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Já fazia 20 minutos que Kai tentava ligar para alguém sem sucesso. O tempo estava acabando e tensão só crescia a cada minuto.

— Kai — chamei, atraindo o olhar dele. Sua testa estava franzida e gotículas de suor escorriam por ela. — Não tem mais tempo. Eu vou fazer o que a Sybil quer.

— Ela vai te matar assim que conseguir o que quer, Connie. — Ele sentou ao meu lado. — Não pode ajudar se estiver morta.

— É a minha irmã. — Segurei a mão dele.

— Não há nada a se fazer Kai! — Seline gritou. — É melhor sair daí rápido, Connie, eu sei como a minha irmã é louca.

— É verdade — Sybil confirmou. — E a minha paciência está terminando.

Peguei a adaga que meu pai me deu. Eu sempre carregava comigo, mas naquele dia, antes de sair de casa, eu senti que precisaria dela mais do que nos outros. Talvez eu não estivesse errada. Se eu tivesse ouvido a Caroline... mas fui orgulhosa e egoísta demais.

— Aonde você vai? — Kai questionou.

— Vou salvar a minha irmã — respondi o óbvio. — E nem tente me impedir, Kai. Eu sei que assim como a Sybil você quer algo de mim, então não vem com essa conversa de que se importa porque eu sei que é mentira. — Fui em direção à porta, mas antes de abrir olhei para ele. — E não me beije mais. Eu não com ando com isso à toa. — Segurei a adaga com mais força.

Sem esperar pela aprovação do Kai, abri a porta, dando de cara com o Damon que segurou meu braço e em velocidade de vampiro me levou embora.

(•••)

Acordei com o frio do chão em que eu estava. Minha cabeça ameaçava explodir e senti meu pescoço arder e sangue escorrer incessantemente, manchando meu vestido com um vermelho escarlate.

— Seu namoradinho não vai mais nos interromper. — Damon apareceu na minha frente, lambendo o sangue que escorria do canto de sua boca. — Seu sangue é muito bom, só pra constar.

— Eu também quero experimentar. — Outro homem ficou ao seu lado, sorrindo ao ver o sangue escorrer. — A propósito, meu nome é Lorenzo, mas meus amigos me chamam de Enzo — Ele falou, rindo em seguida com Damon. — Ah, esqueci. Eu não tenho amigos.

— Saiam! — Seline mandou, irritada com os dois. — Mas antes, me dê um pouco do seu sangue, Damon.

— E por que eu devo obedecer a você? — Ele cruzou os braços.

— Porque em um piscar de olhos eu posso fritar o seu cérebro enquanto faço as unhas.

— Por que estão discutindo? — Sybil apareceu, irritada com as vozes.

— Sua querida irmãzinha quer o meu sangue, mas eu não vou dar — Damon explicou.

— Obedeça, Damon!

Contrariado, ele lançou um olhar mortal para Sybil e cortou a palma de sua mão, derramando o sangue em um copo.

Olhei em volta e vi que ao fundo uma piscina vazia estava cheia de poeira e lixo, logo deduzi que pelo estado desgastado das paredes, aquele lugar já foi um clube de natação.

— Beba. — Seline se ajoelhou ao meu lado e me entregou o copo.

— Aonde está a minha irmã? — Questionei, ignorando o sangue.

— Você vai saber quando tomar.

— Eu não vou beber esse sangue sujo!

— Pode morrer, por mim tudo bem. — Ela deixou o copo no chão e deu de ombros.

— Toma isso agora! — Sybil puxou meu cabelo e me obrigou a engolir todo o sangue. — Não foi tão difícil.

— Não a contrarie quando ela está de mal humor — Damon avisou.

O sangue passou queimando a minha garganta e me afoguei com o amargor.

— Sua irmã não está aqui — disse Seline. — Nós não estávamos com ela.

— O idiota do meu irmão cuidou para fazer uma barreira mágica envolta da casa junto com a melhor amiga da minha namorada, com quem o Kai o ligou a vida.
— Damon falou com ódio. — Seria legal ligar a sua vida com a da Katherine, não acha, Enzo? Claramente ele está apaixonado por você, mas ele não vai conseguir matar a Katherine, o que significa que você dormiria eternamente.

— Eu ajudo — Enzo confirmou rindo.

— Vocês me enganaram? — Questionei incrédula.

— Você é sempre assim ou só naturalmente loira? — Sybil riu. — Nada contra as loiras, mas quando se trata de loiras burras você ganha um prêmio.

— Vamos ver se eu sou tão burra quando você precisar de mim para executar qualquer que seja seu plano idiota! — Fiquei irritada e me levantei, ficando na frente dela. — Sei que não vai me matar porque precisa de mim, ou não teria me obrigado a engolir o sangue.

— Você tem razão, eu preciso de você. Mas eu também posso te torturar e te curar com sangue de vampiro, várias e várias vezes até cansar. Quer mesmo me desafiar?

— Eu não tenho medo de você, de nenhum de vocês! Se quiser me matar, faça isso agora, mas tenha a certeza que não vai conseguir tirar nada de mim.

Ela segurou meu queixo com força, cravando as unhas na minha pele e rasgando a mesma.

— Há uma certa beleza na sua resistência. — Afundou ainda mais as unhas na minha carne. — Mas eu não vou excitar em te matar. Eu posso precisar de você, mas arrumo outros meios de conseguir o que eu quero. — Ela me soltou e sorriu, como se nada houvesse acontecido.

Coloquei a mão no queixo e senti o sangue quente dos cortes.

— Damon, Enzo, ela é toda de vocês, mas não a matem, eu mesma quero ter o prazer de fazer isso.

— Eles vão matar ela — Seline protestou. — Sem ela não podemos ficar livre do Cade, você sabe muito bem disso.

— Vamos, Seline! — Sybil mandou. — Deixe os meninos se divertirem.

As duas saíram e fiquei sozinha com os dois.

Eles se aproximavam com um sorriso no rosto, exibindo as presas.

Corri o mais longe que pude, mas fui parada ao cair na piscina e ver minha perna sangrar.

𝑃𝑟𝑖𝑠𝑜𝑛 ➷ 𝑇𝒉𝑒 𝑉𝑎𝑚𝑝𝑖𝑟𝑒 𝐷𝑖𝑎𝑟𝑖𝑒𝑠 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora