12. | Quem é você, Z? |

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Se Hazel pensou que sua amizade com Frank iria ser um marco em sua vida em que ela finalmente iria deixar de ter medo de toques masculinos, aquela briga provou que ela estava enganada

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Se Hazel pensou que sua amizade com Frank iria ser um marco em sua vida em que ela finalmente iria deixar de ter medo de toques masculinos, aquela briga provou que ela estava enganada. Enquanto colocava os brincos de pérola cuidadosamente em suas orelhas, soltando suspiros intermináveis em frente ao espelho.

Ao mesmo tempo que estava animada para o encontro com Sammy, sentia o corpo esquentar só de se lembrar do passado. O passado não é algo que deveria ser revivido, mas Hazel não podia evitar lembrar de tudo aquilo todo santo dia, a imagem de Samuel segurando seus cabelos com força não sumia de sua mente antes de dormir. Ela as vezes ainda acordava assustada com a possibilidade de ele querer machucá-la. Mas isso pra ela era amor, o amor tudo supera, era o que diziam.

O amor não dói, certo?

Pelo menos, Hazel sempre achou que não deveria doer. Infelizmente, nada na vida doeu mais que o amor, nada nos marca tanto quanto o amor que recebemos. Seja o amor romântico, familiar, ou até o amor pelos bichos de estimação. Mas ainda assim, algum tipo de amor faltava. Um tipo que a fizesse se sentir bem com tudo e todas as coisas.

Ela não sabia ao certo se amar também tinha medo envolvido, mas o medo e o amor acabaram se afeiçoando um ao outro e andando de mãos dadas desde que conheceu Sammy Valdez. Calçou os saltos baixos e quadrados nos pés pequenos, um batom vermelho bonito — O favorito de Hazel — e se olhou no espelho novamente.

— Você vai se sair bem, foco, força e fé! — Sussurrou. Hazel apontou para o próprio reflexo no espelho. Os cachos presos e brilhantes e a bolsa que repousava ao lado do corpo reluziam, deixando a pobre garota insegura se era bom ir num encontro tão brilhante daquele jeito. "Sammy não vai gostar nada disso", pensou.

Agarrou a bolsa com seus pertences e deixou seu dormitório em Nova Roma, sua colega de quarto já dormia em um sono profundo e mal se mexia. Haz olhou para o próprio smartphone, observando as várias mensagens de Percy e Piper. Mas a pessoa que mais desejava ler algum recado não disse nada.

Frank não tinha dito nem ao menos "tchau". Por algum motivo, sua ausência de interesse incomodou Hazel profundamente, ela simplesmente sentia isso dentro de si. A cena do barco não parava de se repetir, seus passeios em grupo até a sorveteria — Que era a única da cidade em que Frank podia tomar sorvete sem acabar indo parar no hospital devido à intolerância a lactose — Ou até quando conversavam animadamente sobre coisas esquisitas.

Em quase um mês, Frank tornou-se alguém importante demais. Ela não precisava ter medo, era só falar até cansar. Era um prazer estar em sua companhia, e ela sabia que era recíproco, os dois eram bons amigos. Mas algo ainda parecia incompleto, parecia estranho demais.

Caminhar pelas ruas da cidade sozinha era algo incomum em sua rotina, geralmente ela morria de medo de fazer qualquer coisa sozinha, mas naquele dia, ela só precisava pensar. Necessitava da própria companhia por uns instantes.

Lover Boy ✦ Frazel↳CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora