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Eu não tenho sorte.
As pessoas devem me olhar e sentir pena, "pobre garoto, é tão azarado" Porque não é possível eu ser tão sem sorte assim! Quase todos os dias eu tropeço em alguma coisa diferente, não sei como não fraturei nenhuma parte do meu corpo ainda. Deve ser por que eu fui um azar na vida da minha mãe? Ela vive me dizendo que me ama e nada é culpa minha, mas poxa, como não é culpa minha ficar caindo toda hora?
Sabe quando você acha que tudo está dando certo na sua vida e minutos depois você é tombado? Então, isso acontece comigo todos os dias. Não que eu ache que minha vida vai dar certo, eu sou um desastre em tudo. Meu histórico de relacionamentos não é bom, eles não duram nem ao menos um mês, UM MÊS! Eu me pergunto o que tem de errado comigo, eles dizem que eu sou uma pessoa boa que merecia alguém melhor, mas esse alguém nunca chega.
A única coisa que sou bom é nos meus estudos, isso eu posso garantir que é meu único poço da sorte, na escola tirava apenas notas altas, e passei em seis faculdades, e é claro que escolhi a melhor delas. Me sinto orgulhoso por isso, algo que eu possa orgulhar a minha mãe, e eu gosto de vê-la se gabar sobre o filho inteligente que ela tem, cá entre nós, os filhos de suas amigas ficam invejados. Eu me esforço ao máximo para ter isso, e também faço por minha mãe.
Ela é muito nova, tem apenas trinta e quatro anos, enquanto eu tenho dezoito. É meio chocante para as pessoas quando o assunto é a idade da minha mãe, principalmente quando eu era pequeno e dizia que minha mãe tinha dezenove anos, as pessoas já chamaram ela de puta; vadia; vagabunda. Foi um momento difícil na vida dela, ao menos era como ela me contava, e todas as pessoas que falavam isso, não a conheciam.
Voltando a falar sobre mim, mesmo sendo muito inteligente, eu sou uma pessoa completamente fudida. Acho que já deixei isso bem claro, certo? E é claro que o dia de hoje não passaria disso.
Agora é a meu último horário e eu finalmente vou embora, mas tem um pequeno problema, está uma chuva muito forte do lado de fora! Eu consigo ouvir os trovões altos, o barulho do vento implicando com as janelas, as luzes ameaçando a apagar, e o mais incrível, eu tinha esquecido o meu guarda-chuva, e era óbvio que a chuva não iria parar, faltava menos de cinco minutos para a aula acabar. Puta merda, que sorte.
— Tudo bem, chega de aula por hoje. Não esqueçam do trabalho, espero que já esteja tudo pronto! — Meu professor disse. Ele era alto e tinha um cabelo engraçado, é bem sério em relação as aulas mas as vezes cede a algumas brincadeiras. — Boa noite.
E ele se retirou da sala, deixando vários alunos desesperados arrumando suas bolsas, eu era um deles, e por milagre desta vez não deixei nenhum material cair no chão. Até achei estranho só pelo fato de que praticamente toda vez isso acontece. Depois de arrumar tudo, sai juntamente a Taehyung, meu melhor amigo, ele tinha um namorado, Jung Hoseok, mas ele não era da nossa mesma universidade; ele é um cara legal, já me pagou comida e faz o Tae feliz, acho que essa é a parte mais importante.
— Infelizmente, vamos ter que deixar nosso role para outro dia. — Ouvi meu amigo rir baixo, ele estava falando das nossas saídas noturnas todas as quintas-feiras, sempre íamos em lugares diferentes para comer ou beber, era uma boa distração. — agora é a fé de conseguir pegar o ônibus a tempo!
Meu melhor amigo mora do outro lado de Seul, não era tão longe da faculdade, mas era da minha casa, eu moro a quarenta minutos da minha faculdade, então de qualquer forma, tudo ficava longe. Enquanto caminhávamos, a chuva ficava mais forte, e eu me assustei após outro raio cair, Taehyung riu de mim e eu lhe dei uma empurrada. Na hora que saímos do campus, corremos até o ponto de ônibus, e como ambos estávamos sem guarda chuva, pode ser o meu azar que chamou essa chuva, por isso a falta de sorte em um dia que estava muito ensolarado.
