Capítulo 02: Uma Verdadeira Charada

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Finalmente consigo sair dali, pego o carro da Daniel e vou para casa. Chego em casa, guardo o carro, subo as escadas e me tranco no quarto:

— Vallid? Você está bem? O que aconteceu? — Grita Daniel batendo na porta do meu quarto.

— Nada! Estou bem!

— Então tá... — Diz ele indo embora.

Vamos ligar os fatos... Quais informações eu tenho? Número de telefone da mãe da criança, nome da escola e rua onde sumiu, sei onde fica o tal lugar que provavelmente as meninas podem estar, tenho foto da garota sei sua idade, diretor do lugar tem ficha criminal mas sem provas, tenho número da placa do carro ''BSE3D51'' e a garota usava mochila vermelha... Posso chegar á algum lugar com isso? Não sei.

08h30min da noite...

Saio do quarto para jantar, e enquanto eu janto penso em qual será meu próximo passo, se eu avisar para alguém, vai me tirar do caso e não é por nada, mas grande parte dos detetives daqui de São Paulo são corruptos, não confio neles desde que peguei um caso por aqui. Termino de jantar pego meu celular ainda na mesa e ligo para o Carlos, o celular toca, mas ele não atende... — Garoto inútil, quando se precisa ele não atende! — Penso baixinho. Enquanto estou saindo de casa meu celular toca:

— Não me vai dizer que é o Carlos! Alô?

— Escuta aqui... Se você acha ou pelo menos pensa que tem alguma chance de entrar aqui novamente, pode vir! Mas não garanto que sairá vivo! — Diz uma voz desconhecida masculina.

Como esse cara tem meu número? Não me lembro de ter passado para ninguém! A não ser Dona Miriam e Carlos e.... e.... O chefe! Isso meu chefe! Mas por que ele faria isso? Não tem como ele saber desse caso, vamos pensa Vallid pensa!

— Vallid? Tem certeza que está bem? — Diz Daniel tocando em meu ombro. Eu me assusto e me perco nos meus pensamentos.

— Já falei que está tudo bem cara! — Digo de maneira arrogante e saio de casa.

Enquanto vou andando pela rua em linha reta, eu fico tentando juntar as peças, essa história é muito confusa, é uma charada e tanto. Carlos me liga eu então atendo:

— Tava fazendo o que pivete? Demorou pra retornar por quê?

— Calma meu senhor, eu estava pesquisando fundo e olha só o que descobri...

— Fala logo que eu não tenho tempo.

— O tal diretor chama-se Phillip Arruda Campos, 54 anos e uma ficha criminal e tanto, porém sem provas então impossível prender ele. Outra coisa e que ele é dono de uma empresa de bebidas chamada: Distribuidora de bebidas PAC ou DDB PAC, e essa empresa foi fechada a mais ou menos dois meses por conta de uma denuncia de drogas sendo escondida e estupro de mulheres que trabalham lá, sem contar que ele gerenciava algumas empresas do programa Júnior Aprendiz, onde ele estuprava adolescentes. E tem mais, ele é casado com uma modelo que foi morta ''misteriosamente'' e nunca teve filhas nem filhos. Uma história meio curiosa não?

— Sim Carlos... Veja o que você descobre sobre essa empresa e tenta associar ela com a modelo ou qualquer outra coisa aqui em São Paulo. — Digo bem devagar e pensativo.

— Tá bom chefinho.

Por essa eu não esperava! Mais informações para ligar... Caralho! Quanta coisa! O que eu faço? Eu e um assistente nada experiente, sem reforços nem nada... Preciso de um plano, e um plano bom, muito bom mesmo!

Voltando para casa do Daniel, eu vou esperar até o próximo dia para ir até essa distribuidora de bebidas e ver o que consigo por lá.

Deito na cama e enquanto não durmo eu começo a resolver o caso mentalmente, o diretor estuprava mulheres e adolescente sem ninguém ver? Ou então viam, mas eram subordinados ou ameaçados e não falavam nada, e se ele estuprava, por que ninguém denunciou? Medo? Suborno? Ou ele pode ter matado, mas se tivesse feito isso, os corpos onde ficavam? Amanhã vou ter a resposto disse tudo nem que precise esganar um por um.

Desaparecida!Where stories live. Discover now