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Os gritos e barulhos ensurdecedores invadiram meus ouvidos, como um zumbido

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Os gritos e barulhos ensurdecedores invadiram meus ouvidos, como um zumbido.

Me esforcei ao máximo para abrir os olhos, mas eles estavam pesados e se recusavam a obedecer as minhas ordens. Eu já não tinha mais controle de mim mesma e meu corpo estava mole. O ferimento no pescoço ardendo e o sangue manchando toda a minha roupa.

Eu sabia que estava deitada na minha própria poça de sangue, porque consegui sentir o sangue pegajoso e quente molhar minha pele e grudar no meu cabelo.

A sensação de quase morte é mais horrível do que eu imaginava. Poder ouvir tudo o que está acontecendo a sua volta mas ainda assim sem ter consciência disso, e a sua mente criando histórias e te deixando ainda mais desesperada, se agarrando à esperança de vida.
Quando eu penso nisso, me vem à mente em primeiro lugar a minha irmã e em segundo o Kai. Não sei porquê. Não há motivo lógico para eu esperar que o Kai me salve, mas eu espero. Assim como espero não ter sido tão grossa com ele, mas ele é uma pessoa tão horrível.

— Connie!! — Ouvi o grito de Caroline.

Poderia ser o Damon novamente na minha mente, me torturando, ou poderia ser real.

Me esforcei para abrir os olhos e soltei o ar dos meus pulmões, com um suspiro aliviado e tentei falar algo, mas não consegui.

— Não precisa falar nada. — Ela segurou minha cabeça. — Vou te tirar daqui.

Senti alguém pegar meu corpo e apoiar minha cabeça em seu peito. Olhei para cima e vi Stefan com o rosto coberto por sangue.

— Você precisa do meu sangue para se curar — ele falou.

Neguei com a cabeça, assustada com a possibilidade de ter sangue de vampiro no meu organismo.

— Mas você precisa...

— Deixa, Stefan — Caroline pediu. — Ela já me odeia o suficiente e vai odiar ainda mais se isso acontecer.

Mas eu não odiava.

(•••)

Acordei com um barulho e vi Caroline sentada na cama ao meu lado, me olhando com a testa franzida.

— Como você está? — Ela perguntou.

— Eu vou sobreviver. — Tentei sentar na cama, mas corpo não me permitiu por estar inteiro dolorido. — Que horas são?

— Quatro da manhã.

— E você está dobrando roupa a essa hora? — Olhei para as pilhas de roupas ao seu lado.

— Eu sou compulsiva — ela riu. — Estou nervosa. Fiquei com medo de você morrer.

— Você não me deu...

— Não. — Ela balançou a cabeça. — Eu respeito a sua vontade.

— Obrigada. — Fechei os olhos por alguns segundos.

𝑃𝑟𝑖𝑠𝑜𝑛 ➷ 𝑇𝒉𝑒 𝑉𝑎𝑚𝑝𝑖𝑟𝑒 𝐷𝑖𝑎𝑟𝑖𝑒𝑠 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora