Pov. Carol
Estar com a Day tem sido muito bom, ela me faz muito bem, me faz esquecer os meus problemas e as coisas ruins que havia acontecido, já tinha se passado 2 dias do ocorrido, e durante esse tempo eu fiquei praticamente deitada o tempo todo contra a minha vontade, a Dayane insistiu que eu precisava de repouso até me recuperar, mas não posso reclamar, ela estava se saindo uma boa enfermeira, nesse tempo eu também liguei para o meu pai e contei tudo, ele disse que com certeza me aceitaria em seu apartamento e que faria minha matrícula em uma das escolas de São Paulo pra mim não deixar de fazer o que eu tanto gosto que é tocar e cantar... Já estava quase tudo resolvido a respeito da minha ida para São Paulo, ja havíamos comprado as passagens, a gente iria hoje a noite, mas faltava uma coisa que talvez fosse a pior, eu precisava passar na "minha casa" que agora já não era mais minha, pra pegar algumas coisas como documentos, meu violão, algumas roupas pra mim usar até que comprasse novas lá e principalmente me despedir dos meus irmãos que seria o mais doloroso pra mim... Optei por ir em um horário que minha mãe não estivesse lá, não suportaria olhar na cara dela novamente, então esperei dar 10:00 que era o horário em que ela saía para o trabalho para ir, acompanhada pela Dayane que insistiu tanto que eu acabei cedendo
- Vamos? - Chamei na porta do banheiro que foi aberta por uma Day sorridente, com uma touca na cabeça, vestindo a roupa que eu tinha lhe dado na noite em que nos conhecemos e um all star, ela estava absurdamente linda, como sempre
- O que foi? Tem algo de errado comigo? - Ela perguntou preocupada ao perceber que eu a encarava
- Nada, você só está muito linda, como sempre - A essa altura eu já não me importava mais em dizer o quanto a admirava, que se dane, eu amo ela, tinha mais é que deixar isso claro mesmo
- Obrigada, você também - Ela disse com as bochechas coradas de vergonha e eu não contive minhas risadas e ela percebendo isso me acompanhou rindo também de si própria
- Você tem certeza que está bem o suficiente pra isso né? - Eu assenti, Day perguntou a mesma coisa durante todo o trajeto, preocupada em como eu reagiria ao me despedir dos meus irmãos... E ela estava certa eu não estava pronta pra isso, mas é o que precisa ser feito
Alguns minutos depois chegamos até a porta e por sorte como eu havia previsto o carro da minha mãe não estava lá o que significava que ela foi para o trabalho, bati na porta que logo foi aberta por Renan meu irmão mais velho, assim que ele me viu me envolveu em seus braços com os olhos marejados- Graças a Deus você apareceu, eu e o Rafa já estávamos desesperados sem saber onde você estava e se estava bem - me senti culpada por não ter entrado em contato com eles - mamãe nós disse o que houve, discordamos dela obviamente, nós te amamos do jeitinho que você é - É tão bom estar nos braços do meu irmão e ouvir aquilo
- Obrigada, de verdade, eu também amo vocês muito e desculpa por não ter te ligado - eu falei com nossos corpos se afastando do abraço mas ele ainda segurava minha mão
- Vem, entra - Ele me puxou pra dentro daquela casa enorme que eu tinha a convicção que nunca mais conseguiria chamar de lar novamente, ele parecia tão preocupado que nem percebeu a presença da Day atrás de mim
- Renan, essa é a Day - eu disse trazendo ela pra dentro da casa também
- Aaaah sim, a sua namorada, prazer Renan - ele disse esticando a mão pra ela, eu nem tive tempo de esclarecer o "namorada" já que fui surpreendida com alguém descendo as escadas correndo, era Rafael meu outro irmão
- Sabia que era você, assim que ouvi a voz vim correndo - ele disse ofegante me abraçando - que bom que você está bem, sinto muito por tudo
- obrigada Rafa - eu falei sentindo a mesma sensação do abraço do Renan
Ficamos um tempo conversando, eu contei pra eles que eu iria pra São Paulo, assim como eu eles ficaram tristes pela distância que se faria entre nós, mas compreenderam que seria o melhor, eles se deram muito bem com a Day e eu fiquei feliz com isso, os três ficaram na sala conversando enquanto procurava um colar que a minha avó tinha me dado, era de um valor inestimável pra mim, isso era a única coisa que faltava pra eu me despedir de vez daquela casa, até que enfim eu encontrei dentro de uma das gavetas
- Encontrei - eu disse entrando na sala e os três voltaram a atenção para mim - agora sim peguei tudo - eu disse sorrindo forçadamente mas com os olhos marejados, meus irmãos já haviam entendido, que aquele seria o momento em que diríamos adeus e se encontravam da mesma forma que eu, segurando as lágrimas
- Vou sentir tanto a sua falta baixinha - Rafa se levantou do sofá e veio até mim e Renan o acompanhou, nos abraçamos e deixamos algumas lágrimas escaparem
- Também vou sentir falta de vocês - Eu disse com a voz meio embargada
- A gente vai visitar você e o papai sempre que possível, ok? E não deixa de ligar pra nós - Renan disse e eu assenti - E você - ele se virou pra Day - Cuida bem da nossa baixinha ok? Se não vai se ver com a gente - Ele disse e mesmo com a tristeza do momento nos gargalhamos
- Pode deixar, cuidarei muito bem - Day respondeu a ele me fazendo sorrir - não queria ser inconveniente mas precisamos ir Carol, já tá quase na hora sua mãe chegar - ela disse e eu assenti
- Então é isso meninos, se cuidem, amo muito vocês não se esqueçam de mim - Eu disse deixando mais uma lágrima escapar, entrando no carro e dando uma última olhada naquela casa enquanto o carro se afastava
*Ooooiiie, como vocês estão?
Mais um capítulo pra vocês, falem o que estão achando, me desculpem pelos erros e votem por favor, até mais* ❤😘
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De repente cê me ganhou...
FanficAs vezes as coisas vão tão de mal a pior na nossa vida que nem parece que vamos achar a solução, mas são nesses momentos que aprendemos a ser fortes, e quando não estamos aguentando mais a vida nos manda uns "reforços".