{𝐜𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚}
PRISÃO | ❝É inebriante segurar a vida e a morte na palma de sua mão❞
Após um escândalo envolvendo o nome de sua família, Connie Forbes sai de Mystic Falls para viver com o pai e o novo padrasto. Sendo influênciada pelo ódio que...
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Kai me colocou em seu sofá e sentou ao meu lado, afastando os cabelos que grudavam em minha testa.
Ele pegou o kit de primeiros socorros e limpou meu ferimento, colocando um esparadrapo no lugar.
— Por que está me ajudando? — Perguntei.
— Eu não podia te deixar morrer. — Suspirou.
— Obrigado — respondi.
— Então, você e Nora estão...
— Não! — Interrompi ele. — Somos amigas. Nada além disso. — Olhei para ele. — Você e Katherine...?
— Nunca! — Balançou a cabeça rindo. — Eu só trabalho com ela pelos mesmos interesses.
Revirei os olhos, sabendo que seus interesses são destruir Mystic Falls.
— Qual o seu maior sonho? — Kai perguntou subitamente.
— Sair dessa cidade, terminar de escrever meu guia sobrenatural e conseguir um emprego de jornalista. E o seu? — Questionei, sabendo que seria uma pergunta difícil para alguém que deve ter muitos objetivos pelo poder.
— Beijar você — respondeu como se fosse óbvio.
— Não tem graça — falei, olhando em seus olhos, agradecida por não ter gaguejado.
— Não, mas você ficou vermelha. — Sorriu.
— Quando você ameaçou o Damon, você disse que faria a com a Bonnie e com Stefan a mesma coisa que fez com a Elena — mudei de assunto, constrangida. — O que você fez?
— Nada demais — deu de ombros. — Eu só liguei a vida da Elena à Bonnie e enquanto a Bonnie viver, ela vai continuar em sono profundo.
— Ah, meu Deus. — Me sentei no sofá. — Você é horrível.
—Não sou — deu risada —, eu só faço o que for preciso pra ter o que eu quero.
—Bom, se você acha que fazer isso é apenas uma coisa para se dar bem, então...
— Eu não preciso de lição de moral vinda da garota que julga a irmã que só quer o seu bem.
— Tudo bem, Kai, me condene por isso, mas eu nunca vou enxergar uma vampira como minha irmã.
— O amor não se torna inferior só porque vem de um ser sobrenatural.
— Você fala como se amasse alguém. — Olhei em seus olhos. — Quem?
— Seus questionamentos de jornalistas não vão arrancar verdades de mim. — Inclinou a cabeça. — Mas, respondendo a sua pergunta, não, eu não amo ninguém.
Suspirei, pensando em tudo que perdi esses últimos dias: minha mãe, minha irmã e o meu direito de ir embora e ficar longe de Mystic Falls.
Mas o que mais me dói é ver a Caroline e fingir que ela nem existe, tentar dizer que eu odeio ela, quando não é verdade.
— No que está pensando? — Kai perguntou, me tirando dos pensamentos.
— Em como poucos dias mudaram a minha vida. — Olhei para ele.
— Mas isso não é tão ruim porque se fosse diferente você não teria me conhecido. — Inclinou a cabeça, com um sorriso divertido.
— Eu nunca sei quando você está debochando ou dando em cima de mim. — Revirei os olhos.
— Descarta a primeira opção e pensa no que sobra.
— Você é uma pessoa horrível mesmo. — Balançei a cabeça.
— Por quê?
— Olha só o que está fazendo! — Olhei novamente para ele. — Dá esses sorrisos safados e cantadas idiotas.
— Ficou apaixonada? — Questionou rindo.
— Fiquei com raiva!
Kai se aproximou e pude sentir a respiração quente contra minha pele.
— O que está fazendo? — Perguntei, incapaz de me mexer.
— Vou beijar você — respondeu como se fosse óbvio e, subitamente, colou nossos lábios e eu nem fui capaz de me afastar.
Não quero beijar ele, mas ao mesmo tempo meu subconsciente diz que o beijo é bom demais para eu me afastar agora. Então, sem pensar muito, deixei a língua dele explorar todos os cantos da minha boca.
Mas Kai parou o beijo abruptamente e me encarou, com a testa franzida.
— O que... — Tentei falar mas ele colocou o dedo na minha boca.
— As sereias estão aqui — ele sussurrou para mim, se levantando em seguida e segurando minha mão.
— Kai Parker!!! — Ouvimos um grito de Sybil, seguido por altos barulhos no lado de fora. — Entregue a Forbes agora ou a irmã dela e as lindas gêmeas, que aliás são suas sobrinhas, vão pagar muito caro por isso!!
— É a minha irmã! — Corri até a porta, mas Kai puxou meu braço novamente.
— Ela está com Damon Salvatore e Enzo St. John, você vai morrer assim que passar pela porta.
— É a minha irmã e as filhas dela, Kai. Eu preciso ir lá. Não me peça para escolher entre a mim e a vida delas. Eu sempre vou escolher a Caroline. — Segurei sua mão, tentando solta-lá de mim.
— Eu vou pensar em alguma coisa. Eu prometo.
— Minha oferta tem prazo de validade!! — Sybil gritou novamente. — Se em meia hora a loira não estiver aqui, eu vou ter o prazer de arrancar o coração da Caroline na frente das crianças!!!
— Kai... — Pedi, com o coração ameaçando a sair pela boca.
— Confie em mim, Connie.
— Tudo bem. — Respirei fundo, tentando segurar as lágrimas.
Kai percebeu que minhas mãos tremiam de nervosismo e me abraçou, acariciando meus cabelos e pensando em algo no qual poderíamos fazer para resolver isso, antes que fosse tarde.