Capítulo 1

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Ouço despertador pela manhã e o sol invadindo o meu quarto.

Me chamo Paul Davis, tenho 17 anos, nasci e cresci na cidade de Yorranny, no Texas. capacidade de 3.500 pessoas. Onde todos sabem da sua vida, nem os cachorros consegue fugir dessa cidade horrenda.
Me levanto com barulho assustador do meu despertador entrando em meus ouvidos sem pedir licença. Ouço minha mãe batendo na porta exasperada:

- Paul está na hora de levantar, você tem que ir para escola. - Ela fica atrás da porta esperando alguma resposta.

- Eu sei Kate, fiquei surpreso você me chamando para ir para escola - Quando eu ouço passos se afastando do meu quarto.

Amo minha mãe mais que qualquer coisa nesse mundo. lembro quando o meu pai nos abandonou sem nenhum sentimentos ou causa justa, mas acho que abandonar um filho não é nada justo. Superei isso tudo, porém, minha mãe é depressiva, alcoólatra e vive de medicamentos. Todos os dias ela vai na farmácia compra antidepressivos para tentar acabar com essas alucinações que vem atormentado dia após dia. tive que ser "adulto" muito cedo para resolver meus problemas da escola e para faculdade, e ainda ser um pai para minha mãe. Vejo todos os dias seu rosto lívido e enrubescido pela sua face. Queria que o sol iluminasse seu dia, mas só enxergo o brilho da tevê em seu rosto, e um relacionamento sério com aquele sofá velho.

Desço as escadas, depois de me banhar, vou até a minha mãe e sento ao seu lado.

- Como se sente Kate? - pergunto encarando a tevê, mas sabendo que poderia ficar sem resposta. Enquanto isso na tevê passa um grupo de pessoas, que pareciam ser uma família contando os seus problemas familiares. A apresentadora era loira, e seu rosto de cansaço, e uma mulher ao seu lado que se dizia psicóloga ( Eles não poderiam resolver seus problemas em casa ao invés de ficar contando suas vidas para o "mundo"?). É impressionante como esses programas consegui segurar a gente de uma forma, que faz a gente perde nosso tempo na frente da tevê. tenho certeza que isso não vai mudar nada na minha vida. Ouço um sussurro de Kate:

- Eu estou ótima Paul - sinto cheiro de álcool enquanto fala. - você poderia fechar aquela janela... o brilho do sol me incomoda muito. - Era difícil vê-la daquele estado, mas sei que ela vai conseguir sair dessa situação. levanto e abro a janela e acabo com aquela escuridão que abraça minha mãe todo dia. solto um sorriso:

- Desculpa Kate, é inevitável deixar você perde esse sol lindo e prazeroso... tenho que ir para escola, caso precise de algo me ligue. Ah, fique longe das facas e pega leve com a bebida... isso vai afetar seus neurônios. - era estranho fazer uma palestra de sobrevivência para minha própria mãe. Ouço de longe minha mãe resmungando pela janela aberta. Não gosto de deixá-la sozinha, mas tenho que fazer minha vida andar, por que tenho certeza que ninguém vai, só eu mesmo.

Pego o carro do meu avô para ir a escola. Jake wilson, conhecido como capitão viajante. Participou da 2 guerra mundial. Por uma infelicidade, Ele foi diagnosticado com alzheimer (Foi um período difícil pra mim, passávamos muito tempo juntos). Então ele não faz idéia quem sou, mas vou visitá-lo todo final de semana. Leio alguns livros e conto meus problemas para ele, mesmo não lembrando de mim. Fala muito do seu neto, que sente falta dele e que eu deveria conhecê-lo; "é um menino muito inteligente e tem um futuro brilhante." Sempre quando fala isso, sinto um aperto no coração. Saudades de conversar com ele sobre carros, aviões e mulheres.

* * *

Chego na escola com o Chevrolet do meu avô. Fico me perguntando como esses caras consegui esses carros tão caros. Eu não deixaria meu filho irresponsável vir com minha Ferrari para a escola, só pra mostrar para seus amigos idiotas.

Minha vida não é tão interessante. gosto da história do meu avô, que teve uma vida repleta de emoções, participando da 2 guerra mundial, onde homens foram a guerra, deixando suas amadas para proteger seu país com honra e coragem, e acabando com a Alemanha de Hitler.

