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São dias nublados, cinzas, sem cor, sem vida. São dias de turbulência, maré alta, mar de ressaca. A ressaca do amor, da família, da vida. A vida de quem não sabe viver, ou alguém que simplesmente não consegue levantar assim tão rápido e ignorar as feridas abertas. As feridas abertas causadas por tombos grandes, quase sempre não acidentais. O sangue escorrendo, a ferida doendo, uma pessoa ao seu lado com o frasco de remédio na mão e ela simplesmente não sabe como usar, ou talvez, não queira usar. A impotência toma conta de ti e já não sabes o que fazer. Levantar tão rápido só te levará ao chão novamente. Levantar só, só te causará dor. Depender de alguém? Ninguém virá de verdade. Continuar ali? Isso não vai te sarar. O desespero da incapacidade corre em suas veias. A sua alma está cada vez mais infeccionada por esta ferida ainda estar aberta. Teu espírito pede socorro, mas não é para alguém, é para você. O frasco de remédio está em suas mãos, e novamente o desespero volta, pois não há bula ou manual algum. É apenas você e esse frasco, que há grande possibilidade dele estar vazio. E se estiver, é só você por você.

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⏰ Última atualização: Feb 18, 2019 ⏰

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