Capítulo 4

72 6 3
                                    

A sala de redação parece uma sala de crime, onde você faz uma reunião com seus capangas. Era pequena e tinha alguma mesas espalhadas pela sala. Havia várias caixas e papéis por todo lado, e tinha um quadro com um desenho de um pênis gigante. Aquele desenho não saia, desenharam com caneta permanente. Os jovens para fazer merda eles são inteligentes, acho que posso dizer assim. No quadro eu colocava "PAUL PRESIDENTE DA REDAÇÃO" não era grandes coisas, mas eu gostava e também cobria o pênis. Eles estavam atrasados para reunião, mas não é novidade se eles nem vierem. Ouço um barulho na porta. Era como se um gato estivesse fazendo um falsete, Aquela porta precisava de um óleo.

- Quando começa a reunião, americano? - perguntou Patrick jogando a mochila. Ele não ia muito para a escola, tenho certeza que estava planejando algo para acabar com os estados unidos.

Patrick veio da Rússia, ele era foda-se para tudo, típico de russo. Seu sotaque te denunciava, ele tinha raiva dos americanos, por que nós chegamos na lua primeiro. Ele deveria ficar na parte da fotografia do jornal, mas o idiota nem sabia onde apertar na câmera.

- Seus amigos patéticos estão atrasados. - falei para patrick. sua blusa tinha um urso com chapéu da união soviética.

- Não tenho amigos americanos - disse me encarando com raiva. Estava esperando ele jogar um bomba ali dentro e sair correndo.

Dessa vez a porta se abriu, parecia uma capela de gatos fazendo falsetes. Miriã, Carlos e vitória chegaram para reunião.

- Senhores vocês conhece uma coisa chamado relógio? - falei esperando eles me mandar pra algum lugar. Aqueles palavrões famosos.

- Paul, o mundo não gira em torno de você. - falou vitória em pé me encarando.

- O mundo seria muito melhor se girasse, e não existiria vitória em meu mundo - disse com os braços cruzados encarando ela. - sente-se vitória, tenho que falar com vocês.

- Então pessoal... não estou recebendo seus relatórios sobre o tema de vocês - disse andando de um lado para o outro. - desse jeito o jornal não vai sair.

- Ninguém liga para esse jornal, Paul. - falou Carlos. jogado na cadeira e com as duas mãos atrás da cabeça. - não quero fazer parte disso.

- tenho certeza, que minhas palavras são mais importantes do que ficar correndo atrás de uma bola, Carlos! - eu disse enquanto ele ficava vendo qual músculo dos braços eram maiores.

- você fez a previsão do tempo Miriã? - Perguntei.

- Oi? Disse alguma coisa, Paul?.- ela perguntou. tirando o fone e mascando chiclete.

- você deveria cuidar da previsão do tempo!. - disse novamente. Ela ficava me olhando, com cara de que transou e não gostou. Miriã olhou pela janela por um segundo e disse:

- Está nublado, e acho que vai chover - falou Miriã, depois colocou os fones de ouvido novamente.

- Já é alguma coisa - falei, colocando as mãos no rosto tentando entender, que merda eles tem na cabeça. - então farei tudo sozinho de novo?...

- Por mais entusiasmados que estejamos para o festival, precisamos escolher um tema, alguma sugestão? - disse vitória, cheio entusiasmo. Eles nem ligaram pra minha pergunta.

O festival era só para os alunos do último ano, onde uns dias antes do baile da formatura os alunos poderia fazer uma festa com o próprio dinheiro da turma, mas a vitória pagava quase tudo, seus pais tinham dinheiro.

- Que tal... fundo mar? Disse Miriã, tirando o fone de ouvido. Ela que falou que golfinhos são assassinos. "Boa idéia".

- Pensei em... "uma noite em Paris" - falou vitória.

Até a Última Lágrima.Onde histórias criam vida. Descubra agora