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Ain gente vão com o forninho na mão porque o negocio aqui desandou... Aiiiiii papai! Se preparem que essa se encaminha também para o ffim!!

- Quando vamos ter paz pra ser realmente feliz?

- Quando seu avô foi internado em uma clínica para loucos! - Lupita veio dando a solução para eles.

Eles a olharam.

- Você acha que é possível? - Inês questionou.

- É só olhar o que ele já fez com você, com os pais de Victoriano, entre outras coisas! - sentou e tocou a barriga da neta. - Cassandra precisa dar a luz num ambiente tranquilo e com Amaro a solta não vai dar! - foi sincera.

- Começo a pensar que é melhor voltar pra onde estávamos! - falou com temor. - Eu não quero meu filho em perigo!

- E ele não vai ficar! - Inês afirmou. - Vamos resolver isso juntas, mamãe!

- Sim, vamos parar Amaro de uma vez por todas!

Olhos de justiça foram vistos em todos daquela sala e assim continuaram a conversar por um longo tempo até que Emiliano chegou e o assunto se deu por terminado, mas Inês sentia que precisava conversar com sua menina e assim as duas saíram para o jardim e sentaram em um banco de madeira, respiraram aquele ar puro e logo Inês segurou a mão de sua menina. Elas se olharam nos olhos e ali Inês não queria ver se quer uma duvida daquele passado e por isso estava ali para aquela conversa mais uma vez, por seus filhos ela era capaz de tudo e não permitiria jamais que o pai os machucasse.

- Meu amor, me diga se ainda tem duvidas? - segurava a mão dela firme.

- A única duvida que tenho é se nunca amou meu pai! - encheu os olhos de lágrimas porque tinha visto sempre os pais bem. - Tudo que eu vi de vocês juntos, era mentira?

Inês respirou fundo e deu um sorriso.

- Seu pai era maravilhoso e eu o amei sim, não como eu amo Victoriano, mas eu o amei e sempre fomos amigos antes de qualquer coisa! - tocou o rosto dela. - Seu pai sabia que nosso casamento era forçado e que eu não o amava, mas com o passar do tempo a gente aprendeu a conviver e se tornamos amigos!

- Mas não era amor!

- Foi um amor diferente e tudo que você viu de nós dois era real, foi real e a gente viveu! - era a verdade. - Não quero que pense que eu o traia sempre com Victoriano porque não foi assim, tínhamos família e mesmo longe um do outro tratamos de viver a nossa vida já que seu avô sempre se encarregou de nos destruir sempre!

- Eu não quero viver um inferno! - deixou as lágrimas rolarem e acariciou seu ventre.

- E não vai! - a abraçou e beijou seus cabelos. - Se depender de mim, você vai ser imensamente feliz com a sua família!

Era uma promessa que ela não descansaria até conseguir cumprir, ficaram ali conversando mais um tempo e logo voltaram para dentro, Inês foi solicitada por seu pequeno e deu a ele toda a atenção que queria, assim como Victoriano. Deixaram por um instante a sombra de Amaro longe daquela casa.

(...)

Lupita assim como Inês e Victoriano estavam dispostos a tudo para trancar Amaro em uma clinica para loucos, foram até a policia e junto a um advogado começaram a mover todas as peças ao redor de Amaro que mesmo sendo uma raposa não se deu conta do que estava se passando ao seu redor já que estava focado exclusivamente em não deixar aquele casamento acontecer. Ele não acreditava que os dois estavam mesmo casados e esperava somente o momento para destruir tudo, tinha mandado seu capanga recuar no trabalho que tinha pedido já que não era hora de dar fim a família de Victoriano.

Inês achou melhor tirar os filhos da cidade enquanto cercavam Amaro, eles foram no meio da madrugada sem que ninguém os vissem e assim puderam respirar melhor sabendo que quando acendessem o estopim, ele explodiria facilmente e agiria sem razão e assim seria o momento de prendê-lo para sempre. Naquela manhã cinzenta que se mostrava sobre a fazenda deles, tudo parecia estranho e Lupita sentia como se aquele fosse o dia certo para que tudo se solucionasse, largou a bengala já que quase não precisava dela e se vestiu lindamente, avisou a todos aonde iria, entrou em seu carro e no meio da estrada seu carro foi parado bruscamente ao ser fechado pelo carro que ela bem conhecia.

Ela não precisou descer já que foi arrancada de dentro do carro por Amaro que tinha os olhos negros de ódio, a bateu de encontro ao carro e ela sentiu seu corpo doer mais seguiu firme o encarando.

- Achou mesmo que eu não iria descobrir esse plano imundo de me prender? - riu a apertando pelos braços.

- Você está me machucando! - apertou os lábios sentindo a força que ele empunhava contra ela.

- Eu não sou idiota e se pensam que vão me passar para trás está muito enganada! - gritava com ela.

- Você é maluco! - se debateu por fim ou ele a machucaria.

- Não me chama de maluco! - gritou novamente com os olhos vermelhos.

- É o que você é, Amaro! - gritou de volta para ele. - Olha suas ações e olha o modo como está segurando a mulher que um dia disse amar! - o empurrou com toda a força. - Você vai ser parado por bem ou por mal! - saiu de perto dele e caminhou para o outro lado e ele a seguiu.

- Quem vai me parar? Você? - riu e ela o encarou.

- Pode ter certeza que sim! - o olhava nos olhos. - Por meus filhos, eu sou capaz de tudo!

Ele riu e no auge de sua loucura sentou o tapa em sua cara que não ficou barato e ela revidou dando dois um de cada lado de sua face, Amaro pareceu não acreditar no que ela tinha feito e sem que percebessem Inês e Victoriano apareceram ali para defendê-la já que aquele não era o combinado.

- Papai... - Inês gritou assim que ele segurou Lupita pelos cabelos. - Solta a minha mãe!

Amaro a olhou e deu um sorriso de pura maldade que a fez estremecer.

- Você vai aprender Inês do modo mais duro que não deve se enganar o seu pai! - puxou Lupita mais para ele. - Pode ter certeza que vai doer mais em você do que em mim!

- Me solta! - ela gritou se debatendo.

Victoriano avançou para tentar tirá-la do agarre dele, mas sem pena alguma ele tirou uma faca de sua cintura e acertou a perna dela e Inês gritou desesperada para que ele não machucasse sua mãe e Victoriano parou de imediato sabendo que era mais grave do que eles pensavam. Amaro a arrastou para o carro e a colocou dentro já podendo ouvir o barulho da policia, ele não seria preso e faria para sempre Inês sentir na pele o que era ter se apaixonado por um Santos.

Lupita segurava sua ferida com as mãos tremulas e sentia a dor corroer todos seus ossos enquanto ele dirigia feito um maluco, tinha lágrimas nos olhos e o olhava gritar no volante enquanto era seguido pela policia e naquele momento ela entendeu que somente ela tinha a decisão de mudar o futuro de todos que amava e se era assim que precisava ser feito: Ela o faria. Pediu perdão mentalmente a sua menina e mesmo que estivesse fraca pela dor que estava sentindo, ela levou a mão no volante e o puxou fazendo que Amaro se assustasse e perdesse completamente o controle do carro os fazendo cair ribanceira a baixo...

POR NOSSOS FILHOS - LAOnde histórias criam vida. Descubra agora