Olá meus amores, era pra ter postado ontem, mas não consegui finalizar e aqui está um capitulo fresquinho!!! beijos e boa leitura!!
- O que foi, mamãe? - perguntou com calma.
- O que Victoriano sabe que eu não sei? - bufou odiava ficar para trás nas coisas. - Que notícia é essa que ele adorou?
Cassandra sentiu o corpo todo tremer então Alejandro já tinha dado a notícia para a família dele, aproximou-se da mãe e segurou a mão dela sabendo que as coisas iriam se complicar a partir daquele momento e disse:
- Eu vou me casar com Alejandro Santos...
Era um tiro, com toda certeza era um tiro no meio da cara de Inês aquela fala de Cassandra e ela pode se ver em sua menina, pode se ver em um passado tão longe em que tinha a mesma vontade dela em se casar com um Santos, mas não foi assim, não foi e ela sabia que com a filha seria igual e que ela iria sofrer e isso Inês não iria permitir nunca.
- Eu acho que eu não ouvi direito!! - negou com a cabeça entrando mais no quarto.
Cassandra a olhou e respirou fundo para manter a calma, Inês estava se sentindo sufocada com aquela notícia.
- A senhora ouviu perfeitamente bem. - disse com firmeza. - Eu vou me casar com ele, eu o amo e não a ninguém nesse mundo que me faça desistir do meu amor. - era a melhor certeza de seu coração.
A cada palavra nova era como uma faca entrando em seu corpo, já tinha ouvido de Victoriano e agora estava ali sentindo como se o mundo estivesse contra ela, negou com a cabeça e os olhos encheram-se de lágrimas. Seria a vida lhe cobrando? Ou teria que ver a filha ser mais corajosa que ela ao tentar enfrentar o mundo por aquele amor? Tantas coisas se passaram por sua cabeça naquele momento que ela soluçou segurando o choro.
Cassandra a olhou e pela primeira vez conseguiu perceber o quanto a mãe tinha se desestabilizado emocionalmente e se aproximou dela, nunca a tinha visto assim por nada e nem por ninguém, mas algo dentro dela tinha se quebrado de tal forma que Cassandra teve medo somente por ver o olhar da mãe. Inês apenas a olhou nos olhos sem conseguir falar, tinha tanta dor guardada que nem conseguiu falar ou se mover mais.
- Mamãe, fala alguma coisa... - falou com medo pelo modo como ela tremia.
Inês iniciou seu choro sem conseguir controlar e Cassandra se desesperou chamando por sua avó e Lupita veio o mais rápido que pode e encontrou a filha no meio do quarto chorando sem conseguir se mover e ela foi até sua menina sabendo que era mais uma crise. A amparou em seus braços sabendo que era mais uma entre as tantas no decorrer daqueles anos.
- Vamos chamar o médico... - Cassandra falou desesperada vestindo a roupa.
- Só me ajuda a levar ela para o quarto. - falou sabendo que ela nunca gostava de ser vista assim. - Ela só precisa chorar. - falou com calma, mas cheia de odeio por aquela situação.
Era pressão de todos os lados e a dias ela vinha guardando muita coisa e naquele momento ela deixou sair, não era o "momento", mas Inês deixou que tudo viesse a tona em seu choro. Não era de fraquejar daquele modo, mas ao longo dos anos guardando muitas coisas, ela vinha tendo crises de choro e quando era assim somente a mãe conseguia fazer com ela ficasse calma em um lugar.
Quando chegaram ao quarto a deitaram e ela puxou Lupita para ficar grudada nela e não parou de chorar, doía tanto que ela não conseguia ver saída para sua dor e apenas o choro "aliviava" o que sentia já que não conseguia dizer com palavras. Lupita a segurou com todo seu amor sabendo que metade do que Inês sentia era por culpa do ex-marido que tanto tinha colocado coisas na cabeça da filha e até mesmo ameaçado ou ela não estaria daquele modo por diversas vezes.
- Está tudo bem, meu amor. - falou com calma agarrada a sua menina. - A mamãe está aqui.
Inês se encolheu toda na cama e chorou sem parar por uma hora até que pegou no sono, mas ainda podia se ouvir os soluços do choro. Lupita estava furiosa e saiu de perto dela com calma saindo do quarto e encontrou Cassandra ali com lágrimas nos olhos esperando por notícias de sua mãe.
- É minha culpa. - falou sentida.
Lupita a abraçou e beijou seus cabelos com calma.
- Só a um culpado e esse é seu avô. - a olhou. - Somente ele!!!
- O que ela tem? - deixou as lágrimas rolar.
- Uma crise emocional, mas vai passar!! - beijou o rosto dela limpando as lágrimas. - Não chore, ela é forte demais por tempo demais e por isso tem hora que o corpo não aguenta e acontece isso.
- Eu quero ficar com ela. - estava tão triste.
- Vamos cuidar de Emiliano enquanto ela dorme e logo você vem ficar com ela. - falou com calma.
- Tudo bem, vovó. - suspirou e as duas caminharam para o andar debaixo.
Ao chegarem na sala deram de cara com Amaro que sorriu para as duas e ficou de pé.
- Minha amazona voltou!!! - abriu os braços para ela. - Que saudades eu estava de você, minha menina. - se aproximou mais e o que ganhou não foi um abraço e sim um belo tapa na cara de Lupita. - Ficou louca mulher? - O rosto mudou totalmente.
- Suma da minha casa e não apareça mais aqui! - gritou com ele. - Tudo que se passa aqui é culpa tua e eu não vou permitir que mais ninguém sofra nessa casa por tua culpa!!! - estava com ódio estampado na cara.
- Do que está falando? - não estava entendendo as palavras dela e muito menos aquela atitude.
- Saia de minha casa e nos deixe em paz. - apontou a porta se apoiando em sua bengala.
- Essa casa é minha!!! - gritou com ela, não seria expulso de sua própria casa. - Minha casa, minha família e você não vai me expulsar assim!! - falou com raiva.
- Você perdeu tudo isso a muito tempo e sabe bem disso e eu nunca mais vou permitir que se meta na vida de ninguém dessa casa. - estava muito puta com ele e cansada de tudo que ele vinha fazendo e ninguém o parava. - Inês teve outra crise e você sabe muito bem o porquê!!!
- Isso é só frescura de mulher. - falou com enfado.
Cassandra que olhava a tudo nem sabia o que dizer e cansada de tudo aquilo saiu correndo para o andar de cima, iria ficar com sua mãe ao invés de ficar ouvindo coisas que nem entendia. Quando entrou no quarto o que encontrou foi apenas a cama vazia e seu coração bateu acelerado, correu para o banheiro e não a encontrou, saiu do quarto correndo e gritou do pé da escada para acabar com aquela discussão.
- A minha mãe sumiu... - e eles se olharam com fogo nos olhos e por motivos diferentes...
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POR NOSSOS FILHOS - LA
Roman d'amourDuas famílias, uma cidade Uma disputa por vaidade Colocando o poder e ódio a frente do amor Duas almas, um sentimento Dois sobrenomes, um juramento Não se juntariam em um nome só E te esquecer seria o melhor