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Boa leitura!
Em itálico: flashback
27 de Abril de 2000 Seul, Coréia do Sul.
Eu não deveria ter ficado até tarde estudando, sinceramente, eu fui burra demais. Sei que todos foram se divertir na festa, é normal adolescentes de 15 anos fazerem isso. Pra mim não é, e agora estou correndo para casa, após ter ficado até tarde na escola pra estudar para a maldita prova que terei amanhã.
Eu amo estudar, pra mim isso é tudo, mas o problema é que eu não deveria ter continuado estudando na escola! Sim, eu perdi a noção do horário e creio que meus pais vão me dar uma bronca feia por isso.
A rua não tinha um se quer movimento, não tinha barulho algum, muito menos iluminação. O medo me atacou, comecei a respirar rápido e senti meu coração acelerar, eu estava assustada. Ouvi passos atrás de mim, não sei se ficava com mais medo ou se continuava caminhando tranquilamente.
Como eu queria continuar caminhando tranquilamente.
Eu notei que havia um homem andando, ele caminhava praticamente na minha velocidade, já estava me deixando muito assustada, então eu corri o mais rápido que pude.
Infelizmente, minha velocidade não se comparava a dele, eu senti aquelas mãos nojentas segurarem e apertarem forte o meu braço. Meus rosto já estava começando a molhar pelas lágrimas que não paravam de descer, e o desespero que eu estava sentindo. Eu tentei gritar, mas não conseguia, era como se eu não tivesse voz, e aquilo me fez chorar mais. O homem me puxou para um local bem mais escuro e me deu um tapa na cara, foi tão forte que eu sentia meu rosto pesar, e não foi só isso, ele apertou forte meu pescoço e eu podia jurar que aquela hora eu iria morrer.
- Ninguém te ensinou a não andar sozinha de noite? Em sua puta. - Ele gritou, me jogando no chão. Eu queria revidar, queria xingá-lo, queria bater e me defender, mas eu não conseguia. - Isso é pra você aprender a não andar sozinha, sua vadia.
Foi quando ele começou a tirar a própria calça, e eu estava muito assustada, não estava conseguindo respirar direito, eu só queria fugir dali, mas a única coisa que consegui fazer foi desmaiar pelas tentativas de tentar respirar.
Acordei naquele mesmo lugar, o dia já estava amanhecendo. Não tinha mais nenhum homem ali, as minhas roupas estavam rasgadas, mas ainda sim davam para vestir, minha boca estava sangrando, tanto ela quanto meu nariz e minha vagina.
Eu tinha sido estuprada.
Chorei novamente, dessa vez as lágrimas me afundavam mais ainda, eu não conseguia acreditar.
