Capítulo 08: Ana Clara é Encontrada

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— Então aqui é o refeitório, todos os funcionários se reúnem aqui por volta do meio dia, e ali na frente é a porta dos fundos, apenas faxineiro pode ir até lá, mas eu fui uma vez e é uma sala onde os chefões se reúnem. — Ele vai me explicando enquanto eu anoto em meu bloco de notas.

— Sabe me dizer se o PAC fica por lá? — Pergunto com a caneta na boca.

— Aparentemente sim. Posso ir agora?

— Se não tem mais nada para me mostrar sim.

— Ótimo. — Ele responde com um sorrisinho e vai saindo.

— Mas espera aí! Não conte nada para ninguém ou já sabe né? — Eu falo segurando ele pelo braço.

— Sim cara! Não sou criança e não me intrometa nos seus assuntos.

Solto seu braço e volto com ele para o dormitório, chegando lá tem mais dois caras nas beliches, provavelmente eles são os colegas de quarto já que são duas beliches e em cada uma cabe duas pessoas. Sento na beliche da esquerda e pego meu bloco de notas, começo fazendo a planta do lugar para ter uma ideia de como é, isso tudo leva tempo, mas, mesmo assim eu começo meu desenho. Não pega torre de celular ali, não é possível telefonar para ninguém nem enviar mensagem por Wifi ou não.

No outro dia...

— Levanto novato! Não vou me atrasar por sua culpa!

Um dos colegas de quarto me acorda para ir ao refeitório tomar café, enquanto pego minha bandeja e me sento, um dos seguranças se aproxima de mim e pergunta com uma voz grossa e ameaçadora:

— Novato né? Como você entrou aqui?

— Eu...

— Ele está substituindo o Kevin que saiu semana passada com o joelho machucado. Eu o indiquei esse lugar e ele topou! — Diz um dos meus colegas de quarto me interrompendo.

— Entendi... — Ele responde com olhar de duvida e vai embora.

— Por que me salvou? — Eu pergunto ao meu colega de quarto,

— Eu e meu amigo ali somos da Policia Militar daqui de São Paulo, estamos infiltrados aqui a mando do delegado, percebi que você também é da policia, notei você com bloco de notas e sua arma na cintura. Quer dizer que somos amigos... certo?

— Claro! Então vamos pensar logo, três cabeças pensa melhor que uma. — Eu respondo sussurrando. Terminando de tomar café, seguimos para os dormitórios e quando chegamos, sentamos e começamos a conversar, eu mostro meu bloco com a planta do local.

— Meu nome é Alexandre Mello e meu amigo ali se chama João Beto, você é?

— Sou Vallid Andrade, mas o uniforme que ''peguei emprestado'' diz Manuel Oliveira então é o nome que estou usando por enquanto.

— Entendi. — Diz ele

— Alexandre em breve vai descarregar o caminhão, temos que ficar na porta central esperando. — Diz o João se levantando e indo para a porta.

— Vallid... Quando eu estiver descarregando o caminhão, o João vai fingir estar passando mal e nesse momento você vai ter que entrar dentro desse caminhão e ver qual carga ele está levando! Vai ter um papel no banco e lá vai dizer. Acha que consegue fazer isso?

— Consigo!

— Sua planta foi de grande ajuda! Depois desse plano o próximo é procurar a boate onde desapareceram as garotas e podem supostamente estar lá.

Desaparecida!Where stories live. Discover now