Joshua narrando
Já se passaram quatro meses desde que descobri as coisas do corpo que fora enterrado no lugar de Amanda, já fui na casa dos ex sogros e falei com eles de toda essa situação, até eles acharam isso muito complicado mas entenderam que é necessário. Ainda não consegui pensar em um jeito de falar com Avery, ela nunca vai topar ir nessa viagem comigo. Nem sequer o número dela eu tenho, como falaria com ela? Vou ligar para Alice e pedir o número de Avery... Assim que peguei o telefone para ligar ouço a campainha, largo o mesmo e vou até o primeiro andar atender, assim que abro a porta vejo que é meu irmão, ele me abraça rápido mas logo me solta. Nesses 4 meses que se passaram fui atrás dele e nós voltamos ao que éramos antes
-Cara, preciso fazer umas coisas na cidade, você tem como ir comigo? - pergunta ele
-Claro, mas é agora? - pergunto pois sei que mais tarde eu vou esquecer de fazer a ligação para pedir o número de Avery para Alice.
-Sim tem que ser agora, eu tinha esquecido dessa coisa e não queria ter que desmarcar.
-Tudo bem, vamos eu te levo sim - falo para ele que sorri.
Ele foi me esperar perto do carro e eu fui procurar minhas chaves. Procurei no andar de baixo e não achei então passe para o de cima, procurei por todo canto e só fui achar dentro do meu closet. Pego a mesma e vou para o andar de baixo me juntar ao Jonathan. Assim que chego vejo ele encostado no carro olhando o celular.
-Vamos? - falo e ele me olha e guarda o celular.
-Demorou em cara. - fala ele.
- Não estava achando a chave. Agora vamos..
-Claro. - responde
Entramos no carro e ele me fala que era só seguir o rumo da cidade. Começo a dirigir e mais ou menos quarenta minutos depois chegamos lá, ele vai me dizendo a direção que devo ir e logo paramos em frente a uma loja de tatuagens, Jonathan desce e entra lá, eu acabo indo atrás. Meu irmão ficou procurando a tatuagem que ele queria por um longo tempo pois tinha perdido a foto, logo ele já está começando a fazer..
-É você amigo? Não vai fazer nada?
-Acho que não... Pera, vou sim - falei quando tive uma ótima idéia.
Escolho o tipo de letra que eu quero e o homem começa a fazer minhas tatuagens. No ombro direito escrevo Avery e nas costas escrevi Malia Mason. Mesmo que Avery não volte para mim, eu sempre vou ama-la então não vejo problemas em escrever seu nome em mim.
Quando o tatuador acabou em mim, a de Jonathan estava completa, achei estranho uma tatuagem tão grande ficar pronta tão rápido, mas ficou linda demais.
(Tatuagem de Jonathan)
-Uou, como isso ficou pronto tão rápido? - pergunto a ele me aproximando.
-Ah, já estava quase toda pronta, só faltava alguns poucos detalhes. - responde ele
-Ah sim, entendi, ficou maneira. - falo a ele.
-Sim, vamos ali pagar.
Jonathan foi na frente e pagou a dele, assim que ele terminou paguei a minha e logo nós estávamos voltando para casa, no caminho fomos conversando sobre nosso pai, que mais ficava com a namorada do que ia para a alcatéia. Eu não podia falar nada, claro, fiquei muito tempo sem aparecer lá, se não fosse as pessoas que me conhecem a tanto tempo e entenderam a minha situação, eu já teria sido expulso da alcatéia. Assim que chegamos na alcatéia deixo Jonathan lá e parto para a minha casa, assim que chego subo para o segundo andar correndo e pego meu celular, ainda bem que não esqueci que eu deveria ligar para a dona Alice. Depois de 8 chamadas recusadas, o que nunca acontece, decidi ir lá ver o que houve, me arrumei, coloquei minhas roupas e uma jaqueta por cima da camisa, pego as chaves do carro e começo a me encaminhar para a alcatéia do senhor Jones. Demoro um pouco mas chego lá. Estaciono meu carro e vou caminhando para a casa da família, quando olhei para meu destino a porta estava se fechando, ando um pouco mais rápido e bato na porta, minha ex sogra me atende sorridente mas assim que me vê seu sorriso vai morrendo e ela fecha a porta atrás de si, aquilo era muito estranho.
-Ham, Oi Joshua. - fala ela baixo
- Oi Alice, porque ninguém atendia o telefone? Aconteceu alguma coisa? Se quiser eu posso ajudar.
-Não, não aconteceu nada ruim não, a gente só não viu mesmo.
-Ah sim, bem, então tudo bem. Sabe, eu vim pedir o número da Avery, mesmo que ela não queira falar comigo, precisamos resolver essa história da falsa morte, já foi adiado tempo demais.
-Ah, Joshua, bem - Alice então quando ia continuar a porta se abre toda e aparece Avery mais linda que qualquer tempo antes sorrindo bem plena, ela estava olhando para o lado e não tinha me visto ainda.
-Mãe porque a demora? - ela pergunta e então olha para frente e me vê, seu sorriso saí de sua boca e ela dá um passo para trás e fica minutos me encarando, m - Ham, pai? - responde e sai da reta em que dava para eu ver ela. Continuo paralisado no mesmo lugar.
-Isso que eu estava tentando te dizer Joshua, Avery voltou. - fala minha ex sogra. - mas olha, acho que ela não vai falar com você então por favor, não complique as coisas. Na hora certa ela vai te ouvir. - ela fala e eu assenti, concordando. Se Avery voltou eu não vou pressiona-la. Ela precisa falar comigo por que quer e não por pressão. Começo a caminhar para fora da alcatéia, eu estava meio confuso, ao mesmos tempo que eu não queria pressiona-la, eu queria muito voltar lá e implorar para ela falar comigo, eu a amava, a gente luta por quem ama, não? Mas dessa vez eu iria me conter, mas não desistir, eu queria muito me reaproximar dela, ver meus filhos, abraçar os três, beijar os três e nada iria me impedir de lutar por aquilo que eu mais queria no mundo, eu com certeza vou correr atrás de tudo que eu quero: minha família.