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Sem revisão.
- Quem é ele?! - Ouvi a voz da minha mãe assustada e irritada.
É apenas Park Jimin, o garoto com quem transei na sua própria casa e o mesmo que estou afim.
- Me desculpe os péssimos modos e ter aparecido na casa dos senhores sem ao menos ter me apresentado. Meu nome é Park Jimin e sou estudante da mesma universidade que Jungkook, é um prazer conhecer vocês. - Jimin disse, sendo totalmente educado e se curvando.
Minha mãe nos olhava desconfiada, principalmente para mim, mas soltou um sorriso. Não sei dizer se foi falso ou não, mas ao menos não fez mais perguntas.
- Prazer, Park Jimin. Meu chamo Jeon Joohyun e esse é meu marido, JungHee. Mas, o que está fazendo aqui a essa hora? Não ouvi barulho se quer de você chegando. - Ela perguntou e eu engoli seco. Não podia deixar Jimin dar todas as desculpas sozinho.
- Ele dormiu aqui. - Falei. - A casa dele é muito longe e como ele estava com preguiça de pegar o ônibus tarde, pedi pra ele dormir aqui, e então ele estava no quarto de hóspedes até então. Estavamos na casa de Hoseok e você sabe disso.
- Certo. Fique a vontade, agora preciso sair para resolver os meus problemas, nem em dia de folga eu fico livre. - Minha mãe resmungou, saindo da cozinha com algumas papeladas na mão e com seu salto irritante. Fiquei surpreso por ela não ter feito outras perguntas ou reclamado, mas por um lado foi um alivio, por outro medo dela tentar conversar comigo depois.
Meu pai não dizia nada, apenas tomava seu café e ignorava nossa existência, eu agradeci por isso pois sabia que era melhor tê-lo calado do que falando absurdos pra gente. Ele é o tipo de pessoa que diz a verdade na cara dos outros e não está nem ai, então tive medo de que ele pudesse falar qualquer palavra se quer para mim e Jimin. No fundo dos olhos, ele sabia o que estava acontecendo, eu conseguia sentir aquilo e me agonizava ainda mais. Jimin estava desconfortável e quieto, mantia suas mãos a frente do corpo e provavelmente esperava que eu fosse lhe oferecer algo.
Eu pedi para que ele sentasse e se servir, e logo me sentei ao seu lado. Ainda estava tímido e após isso meu pai começou a nos olhar, então nem eu consegui comer.
- O que aconteceu com aquele vaso, Jeon Jungkook? - Ouvi sua voz grossa me perguntar. Que desculpa eu poderia dar para aquilo?
- Foi um acidente, quebramos sem querer. - Falei, inquieto.
- Sua sorte é que eu não conto a sua mãe as coisas que eu vi e ouvi. - Ele falou se retirando do cômodo, deixando eu e Jimin em pleno silêncio.
[...]
Três semanas depois
Tinha feito um mês que eu havia conhecido Jimin, e esse tinha sido o melhor desde então. Ele dizia que eu era seu amuleto de sorte, pois desde então ele não tinha dito nenhum dia de azar. Eu não acreditava naquilo, só achava que ele estava tomando mais cuidado nas coisas, e assim melhorava.
