capítulo 2

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Murmúrio na sala: "ai amiga quero ficar com ele... deve ser grande." " tu pega ela e leva logo para o quarto cara." " pessoal essa... cof... essa parte... cof... cof... importante" espero que no futuro os cientistas têm uma ideia para anti bobagem, assim não sou obrigado a ver, ou ouvir essas coisas embaraçosas. O lado ruim de você ser observador. Pelo menos da prisão você consegue sair antes do tempo se tiver bom comportamento. Se eu pudesse me formar mais cedo, talvez filtrasse mais as minhas palavras. E seria famoso rapidamente.

O sinal toca. Vou para aula de literatura, última aula do dia ( ainda bem). Gosto muito dessa aula. as palavras... ah... as palavras, era fascinado por elas. Havia tantas! Eu podia contar uma história, escrever sobre o meu dia, escrever sobre o dia que gostaria de ter tido em vez do meu próprio... Era um poder infindável! Tenho certeza que estou fazendo a escolha certa para ser um jornalista promissor. O que seria de Shakespeare sem as palavras. ( ser ou não ser eis questão ). Grande filósofo socrátes ( eu sei, que nada sei ). Bob Marley com suas lindas e fascinantes canções ( no woman no cry/ mulher não chore mais). Marthin Luther king que lutou pelo seu povo (negro) com seus discursos que serão sempre lembrados. Também serei lembrado com as minhas palavras.

Entro na sala de literatura. Vejo toda a galera que deveria trabalhar comigo no jornal da escola, mas eles estão "cagando" pra tudo, se soubesse o quão famoso eu serei no futuro, estariam beijando o meu pé, para talvez da um emprego na minha empresa, multimilionária.

- Então pessoal, eu darei um livro para vocês, e vocês deverão lê - " Ah sério pensei que era pra comer. " ela ficou me encarando, será que ela ler pensamentos? - E quando terminarem vocês terão que criar a história desse livro em um poema - Ela falava me encarando, agora estou com medo.

- Não tenho tempo para lê um livro professora, tenho coisas mais importantes pra fazer - Disse a vitória enquanto passava maquiagem, bochechas rosadas, lábios vermelhos bem chamativos. Agora eu sei o que ela faz depois da escola, é isso mesmo que você está pensando. Vitória topsom, a abelha rainha da escola e a líder de torcida. Todos respeitam ela, Até os diretores e professores. Os pais dela são bem ricos, coloca os pais na frente sempre que acontece algo. Pai juiz e mãe advogada. Sério! Se meus pais fosse juiz e advogada, colocaria fogo nessa cidade, calma... isso foi muito terrorismo, só colocaria na escola mesmo.

- Professora não posso fazer isso, tenho que treinar - disse Carlos Frank. Seus braços era maior que seu cérebro. Ele me perguntou como se escrevia "músculo." Carlos era o líder do time, não por mérito, mas por que seu irmão meio que mandava no time. Aliás o time não ganhava nem no treino.

- Só tenho algo a dizer... - Ela foi interrompida pela Miriã.

- Não poderei fazer, faço parte do clube de teatro. Tenho muita coisa para lê e ensaia. - Ela falava parecendo que estava atuando, e era uma boa atriz para conta aquela mentira.

- Quero isso pronto, não quero saber o que vocês tem ou não para fazer, senão ficarão sem pontos. - disse a professora. Enquanto ela falava, dava para vê sua verruga conversando com seu bigode. Ela me encarou, e veio em minha direção. Meu deus ela lê pensamentos mesmo:

- E você Paul tem alguma desculpa também?! - Ela falou jogando o livro na minha mesa com uma ignorância. Espero que ela tenha falado teoricamente, por que eu não respondi. juro! Achei que ela lia pensamentos, que ia me mandar para direção por falar da sua verruga e o bigode.

O sinal tocou, aquele barulho de liberdade. Cheguei perto da abelha rainha, músculos maior que o cérebro e a atriz falsa.

- Teremos uma reunião amanhã na sala da redação, quem faltar estará fudido - fiquei esperando um "Não" enorme. Eles me encararam, parecendo que passou a noite com Snoop dogg, e fumaram a maconha dele toda.

- Sim, nós vamos, queremos falar com você também, Paul - vitória falou enquanto mascava chiclete com seu batom vermelho chamativo, ela deve fazer um belo boquete, não parava com aquela boca.

