Descobri que tinha sinal de internet na fazenda, o que era ótimo, Dan não ia lá há tanto tempo que já não sabia das novidades.
Também tive tempo de conhecer melhor Lucy, ela era uma mulher muito gentil que adora interação com bastante humor e diferente de Dan ela conseguia manter uma boa relação até mesmo com estranhos.
Minha mãe me respondeu algumas horas depois e conversamos o básico, que é resumido em um simples interrogatório.
Mandei uma mensagem para Mark e Lílian já que tínhamos um grupo com apenas três, para que eles me ajudassem com uma questão.
"Por que é que os Flintstones comemoravam o Natal se eles viviam em uma época antes de Cristo? " -Deixei a pergunta no ar e fechei o aplicativo.
Minutos depois Dan apareceu com sua típica calça jeans rasgada, mas sem camisa, ele estava com o cabelo molhado, o que significava que ele havia saído do banho.
Eu também tinha tomado um banho, mas optei por usar algo mais confortável, o que no caso era uma saia rodada e mais um dos moletons do meu generoso melhor amigo.
—Do jeito que você anda, da próxima vez eu vou te encontrar usando minha cueca. —Ele disse assim que me viu.
—Não me julgue, eu gosto de usar suas roupas.
—Já andou a cavalo? —Ele mudou de assunto.
—Não.
—Hoje vai.
Algumas horas depois estávamos em um estábulo, Dan parecia conhecer cada lugar de lá e também parecia ter afeto pelos animais.
Um homem chamado Jhonny é quem cuidava dos cavalos, um tempo depois de conversarem eles saíram trazendo um cavalo de pelo marrom, bonito e grande.
Ele estava equipado e pronto para montar, então Dan me ajudou a subir, depois de algumas tentativas consegui ficar em cima do cavalo.O campo era grande, ele foi guiando o cavalo calmamente enquanto eu apenas fiquei sentada olhando para a crina do animal que com certeza era mais hidratada que o meu cabelo.
—Você gosta de cavalos? —Perguntei.
—Sim, se não, não estaria aqui te trazendo para montar em um, principalmente nesse, que é o meu preferido.
Não tinha notado, mas já estávamos um pouco afastados da fazenda, na verdade nem sabia mais se estávamos dentro dela, mas ainda assim era boa toda aquela conversa e o ar que batia levemente em meu rosto.
Porém um tempo depois, pequenas gotas de água começaram a cair, e do nada uma chuva forte nos alcançou, então nós paramos embaixo de uma árvore.
—Merda. Precisamos voltar, você pode adoecer com essa chuva. —Ele falou pondo alguns fios de cabelo atrás da orelha.
—Você também pode.
—Não adoeço fácilmente.
—Nem eu.
Sem esperar mais, ele me segurou pela cintura e me levantou em direção ao cavalo.
—Para, eu sei subir. —Falei tentando me soltar dele.
Depois que eu estava novamente em cima do cavalo, ele subiu, ficando atrás de mim e se aproximou até que ficássemos totalmente colados.
Pouco segundos depois eu estava quase em cima do colo dele, por conta da velocidade não tive tempo para pensar, a chuva também estava forte, a única coisa que eu não queria era cair.
Quando estávamos nos aproximando da fazenda a chuva estava mais fraca e a velocidade em que o cavalo corria era menor.Me assustei quando senti algo em meu traseiro endurecer aos poucos e tomar volume, como eu estava de saia, e provavelmente ela tinha levantado enquanto o cavalo corria como louco, imaginei o que seria.
—Dan… O que é isso?
—Isso o quê?
—Não brinca, você está excitado. —Falei tentando olhar para trás.
—Não, claro que não. —Ele respondeu desconfiado e se afastou rapidamente.
Passei a mão por minhas costas e desci até o lugar onde senti a presença de algo e encostei a mão na calça apertada que estava molhada por conta da chuva, assim que senti seu membro duro, deixei minha mão alí, parada.
—Então o que é isso? —Sorri descaradamente, eu claramente tinha perdido a vergonha na cara.
—Acho melhor você tirar a mão daí, isso não tem graça e você não está ajudando. —Ele falou após alguns segundos.
Depois de ver o estado em que meu amigo estava, decidi deixa-lo em paz, afinal, ele não tinha culpa de nada, mas que a situação foi engraçada, foi.
Quando voltamos, estávamos totalmente encharcados, a mãe dele me ajudou a me secar e eu vesti um pijama que ela me emprestou e que cabia perfeitamente em mim.
—Coube em você, parece que usamos a mesma medida de roupas. —Ela disse assim que acabei de me vestir.
—Sim, ficou até melhor que minhas próprias.
Decidi ajudar Lucy com o jantar, ela decidiu que iria fazer lasanha, não sabia exatamente como fazer, mas ajudei com o molho.
Enquanto a comida não ficava pronta, decidi fazer companhia ao meu amigo, que estava sentado no chão, na varanda, olhando para o escuro que se formava nos lugares onde as lampadas não alcançavam.
—Esse escuro dá medo. —Falei depois de sentar ao seu lado.
—Não acho. É bonito e dá pra ver as estrelas.
—É verdade que na cidade não dá pra ver muito bem.
Ele olhou um pouco para fora, antes de se voltar para mim.
—Você está muito bonita.
Sorri com o elogio.
—São roupas da sua mãe, eu não trouxe nada para dormir, e também só estava usando roupas suas.
—Notei que nenhuma camisa ou moletom sumiu essa noite. —Ele falou sorrindo.
—Não comemore ainda, mais tarde eu posso sentir frio e querer usar algo maior para me cobrir.
Ele me puxou pela cintura e me envolveu com os braços, o que inicialmente me assustou, já que ele normalmente não fazia esse tipo de coisa.
—Por que só minhas roupas se você pode ter o kit completo?
—Suas roupas não ficam excitadas o tempo todo, como o dono delas.
Ele então se inclinou mais, até que estivessemos ambos deitados no chão, mas ele por cima.
—Confesso que as coisas acabam esquentando as vezes, como velas. —Ele sorriu com a referência.
Dei um tapa forte e estalado em seu braço.
—Se me chamar de vela de novo, eu vou me revoltar e te jogar no fogo, dessa vez em um real.
—Você não faria isso com seu melhor amigo. —Ele falou baixando a voz enquanto aproximava seu rosto, deixando que nossos narizes se tocassem.
Daquela vez, pela primeira vez perto dele, eu parecia queimar, mas entre as pernas.
O que caralhos era aquilo? Eu não estava acostumada com aquele lado ousado e tão repentino. Será que ele estava possuído?
Por instinto fechei os olhos, e assim que nossos lábios se encostaram, uma voz desconhecida chamou a atenção.
—Olha só, se não é meu primo anti-social, saindo da seca. -A voz era debochada, e veio acompanhada de passos se aproximando.
Me afastei rapidamente, e Dan fez o mesmo, então me levantei envergonhada.
Já não bastava eu ter quase beijado meu melhor amigo, do nada, ainda tive que ser flagrada por um estranho.
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PODE ME CHAMAR DE VELA
Romantiek"SEGURAR VELA" Quantas vezes você já fez isso? Seja para um amigo, primo, colega... Você com certeza já o fez. A situação de Anna ultrapassou tanto os termos "segurar vela" que ela passou a ser conhecida como a própria vela, mas sinceramente nunca...