— Damon, é melhor deixar as irmãs para contar as novidades — Sybil chamou e saiu com Seline e Damon.
— Parece que há um conflito familiar aqui — Katherine comentou. — Você sabem bem como é já que passou por tantos, não é, Kai?
— É por isso que eu prefiro matá-los primeiro. — Ele sorriu, indo embora com Katherine.
— Eu posso explicar...
— Não, Caroline! Quando iria me contar que se tornou... isso? É tudo que nosso pai mais odiava e olhe para você agora.
— O nosso pai era um hipócrita! Quando ele descobriu que me tornei vampira sabe o que ele fez? Me aprisionou em uma cadeira e me torturou com verbena e derreteu minha pele com luz do sol. É esse o monstro que você tanto venera e está se tornando exatamente ele!
Aquelas palavras fizeram meu estômago revirar. Eu não consigo imaginar meu pai cometendo esses atos com a própria filha.
— Não é fácil nem maravilhoso ser uma vampira — ela continuou —, mas a nossa mãe me aceitou e as pessoas que me amam aceitaram. Eu não escolhi ser vampira, Connie, mas você pode escolher ficar ao meu lado nesse momento difícil!.
Não consegui responder nada, minha única expressão foi decepção. No momento minha cabeça havia apagado todas as memórias boas de nós duas.
Entrei em meu carro e dirigi o mais rápido possível para sair da cidade. Eu só precisava voltar para minha casa e ficar só.
Passando o limite da cidade, arfei quando senti uma dor de cabeça insuportável. Um líquido quente escorreu da minha orelha e quando coloquei a mão meus dedos sujaram de sangue.
— Mas o quê... — Meu olhar se concentrou no sangue e em uma curva rápida o carro virou e capotou ladeira abaixo.
(...)
— Ela está acordando! — Ouvi Katherine gritando.
Abri os olhos e vi um ligar escuro e frio. Katherine estava sentada ao meu lado na cama com cara de tédio.
— Você tem sorte — ela falou. — Por mim você já estava morta.
— Ai — reclamei, colocando a mão na testa.
— Eu vou encontrar aquela sereia — Katherine se levantou e foi embora —, não façam nenhuma besteira na minha cama.
Ouvi um homem reclamar alguma coisa. Em seguida, ele entrou no quarto e me olhou de longe.
— Está melhor? — Perguntou pouco interessado.
— Pareço melhor? — Falei grossa.
— Você parece viva e devia me agradecer por ter te salvado!
— Kai, não é? — Perguntei e ele concordou. — Eu não vou agradecer um vampiro!
— Eu sou um bruxo — corrigiu. — Mas se você quiser eu posso te matar agora.
— Se quisesse já teria feito.
— Ainda tem tempo.
— Por que me ajudou?
— Achei você interessante, ou talvez eu só quero brincar um pouco com você. — Sorriu.
— Se está procurando diversão achou a pessoa errada! — Tentei levantar, mas ainda estava tonta e Kai segurou minha cintura. — Não toque em mim! — Empurrei suas mãos.
— Okay, a próxima vez eu te deixo cair no chão. — Deu de ombros.
— Por que minhas orelhas sagraram? — Questionei, sentando ao seu lado.
— Bom, parece que em seu pouco tempo na cidade já arrumou inimigos. Colocaram um feitiço que te impede de sair da cidade e, se tentar, morre.
Não fiquei surpresa com a resposta. Essa cidade tem tantos seres sobrenaturais que se me disserem que sou a única humana ainda não vou ficar surpresa.
— E foi por isso que me salvou?
— Se alguém quer te matar então deve ser importante. Eu aposto as minhas fichas nas sereias. — Inclinou a cabeça. — Pense naquela frase: o inimigo do meu inimigo é meu amigo.
— Eu não sou sua amiga. — Levantei, segurando na parede do quarto para não cair.
— Aliás, achei aquele seu caderno sobrenatural. Bem interessante, há coisas lá que eu nem sabia.
— Me devolve — Olhei para ele com os olhos arregalados.
— Você vale muito mais do que aparenta, pequena Forbes. Tenho certeza que será muito útil daqui pra frente. — Sorriu sarcástico.
— O que realmente quer comigo, Kai?
— No momento certo você vai descobrir. — Se levantou indo até a porta. — Por enquanto, você fica aqui.
— Eu não vou ficar aqui! — Fui atrás dele, segurando seu braço, obrigando ele olhar para mim.
— Não torne as coisas mais difíceis.
— Então vai me deixar presa aqui?
— Katherine deu sangue a você para curar os ferimentos. Se você morrer vira vampira e eu garanto que vai odiar. Então você fica até o sangue sair do seu organismo.
— Você sabe que eu não gosto de você, não é? — Estreitei os olhos.
— Você sabe que eu não me importo, não é? — Ergueu uma sobrancelha, me desafiando.
Soltei seu braço que nem percebia que segurava com tanta força.
— Me devolve o caderno!
— Aqui — jogou o caderno no ar e eu peguei. — Não se preocupe, já mandei fazer uma cópia e coloquei nas primeiras páginas no jornal.
— O quê?!
— Nossa, você não tem nenhum senso de humor — revirou os olhos. — É brincadeira.
Ele saiu, fechando a porta atrás de si.
— Kai!!! — Gritei quando ouvi a chave passando pela fechadura. — Kai!!! — Gritei novamente, mas não obtive resposta.
Procurei em todos os cantos alguma janela, mas não havia nenhuma. Aquele quarto era completamente confinador e escuro, com apenas uma cama e um criado mudo.
Sem muitas opções, sentei na cama e esperei até que ele viesse novamente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝑃𝑟𝑖𝑠𝑜𝑛 ➷ 𝑇𝒉𝑒 𝑉𝑎𝑚𝑝𝑖𝑟𝑒 𝐷𝑖𝑎𝑟𝑖𝑒𝑠 ✓
Fanfiction{𝐜𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚} PRISÃO | ❝É inebriante segurar a vida e a morte na palma de sua mão❞ Após um escândalo envolvendo o nome de sua família, Connie Forbes sai de Mystic Falls para viver com o pai e o novo padrasto. Sendo influênciada pelo ódio que...