Taehyung teve a sorte e conseguiu pegar o seu ônibus, mas no meu caso, o ônibus passou reto e ainda me molhou já que o desgraçado do motorista passou com a merda da roda em cima da poça. Eu queria chorar, eu estava sozinho, as ruas estavam desertas e a chuva só aumentava, estava me perguntando se o mundo não acabaria agora. Eu não podia continuar ali, por mais que o ponto tinha proteção, a água já estava me atacando, foi quando do outro lado da rua avistei um restaurante que ainda estava aberto. Era estranho, eu nunca tinha visto aquele restaurante e normalmente todas as lojas fecham enquanto chove, eu tinha uma escolha, sair correndo até lá para tentar me abrigar, ou continuar no ponto e me molhar mais ainda. E quando eu percebi já estava correndo como um desesperado até aquele restaurante, quando eu consegui entrar, percebi que estavam prestes a fechar, puta merda.
— Por favor, não me diz que vai fechar. — Eu falei para um garoto de cabelos pretos, que me olhou assustado ao ver o meu desespero.
— Na verdade sim, mas eu percebi que você está tentando fugir da chuva, por isso entrou desesperado, não é? — Ele me perguntou e eu assenti. — Tudo bem, pode ficar aqui, mas eu realmente preciso fechar, se você não se importar.
— Ah, muito obrigado, eu realmente estou grato por ter me deixado ficar aqui.
— Não precisa agradecer, só não gosto de ver as pessoas ficando doente. E também ficar na chuva não é algo bom. — Ele terminou de trancar a porta e veio em minha direção.
— Principalmente quando o ônibus que você precisa pegar passa reto e ainda te deixa todo molhado. E ainda pra piorar tudo esse ônibus só passa de meia em meia hora. — Reclamei.
— Nossa, que azar, forças para você. Pode se sentar, eu até perguntaria se gostaria de algo, mas não tem mais comida. — Ele riu, não sei se ele estava mentindo ou realmente sendo sincero, eu não entendo quando as pessoas riem de tudo.
— Esse restaurante é seu? — Perguntei após me sentar em um dos bancos que ficava em frente a um balcão.
Ele riu, agora pronto, fui motivo de piada para um garoto desconhecido.
— Não, é dos meus pais, eles só me mandaram fechar hoje porque precisavam fazer algo importante. Eu tenho uma cara tão velha pra concluir isso? Meus pais são velhos e eu não quero ficar como eles, pelo menos não agora. — Ele fez uma careta mas logo a desfez, eu ri baixinho.
— Claro que não é isso, você ainda está jovem e aparentemente bonito, eu só perguntei porque você estava aqui! Eu concluí só por isso, me desculpe por ter lhe ofendido. — Fui sincero e esse pirralho riu novamente, eu estou com muita vontade de atacar o chinelo em sua cara, ai sim eu iria rir. — Pare de rir de tudo que eu falo!
— A culpa não é minha se você fica fofo falando desse jeito, e não precisa se desculpar, eu só estava brincando. Mas afinal, qual seu nome? — Ele perguntou, apoiando se sobre o mesmo balcão.
— Park Jimin, e o seu? — Questionei encarando seus olhos.
— Jeon Jungkook. — Ele sorriu.
Irra.
Bem-vindos a minha nova fanfic Jikook. Mais uma e dessa vez prometo que não vou excluir, eu gosto do plot dela e pretendo seguir em frente, firme e forte! Acho que em questão de escrita ela está melhor mas ainda tem muitos erros e eu vou tentar melhorar cada vez mais nisso. Os capítulos serão curtos mesmo, eu quero finalizar ela o quanto antes, pois eu preciso estudar para o Enem e vai ser difícil se eu ficar demorando pra att, vou perder tempo para estudar. Mas é isso mesmo, caso tenham alguma dúvida (ou caso queiram amigar com a minha pessoa) podem falar comigo por aqui ou pelo twitter, o meu user é @ Jihyoeyes. E mandem forças pra mim conseguir o ingresso do show do BTS, eu espero conseguir :( Desejo uma ótima semana e até a próxima att ♡
