A festa na casa do Flávio e da Jéssica não é nada do que eu imaginei. Tinha o pessoal da banda cantando na sala ao som do violão, umas fãs que sempre os seguiam e uma galera da escola, cortesia da Jessi.
– Parece decepcionada. – Flávio caminha na minha direção e me beija.
– Achei que era uma festa...
– E é! – ele sorri, divertido – Desculpa se não é tão badalada quanto as que você costuma frequentar, mas, eu fiz meu melhor.
– O mais próximo que chego de festas, são as dos filmes que eu vejo.
– Vamos dar um jeito de mudar isso...
– Flávio, pode me ajudar a descarregar o carro? – um dos caras da banda pede.
– Pode segurar isso para mim? – me dá seu copo e outro beijo – A Jéssica está na cozinha.
Encontro Renan no caminho e sorrio, mas os olhos dele caem direto para o copo que estou segurando.
– Desde quando você bebe? – ele sequer me cumprimenta e continua a disparar contra mim – Ótima influência, esse seu namorado.
– Qual é o seu problema? – pergunto irritada.
– Qual é o seu?
O encaro chateada. Não com o fato dele achar que estou bebendo, mas sim que eu o faria por influência de alguém.
– Eu não te reconheço mais. Fazendo as coisas escondidas da sua mãe. Bebendo.
– Achei que o lance era ser rebelde – digo irônica.
– Essa não é você.
– Você também não tem sido você, mas não estou te julgando.
– Qual é gente, geral tá olhando para cá – Vini se aproxima e tenta acalmar as coisas.
Continuamos a nos encarar, quando Flávio aparece e tira o copo da minha mão.
– Obrigado por cuidar disso para mim. Algum problema, Ana Clara? – diz me abraçando.
– Nenhum. – Renan é quem responde – Vinícius, eu tô indo embora. Tchau Ana Clara.
– Eu vou com você, cara – Vinícius se despede.
Assim que os dois se afastam, Flávio beija minha testa e diz que sente muito pela confusão.
– O que eu perdi? – Jéssica se aproxima.
– Nada demais. – Flávio sorri e se afasta.
– Tá bom. Agora, o que eu perdi? – pergunta de novo.
– O Renan sendo babaca.
– Vamos curti e esquecer, afinal a Cinderela tem hora para voltar para casa – me puxa para a sala.
Saio para tomar um ar, estava irritada e chateada com o Renan.
– Tudo bem com você, Ana? – Flávio se aproxima.
– Claro que sim, eu só precisava...
– De um tempo?
Sinto no tom da voz dele, que o tempo se refere a nós dois e imediatamente me desespero.
– Não, eu... só... não. – digo por fim.
Flávio me abraça e beija.
A festa correu bem e no horário combinado eu já estava dentro de casa.
– Achei que sairia de novo – paro na porta do quarto da minha mãe, que está mexendo no computador.
– Por que achou isso?
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Novela JuvenilAmigos desde que se lembram, dois adolescentes passam por toda a transformação da fase. Problemas, festas, amizade, ciúmes e uma doença que não estava nos planos. Do primeiro amor a superação . É tudo o que esses amigos vão experimentar nessa jornad...