou mensagem pra que eu a encontrasse no apartamento dela pela manhã.
Quando cheguei a porta estava encostada.
Abri e chamei-a...
Fechei a porta e fui até o quarto...
May estava vestida de Maria...
"Realizarei sua fantasia,meu amor..."ela disse.
Me aproximei dela,ambas das minhas mãos em seu rosto.
"Maria...serei cuidadoso pois,sei que é sua primeira vez...espero que seu pai não corra atrás de mim com uma espingarda ao saber que eu desvirginei a filha dele!"brinquei.
Ela riu e eu adorava fazê-la rir...
Eu adorava a leveza da nossa relação...
E eu faria de tudo pra continuar vê-la sorrindo...
Pois bem,no próximo mês eu vestiria o personagem e seria o namorado religioso de Maria.
Nada iria sair errado...


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