Quando voltei aquela noite para casa, não encontrei meu irmão, segundo nossos pais, ele havia ido dormir mais cedo, já que teria treino antes da aula, e até me perguntaram se algo tinha acontecido, e eu somente dei de ombros porque não seria capaz de falar o que ele disse para mim, era muita humilhação.
No outro dia pedi para meu pai me levar para o colégio, já que não queria encontrar com Austin tão cedo, sabia que mandar uma mensagem seria errado, já que não respondi nenhuma das trezentas que ele deixou.
- E aí? Como vai à escola, gatinha? – perguntou meu pai enquanto tirava o carro da garagem. – Tem algum garoto interessada?
- Papai! Você sabe que essa não é o tipo de pergunta que você faz a sua filha?
- Por que? Eu só quero saber sobre a sua vida amorosa. – ele disse dando de ombros. – Não quero ser daqueles que não sabem nada da vida de seus filhos.
Não deixei de balançar a cabeça, e conter a risada.
- Nenhum garoto.
- E garota? – ele fez a pergunta o que me fez arregalar os olhos, antes de começar a rir. – O que? Qual problema? Eu sou bem liberal, e posso dizer que preferia muito mais de que você fosse lésbica, porque você....
- Já chega, papai. Não sou lésbica. – dei um suspiro.
- Então por que está sozinha? Você é a garota mais bonita que já vi em toda a minha vida, e olha que vi sua mãe de todos os jeitos e...
- Porque... – comecei a falar para que ele não continuasse. Queria que em alguns momentos ele guardasse certos detalhes para ele mesmo. - ... sou bonita assim para você, somente porque sou sua filha. – falei dando de ombros.
- Acho que terei de levar você no oftalmologista porque sua visão não está uma das melhores. – ele parou em um sinal, e se virou para mim. – Porque você é maravilhosa, tanto por dentro quanto por fora...
- Queria que todos percebessem isso. – Pensei em Dylan, mas balancei a cabeça, para não pensar nisso agora.
Acho que falei isso alto, porque no instante seguinte a mão de papai estava sobre a minha.
– Eu sou só bonita quando me produzo, e mesmo assim nem pareço comigo mesmo.
- Quem disse isso para a minha princesinha? – ele perguntou com certa ternura na voz, antes de apertá-la. – Olha sei que não sou a melhor pessoa para dizer isso, mas não importa quem diga, mesmo o quão próxima ela seja de você, pois ela não estará falando a verdade, já que você Grace é a menina mais maravilhosa que eu conheci em minha vida, e mais uma vez, eu conheço sua mãe, então julgo que você é ainda mais do que ela, pois foi feita e ensinada para ser uma pessoa melhor que eu e ela.
- Obrigada, papai. – eu disse segurando sua mão.
- Que isso minha pequena menina. Me fale depois quem fez isso com você, que eu peço para James dar uma boa surra nele. – ele comentou avançando com o carro, e virando a esquerda, indo direto para a escola.
Iria dizê-lo que o babaca no caso era o meu irmão, mas pensei que seria bem melhor deixar isso quieto, porque não queria que mais uma relação familiar ficasse perturbada.
- Não tem problema, o Austin já resolveu isso. – eu disse.
- Por isso gosto daquele garoto. – ele parou na frente do colégio. Acho que ele não gostaria de saber que tenho o evitado por quase dois dias. – Então é aqui nos despedimos.
- Papai, eu volto para casa ás três. – falei revirando os olhos.
- Me parece tanto tempo. – ele fez um falso bico, me arrancando uma risada, enquanto descia do carro. – Sinto falta da época que você ficava agarrada em mim, não querendo ir embora.
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Anonymity
Teen FictionJames Williams é o típico adolescente popular, sendo o capitão do time de basquete e o garoto mais bonito da escola, ele era tudo menos igual a sua irmã. Grace Williams tinha somente duas certezas em sua vida, que sempre poderia contar com seus melh...