Faço parte do jornal da escola, por incrível que pareça ninguém liga para o meu jornal, mas se eles não querem adquirir conhecimento de uma mente brilhante como a minha, não posso fazer nada. É uma cidade onde os bolsos são pequenos e a mentalidade, menor ainda. É minúscula e conservadora, e a maioria das pessoas está fadada a viver e morrer por aqui mesmo. não sei quem foi o pedaço de merda, que colocou o nome dessa cidade de Yorranny. Uma grande escritora, com seus livros impecáveis. Só sei que eu nunca quis isso para mim. Já fui publicamente punido por pensar assim. O fato de querer sair daqui me torna a ovelha negra da comunidade. Daqui uns meses estarei tranquilo no meu quarto, no dormitório da Northwestern University, umas das melhores universidades de New York. Só assim para eu sai dessa cidade.

Entro na escola onde dou de cara com a Ana. Ela "trabalha" comigo no jornal da escola, fica na parte da edição. Ela é como aquelas meninas que usa óculos, tímida e meiga. Chega a ser invisível na escola, ninguém vê ela literalmente, mas no final do filme ela vai linda no baile de formatura e todos acham ela deslumbrante.

- Oi Paul - diz Ana abrindo um sorriso e seu rosto enrubescido.

Ana usava uma blusa com palavras maiúsculas e coloridas na frente "JESUS ESTÁ VOLTANDO & ESTÁ PUTO." Seus cabelos amarrados com um elástico, e estavam caídos no seu ombro, os ventos balançam. então respondi:

- Oi Ana - não éramos da se falar muito, mas era a única pessoa, que talvez gostasse de mim nessa escola. não me importava com isso. Em náufrago, Chuck conseguiu sobreviver com seu amigo Wilson (um coco) perdido no meio do oceano, então acho que consigo sobreviver com meu jornal e meu QI elevado.

Ana andava sempre com uma câmera na mão, eu não sabia por que, mas ela estava sempre gravando tudo, seria difícil assassina alguém do lado dela. Ela teria as provas na palma da mão... Calma não sou nenhum matador de aluguel, mas gostaria de matar algumas pessoas, e ainda se pago.

- Paul - ouço a Ana me chamar, enquanto eu "viajava" na sua câmera. - você já preparou alguma coisa para escrever no jornal?

- Sim! - mas era uma grande mentira. tinha a plena convicção que ninguém iria ler o meu jornal literário, provavelmente usariam para limpa a bunda, ou tirar a merda de cachorro do tênis.

- talvez eu te mande por e-mail para você editar - falei encarando seus olhos castanhos escuros. Logo depois ela confirma:

- Ok Paul - diz com um sorriso meio tímido.

Ela era incrível, estava sempre com seus dentes brancos e alinhados a mostra. diante de qualquer situação. Ana estava segura, e conseguia sai de qualquer coisa tranquilamente. queria poder conhecê -la melhor; seus medos, qualidades, defeitos, Séries favoritas e o que ela gostava de tomar no café da manhã. Mas tenho coisas mais importantes para pensar.

Chego no corredor da escola, onde você vê vários tipos de personalidades: góticos, que parecem roubar maquiagem da própria mãe. patricinhas, que come, depois coloca tudo para fora, para não perder a barriga "sexy." e os músculos que ficam com aquela blusa ridícula de mamãe estou forte. Passo pelo corredor e todos com um olhar de ódio, parecendo que sou terrorista e estou preste a matar geral, bem que eu queria.

Quando eu tinha 10 anos e me perguntavam: "O que você quer ser quando crescer?", ao que eu respondia: "Editor da New York, e depois talvez daria a honra de eles me deram o prêmio nobel da literatura", os olhares que eu recebia - como se tivesse dito "caçador de unicórnios " ou " limpador de traseiro de vacas." Nesse dia, eu achei que eles queriam me jogar para fora de Yorranny, isso não era ruim para mim, mas meus braços e pernas eram muito curtos pra pegar um carro em direção aquele horizonte tão aprazível.
Então estou...

Fui interrompido por uma voz grave, que falava e turcia ao mesmo tempo. Sério! Ele precisava de um médico.

- Então turma ... Cof ... Cof ...hoje iremos ... Cof ... aprender o verbo to be. - ele falava espalhando germes por toda sala. vamos lá "aprender" uma coisa que ensinaram na 5 série, isso mostra o quão boa é a educação nessa cidade. O que mais me irrita é que estamos mandando para o mundo crianças que não sabem assinar um cheque, pedir um empréstimo ou mesmo preencher um formulário de emprego, mas, porque conhecem "o verbo to be," as consideramos preparadas. Enquanto ele dava aula "morrendo", estava observando o relógio na parede e só esperando o sinal tocar para fugir daquele presídio.

Até a Última Lágrima.Onde histórias criam vida. Descubra agora