William Afton - Um homem cujo coração era roxo

Arquitetando Planos

Avisinhos

(Para os antigos leitores)

Estou reescrevendo a fic! Prestem atenção que os capítulos antigos serão modificados :D

(Para os novos leitores)

Ooooi! Bem vindos a fic! Agradeço de coração!

Muito obrigada por lerem meus amoreees!

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30/10/1983 - Arquitetando planos

Conforme eu explicava minha estratégia ao resto de meu grupo de conhecidos - não podia chamar de amigos, afinal, não nos conhecíamos o suficiente para tal palavra, nosso grupo era mais uma hierarquia - de pouco em pouco, seus rostos se contorciam em sorrisos doentios, e eu não podia mentir, o meu sorriso já estava aberto desta maneira faz muito tempo.

O mais alto dos meus amigos - de cabelos marrons e olhos de um azul mais profundo que o oceano - enquanto se levantava, esticou a blusa preta - que possuía gravada na mesma uma gravata borboleta, e também exibindo rapidamente sua pele bronzeada - e tirou a poeira de sua calça - já que estávamos fazendo essa reunião no quarto superior ao meu, praticamente inutilizado -, e disse com firmeza:

- Apenas uma coisa me deixa desgostoso com esse plano... - dizia com uma voz melódica, porém não deixando de sair do papel de "macho alfa" da equipe.

- Desgostoso? - interrompeu outro dos meus conhecidos, possuindo cabelos azuis escuros ressecados com a raiz castanha começando a aparecer no topo da cabeça. Ele deu uma risadinha, enquanto não parava de piscar seus olhos castanhos praticamente pretos, juntou suas mãos e levantou uma perna para cima, e começou a falar com uma voz esquisitamente fina - Ooi! Eu sou Felipe - Ele piscou os olhos repetidas vezes, e eu esbocei um sorriso tímido -, já viram que eu sei falar formalmente enquanto vocês não? Bando de trogloditas! Observem! Eu falo desgos...

O de cabelos azuis fora interrompido apenas por um olhar penetrante de Felipe - O de cabelos marrons -, então, o azulado apenas voltara a sentar na sua cadeira, emitindo um rangido por causa da velha madeira. O outro integrante soltou uma risada disfarçada por uma tossida - esse próximo integrante possuía cabelos loiros e olhos verdes musgo, e uma pele extremamente parecida ao tom do papel, dando até para enxergar cada uma de suas veias e falhas - Felipe apenas acenou negativamente a cabeça, e voltou a falar:

- Conforme eu ia dizendo - Ele voltou a pose de macho alfa -, eu não me sinto confortável na parte em que não usamos máscaras. O que acontece se os seguranças locais nos enxergarem?

- Olha, não há problema com isso - Minha voz desafinada devido a puberdade acaba saindo arranhando a garganta, dou uma tossida - Desculpe, bem... - Aponto com um pedaço de graveto para o pequeno esquema desenhado numa folha A3, preso com fita adesiva na parede gasta, afasto uma aranha do papel conforme eu falo - Os seguranças estarão ocupados com a festa de aniversário no outro pavilhão - Aponto para a localização que eu falo, um quadrado consideravelmente grande do lado do pavilhão principal, onde a maior parte do nosso plano aconteceria -, eles não vão nem pensar em ir no pavilhão principal, não com meu pai supervisionando eles pra ver se estão fazendo seu trabalho corretamente... - "Deus, aquele homem me causa arrepios" disse o loiro entre sussurros. Afasto a aranha do papel novamente - então, podemos seguir sem medo. Mas já que o Felipe tem esse medo - Dou uma piscadela, suas bochechas ficam coradas de raiva - podemos usar máscaras.

- Tá gênio - se pronuncia o azulado -, e onde vamos arranjar elas?

- Não tá na cara, "Gênio"? - digo com uma cara de nojo (que aprendi com meu tão amável pai), deixando o azulado um pouco, mas bem pouquinho, pálido - Vamos pegar no quarto do meu irmãozinho, Bruno - digo me dirigindo ao azulado.

Todos me olham com caras confusas, Felipe coloca a mão no queixo, tentando entender meu ponto de vista. Bruno coça a cabeça de leve, e Carlos - o loiro - me encara com um olhar de peixe morto.

- Gente, por favor! - Abro os braços, e as pontas dos dedos da minha mão direita roçam de leve em uma teia, as recolho rápido - Meu irmão tem aquelas pelúcias gigantes... só arrancarmos a cabeça de cada pelúcia e transformar em uma máscara... simples.

- Então, o Michaelzinho vai usar suas habilidades de mãezinha? - Disse Carlos, gozando da minha cara. O olho fixamente, e tentando não perder minha pose de "segundo na liderança", abandono meu graveto no chão e começo a me aproximar de Carlos, com as mãos nas costas e um rosto com minha máscara de seriedade mortal, o deixando, incrivelmente, mais pálido do que já era.

Quando chego perto de seu rosto, podendo sentir até sua respiração, faço questão de o encarar nos olhos, o fazendo encarar os meus olhos azuis, tão estranhos, que parecia de um roxo semelhante as galáxias, no processo. Ele tenta desviar seu olhar, nervoso, mas ergo seu queixo com a ponta dos meus dedos cheios de calos - o trabalho manual no concerto de carros aumentara minha força de uma forma de nenhuma academia faria a Carlos, e ele conhecia bem os socos que eu dava - seus olhos demonstravam medo, o portal mais fácil para a alma. Amava fazer isso nas pessoas, causar medo a elas. Como eu ainda não era líder da nossa hierarquia?

- O que disse, Carlinhos? - obrigo meus olhos a mostrarem ódio, o qual não escorria pelas minhas veias, eu apenas fingia que eu sentia. Fazia muito tempo que eu não sentia algo desse jeito. Algo tão intenso. Me prometi que nunca mais sentiria isso.

- N-Nada Michael.... - Ele engoliu a seco, dei uma risada amarga e sai de perto, largando abruptamente seu queixo, o fazendo cambalear para trás no banquinho. Felipe se mostrou bastante feliz com minha ação e Bruno ligeiramente intimidado. Que bom.

Voltei para meu lugar, e peguei o graveto, o segurei com as duas mãos.

- Então... - dei um sorriso pequeno, não o bastante para mostrar os caninos - quem está comigo?

Felipe abriu um sorriso amarelo, e concordou com a cabeça. Bruno acenou exaustivamente, quase caindo no sono. Carlos acenou muitas vezes, tentando evitar meu repulso.

Sem mais nem menos, meu corpo reagindo a extrema adrenalina que eu sentia, quebrou o graveto nas minhas mãos em dois.




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Erros ortográficos?
Desabafos?
Sua fanfic é uma merda por isso quero discutir com você nos comentários?
Vamos! Comentar é de graça e indolor.