6 º capítulo

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No mesmo momento, em que me aproximo do homem com mau aspeto a Helena é atirada para o chão, gemidos de dor saem da sua boca e eu cego de raiva no mesmo instante.

Quando dou por mim, o meu punho está a conectar-se com cara do homem mal parecido.

- Harry não ! Pára! É o meu pai ! – O som ainda não saíra totalmente da garganta da linda rapariga, já ela está com os braços à volta da minha cintura a parar-me – Não lhe batas mais Harry, por favor !

 Pai, caralho que raio de pai bate naquela forma na sua filha ? Ou sequer numa mulher ?

Acho que ainda estou meio cego por causa do manto de raiva que me cobriu. Não sei o que dizer, apenas deixo a Helen afastar-me do seu progenitor, ou a merda que seja.

O homem está ainda a cambalear, deitava um cheiro imundo a álcool da boca. Então a filha anda a trabalhar naquela merda e ele a estragar o dinheiro a beber ? foda-se.

- Ele bate-te sempre ? Como é que ainda me podes pedir para parar ? Devia partir-lhe, a merda, da boca toda ! – Quase que lhe grito, ou grito.

- Não Harry , ele não me bate sempre. Vai para casa, esquece o que viste por favor. Obrigada por tudo.

- Como é tu queres que eu esqueça o que vi ? Caralho !- Ando de um lado para o outro no passeio feito de calçada.

- A sério, deixa-me resolver isto sozinha por favor. Vai para casa – Ela olha-me com um olhar tão doce, como é que alguém pode fazer-lhe mal ? Ou sequer pensar em fazer-lhe mal.

Eu devia mesmo voltar atrás e partir a cara toda aquele desgraçado com barba por fazer.

- Vai lá Harry, por favor. Peço-te – Quase que me implora e dá-me um leve empurrão para me ir embora.

- Se eu souber que ele te bateu outra vez, eu juro…- Ela interrompe-me.

- Eu sei Harry, mas eu sei que não vai voltar a acontecer, por favor vai – Implora-me mais uma vez.

- Foda-se, caralho já percebi- Rendo-me aos pedidos para me ir embora.

- Xau Harry. Obrigada por tudo, mais uma vez .

- Na boa – Entro no carro e arranco.

POV Helena

Mas o que é que acabou de acontecer aqui ? O meu próprio pai a bater-me, o Harry a bater-lhe também. É demasiado para assimilar, o coxis dói e a minha cabeça também.

Na minha frente , está o meu pai caído no chão totalmente bêbado. Eu acho que estou a começar a perder a esperança em relação a ele. Eu já deixei a escola por ele; eu fiquei com ele em vez de ficar com a minha mãe; eu já o defendi mais de mil e quinhentas vezes em vez de o deixar sozinho ; eu fui trabalhar para a porcaria daquele sitio para nos poder sustentar aos dois; eu já…

Estou cansada, estou cansada disto.

- Pai, anda para casa. – Quando lhe digo isto, só uma espécie de gemido frustrado sai da sua boca. Não quero saber, eu não vou pegar nele e traze-lo como já fiz antes. Se não for capaz de se levantar, paciência, quando ficar sóbrio vem para casa.

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Acordo com o meu telemóvel a tocar, antes de o atender olho para as horas que o meu despertador indica, são três da manhã. Mas quem é que me liga a estas horas ?

Atendo – Sim?- Digo reticente, só espero que não seja a Gabriela.

- Helen…- Uma voz roca e quase inaudível invade-me o ouvido esquerdo.

- Harry? És tu ? Porque me estás a ligar a esta hora ? – Pergunto-lhe.

- Eu não estou bem – Diz-me num suspiro soluçado, está a chorar ?

- Estás a chorar ?

- Eu fui hoje ver a minha irmã – Ele diz-me mais roucamente que o normal.

- E isso não é bom ? – Eu não estou a perceber.

- Ela está morta, a pessoa que mais amava neste mundo está morta percebes ? Morta ! – Levanta o tom de voz.

- Lamento muito Harry, eu não sabia – Ele não passa de uma pessoa magoada, é por isso que ele é assim.

- O caralho das tuas lamentações não me servem de nada, ela não volta ! – Um “pi pi pi” sai do orifício do som, no telemóvel. Ele desligou.

Ainda estou a assimilar tudo, o Harry tem uma irmã ? Ela morreu ? Como ?

Várias perguntas voam dentro da minha cabeça. A morte é o pior, a pior dor. Deixa uma saudade que não se cura, dentro do peito a ferida que fica nunca se cura. Pode sarar um pouco, mas não totalmente.

Pobre Harry, pobre rapaz.

N/A

 Olá, eu sei que está pequeno. Tive muito tempo sem publicar e por isso devia ser maior, eu sei e peço desculpa a todos os leitores. 

Isto é assim, eu preciso realmente que comentem e que votem a sério. É um incentivo, eu preciso mesmo disso. Eu peço-vos que comentem, isso não é diretamente um fator para publicar mais, mas acaba por ser. 

Eu tenho perdido o interesse em escrever esta fic, não tenho feedback quase nenhum da vossa parte e eu preciso mesmo, peço-vos mais uma vez.

Publicarei em breve, beijos <3 

With love,

AnaSBRamos

Ps: Desculpem algum erro, verificarei depois :)

I can't make you love me - h.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora