6 dias depois- Sexta-feira
Estou intoxicadamente calma, tomei três calmantes. A seguir vou enfiar-me outra vez numa sala com um homem nojento que me vai tocar como se eu fosse uma puta. Nem sei como vou conseguir dançar, parece que estou noutro mundo, que não estou aqui. Não tenho segurança nenhuma no meu corpo, quero mexer-me, ordeno e o meu corpo só obedece muito depois.
Estou com náuseas, já vomitei algumas vezes. Eu não quero voltar para aquela sala, não quero.
Oiço passos no corredor, não sei se estou a sonhar ou não mas eu oiço algo.
- Helena levanta-te, o senhor já está na sala- Quando dou por mim, alguém de cabelo preto está a levantar-me e a quase que arrastar-me pelos corredores até à sala.
- Helena mas que se passa contigo? Mexe-te. Parece que estás a dormir rapariga – Que se passa comigo? Teve piada agora, quero-me rir na cara dela mas os meus músculos faciais não obedecem às minhas investidas.
- Agora vais entrar, fazer o teu trabalho. Deixas o Senhor mexer onde quiser e ficas caladinha, não abras a boca. Ele não tem um bom temperamento – Ele não tem um bom temperamento. Acho que prefiro que me bata a tocar-me nojentamente.
Sou empurrada para lá da porta preta com letras brancas. Quase que caio com o impulso que me foi dado, olho à minha volta e vejo sentado nos bancos veludosos um rapaz. Ele olha-me intensamente com os seus olhos verdes. Eu conheço-o.
- Então? Vais dançar para mim? – Dirige-se a mim.
Fico a olhar seriamente, eu não consigo fazer isto. Eu não consigo fazer mais isto. Quero correr dali para fora mas é como se as minhas pernas estivessem presas ao chão; quero gritar mas parece que as minhas cordas vocais deram um nó neste preciso momento.
Os meus quatro membros estão a tremer e sinto uma falta de ar inexplicável.
- Está tudo bem?- O Rapaz de negro vem até mim. Quero-lhe dizer para não me tocar mas nem isso consigo fazer.
Grito interiormente que não quero que me toque mas nada sai dos meus lábios, nem um gemido, nem um grito. Nada.
Quando me apercebo estou nos braços do rapaz de caracóis.
POV Harry
Ela está a ter um ataque. Parece tanto a minha irmã, eu não posso deixar que esta rapariga morra como já deixei antes alguém morrer.
Pego-a ao colo para levá-la comigo, abro a porta.
- Onde pensas que vais com ela? - Gabriela não me venhas chatear os cornos agora.
- Depois logo te fodo para desculpar o facto de ter levado uma das tuas meninas ya? – Digo-lhe e nem espero uma resposta, pois saio logo do edifico.
A rapariga continua meio morta, meio viva. Está de olhos abertos, olha para mim mas não se mexe nem fala comigo, ai caralho. Vou em direção ao meu carro. Abro uma das portas de trás, deito-a nos bancos traseiros e sento-me no meu banco da frente.
E agora? Para onde a levo? Se a levo para casa fazem perguntas, para um hotel fazem perguntas. Já sei, para o caralho de estimação do meu pai, a casa da praia.
Mal chego à casa, vou logo deitá-la na cama. Ela continua de olhos abertos.
- Eu estou aqui ok? Eu não te vou violar nem nada do género, acreditas não acreditas?- Pergunto-lhe, ela arregala os olhos para mim mas continua sem dizer nada. Foda-se ela é tão linda que me enfeitiça com aqueles olhos azuis.
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I can't make you love me - h.s.
FanfictionNuma história de amor, se um dos dois amantes não conseguir/puder amar o outro, como é que tudo se sucede ? ©2014 por AnaSBRamos. Todos os direitos reservados.