[2] Drogas, bebidas e derrotas.

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Eu e Jimin conversamos sobre o porquê nossos pais escolheriam nossos nomes. É curioso o fato de que alguém desconhecido entra no restaurante dos seus pais e vocês conversam como pessoas que se conhecem a anos. Talvez seja porque eu e Jimin falamos muito? Bem provável, já que eu percebi isso vindo dele e é claro que eu sei que falo muito, então é algo que eu possa considerar.

A chuva ainda caia lá fora, e ainda estava forte, deduzi que Jimin passaria um bom tempo comigo, mas não era problema, ele é  legal, se fosse um cara chato eu já teria o chutado para a rua.

— Mas, eu gosto do meu nome, é até legal, menos quando chamam por ele mas na verdade é uma garota que estão chamando, eu me sinto envergonhado. — Ele disse, colocando as mãos sobre o rosto. Esse garoto não cansa de ser fofo?

— Não precisa se envergonhar por causa disso, é normal até, acredite.

— Pode até ser, ou continua sendo ruim. — Jimin reclamou após tomar o último gole de vinho que tinha pedido.

— Eu preciso fumar. — Falei e Jimin fez uma careta.

— Você fuma? — Ele perguntou incrédulo, por que todo mundo me olha assim quando eu dou essa notícia?

— Sim, eu fumo — Respondi, não que eu fumasse o dia inteiro, era mais quando eu estava estressado, ansioso ou triste, sempre tinha algo que me fazia esquecer desses problemas. — E eu fumo maconha.

— E o que seus pais pensam sobre isso? — Jimin me perguntou e eu ri.

— Eles não sabem, simples.

— Como não sabem algo tão sério assim?  Você sabia que pode ter um câncer no pulmão?

— Eu também não sou um drogado super viciado, só fumo em certas ocasiões, e para de ser hipócrita você mesmo me disse que ama beber um ainda bebe muito e depois vem querer dizer que eu sou o errado? — Reclamei, quem esse garoto acha que é pra falar assim sobre mim?

— Mas é diferente. E eu não disse que você está errado, apenas te alertei sobre futuros problemas de saúde — Ele disse impaciente.

Eu realmente estava discutindo com um desconhecido que acha que tinha o direito de opinar sobre a minha vida?

— Eu não deixei você entrar aqui pra opinar  sobre o que eu faço com a minha vida, tá? Então pelo amor, fica quieto e toma suas bebidas em paz, que eu fumo minhas maconhas em paz.

— Tá, tanto faz — Jimin deu de ombros. — Aliás, aonde você estuda?

— Universidade de Seul, é aqui do lado e sem querer me gabar nem nada, mas eu passei em primeiro no meu curso — Disse orgulhoso de mim mesmo.

— Ah sério? Eu também estudo lá, é realmente perto daqui. Eu passei em primeiro também, dessa vez não pude ser melhor que você... Mas você faz curso do que? — Ele me perguntou agora mais animado, nem parece que estávamos discutindo à minutos atrás.

— Eu faço direito — Falei e aparentemente,  ele me olhou surpreso. — O quê?

— Nada, eu só pensei que você faria outro curso, direito era a última coisa que se passaria na minha cabeça — Ele se explicou enquanto gesticulava com as mãos.

— Imagino o porquê. Mas e você, qual é o seu curso? — Perguntei, eu estava realmente curioso.

— Enfermagem. Mas tem uma história por trás disso! Então não venha falar nenhuma merda antes — Ele me avisou, com um olhar ameaçador.

— E qual seria?

— O sonho da minha mãe era fazer enfermagem, mas devidos a muitos problemas pessoais e psicológicos, ela acabou por desistir da faculdade, mesmo ainda querendo muito. Ela sempre dizia que não pode fazer mas eu poderia, e eu sempre quero ver a minha mãe sorrir, quero vê-la se encher de orgulho de mim, entende? — Ele falou, e era nítido seus olhos encherem de lágrimas, mas isso era longe de ser um choro.

— Queria entender, pros meus pais eu sou uma decepção. Pra eles pouco importa se eu passei na porra da faculdade e muito menos em primeiro, eles só ligam pra dinheiro e eu acho que querem me ver o mais cedo possível longe de casa — Desabafei e minhas palavras soavam tristes,  não queria parecer tão fraco, mas quem eu poderia enganar?

Jimin parecia ter entristecido, como se alguém tivesse machucado seus sentimentos e isso tudo era apenas pelo fato de eu ter contado as merdas que acontecem na minha vida?

— Nossa, eu sinto muito por seus pais serem assim, mesmo não te conhecendo, você aparenta ser uma boa pessoa e eu também acho que ninguém merece passar por isso.

— Obrigado, Jimin. Mas não tem pelo que sentir, é assim desde os meus 15 anos, eu já  estou acostumado a isso.

E era verdade, aconteceu após eu tentar contar aos meus pais que era bissexual, talvez eles não tenham entendido que eu ainda continuava gostando de mulheres. Mas eu também tinha que entender o lado deles, não era tão fácil aceitar um filho LGBT+ com uma criação como a deles, naquela época não era aceito e hoje em dia ainda não é muito, mas aos poucos as coisas vão amenizando. Eu já me desculpei diversas vezes com eles por causa disso, mas nada adiantou para que eles voltassem a me tratar como antes, e foi por isso que eu optei começar a me drogar.

Estava doente, eu não tinha o apoio dos meus pais, eu faltava na escola para me enfiar aonde caralhos ninguém sabia, eu queria me matar. Foi no momento em que eu conheci uma garota, Kim Jisoo era seu nome; ela me encontrou totalmente fudido na beira de um rio, foi quando eu ouvi o seu grito e levei um susto, ela estava se aproximando de mim. Pra falar a verdade, achei que ela iria me levar para casa e dizer tudo aos meus pais já que ela tinha 17 anos e eu apenas 15, a diferença não era tanta mas Jisoo era uma garota totalmente madura, e foi ela que felizmente me deixou fumar um de seus cigarros, ela dizia que iria e acalmar e esquecer de muitos problemas, ela me entendia.

Nós namoramos por dois meses, mas depois ela teve de se mudar e particularmente não estávamos mais sentindo aquela paixão um pelo outro, mas manteamos contatos como amigos e até hoje eu falo com ela, e mesmo sendo inacreditável, Jisoo está casada com uma mulher, e elas tem uma filha adotiva linda. Jisoo é uma boa mulher, mesmo tendo me dado algo ruim para experimentar, sempre foi, cuidadosa com tudo.

— Jungkook, a chuva passou.  — Jimin tirou-me do transe em que eu me encontrava.

— O quê?

— A chuva, passou. Você ficou olhando para o nada uns 5 minutos e acredite, eu gastei esse tempo tentando te chamar.

— Me desculpe, eu só estava pensando. Certo, eu vou te levar até lá fora. — Eu me levantei junto de Jimin e o acompanhei até o lado de fora. Já era tarde, porém o movimento tinha retornado para as ruas e então poderia ser seguro.

— Tchau, Jungkook, obrigado por ter me deixado ficar aqui, foi bom ter tido uma conversa com você. — Jimin se despediu.

— Jimin, espere! — Eu gritei e ele me olhou, confuso, a espera de uma resposta. — Quem sabe a gente não se esbarra novamente. — Ele apenas sorriu, com o maldito sorriso que fazia seus olhos fecharem.

Oi gente.
Eu acho que atualizei rápido demais, não é?  Isso é culpa da ansiedade para continuar postando para vocês, mas não se acostumem, pode ser que isso não aconteça com frequência. Eu estou adorando a fanfic, não sei vocês, mas particularmente, eu estou  gostando.

Hoje eu não tenho muitas palavras, só minhas aulas que foram chatas, e a professora que mandou eu refazer a minha redação, apesar de estar com as normas corretas, AI EU FIQUEI MT TRISTE E AGR VOU QUEIMAR ESSA MERDA.

No Luck • Jjk + Pjm Onde histórias criam vida. Descubra agora