O corredor como se não bastasse essa zona de guerra diária, os sobreviventes chegam a um ambiente ainda mais perigoso: o ensino médio, a brilhante ideia da sociedade de colocar todos os jovens ingênuos, púberes e agressivos em um só recinto para atormentar e cavarem cicatrizes emocionais uns nos outros. Bravo, sociedade! Não podia ter tido ideia melhor.

Chego no estacionamento e vou direto para o asilo, onde o capitão viajante vive (avô). Nunca concordei com meu avô vive ali, mas tenho certeza que lá vão cuidar dele, eu disse que poderia cuidar dele, mas ele disse: " cuide de você e da sua mãe, ela precisa de você meu filho. já vivi a minha vida; fiz amigos, me apaixonei, trai, já chorei, se diverti, fiz amor com muitas mulheres e nem sabia os seus nomes, então Paul, viva plenamente a vida, por que só temos uma vida." então chegando no asilo, dou de cara com pessoas toda de branco. pessoas sábias e cheia de conhecimentos, que viveram a vida e poderiam escrever um livro sobre suas histórias incríveis. Logo na entrada do aliso tinha um quadro "xiii um lugar silencioso" juro! Deu uma vontade de gritar. O lugar era muito quieto parecia um cemitério... calma isso não foi legal... parecia uma biblioteca onde tinha que falar baixo para não interromper ninguém. Chego na sala do meu avô.

- Eai capitão? - Digo sentando na cadeira.

- E Ai garoto, sabe me dizer quando o meu neto vem me visita? - disse ele encarando a janela. E meu coração palpitava descontroladamente.

- Não sei dizer, você não lembra de mim? vim aqui semana passada. - disse segurando a lágrimas, não queria que perguntasse por que estava chorando. Não podia falar que era seu neto, na última vez deu ruim. Ele começou a berra " esse garoto que me matar " não vou me arriscar de novo, esse dia foi horrível.

- Nunca te vi na minha vida - disse finalmente olhando para mim, com seus olhos verdes e seus cabelos brancos como a neve. - o que você carrega ai? - disse olhando para o meu livro.

- É um livro que tenho que ler e transformar- lo em um poema, tipo, resume em um... - fui interrompido.

- Tem que como lê-lo para mim? - Disse me encarando.

- Claro! O nome do livro é ama-te a ti mesmo - disse olhando para ele com admiração e com todo sinônimo de felicidade.

O livro falava de dois jovens, que eram da mesma escola, mas ficavam entre troca de olhares, ela curtia balada e usava drogas, mas ele era um bom escritor. A história é contada na primeira pessoa, onde o protagonista era o escritor apaixonado, que tinha medo de contar que amava-a mais que tudo. ela não saia da sua cabeça. A história é longa, e bem clichê, mas leva drama, amor e esperança. Eu diria para vc não ler esse livro horrível.

Meu avô pegou no sono, a história era horrível de verdade. Fui para janela... havia velhinhos jogando dama, outros olhando para flores. Fui até meu avô dei um beijo em sua testa, e cobri ele. Desci as escadas e havia outro quadro " O céu é logo ali " sério!!! Isso não é nada motivador. Qual o problemas desses médicos.

Cheguei em casa depois de uma longo viaje estava completamente afago. Na cozinha um som de algo fritando como estática de rádio.

- largou o sofá? Não acredito que ele te traiu - disse pra ela, enquanto ela encarava o bacon fritando. Segurando seu cigarro, anéis de fumaça formavam na ponta e se espalhava no ar.

- você quer bacon? - disse ela me encarando, logo depois deu tragada no seu passa tempo, e fumaça no ar.

- Não obrigado, tenho certeza que os porcos vão se revolta contra vocês comedores de carne... Vou subir tenho que fazer um trabalho da escola. - subindo a casa ouço minha mãe.

- Paul você é tão certinho - ela diz com som meio abafado.

- Kate você é toda errada, deveria dar valor ao filho gênio que tem - digo subindo a escada.

Entro no quarto, parece que passou furacão e deito na cama, e começo a escrever o poema...

OBS: Se você amigo leitor chegou até aqui no meu livro, o meu muito obrigado... caso algum erro ortográfico peço desculpas.

Até a Última Lágrima.Onde histórias criam vida. Descubra agora