Meu QUASE Irmão

Apego

Acordo pela manhã na cama de um moreno lindo. Ele dorme feito um bebê. Eu não tive pesadelos essa noite, não como andei tendo nos últimos dias. Olhando para ele assim, me recordo das turbulências do último mês...

Flashback On

Resolvi sair pra espairecer essa manhã. Ontem fiz 18 anos, tive minha primeira vez, fiz um show em uma casa noturna famosa em Konoha e descobri que meu pai está vivo.
É muito o que assimilar. Sentei-me na praça em frente ao apartamento e fico olhando o balançar das árvores me lembrando de tudo o que rolou.

Instintivamente minha mente vai até Sasuke, o jeito como ele me tratou ontem foi legal. E ter cantado a minha música para ele foi libertador.

Resolvi voltar pro apartamento mas ele não está. Esse foi o primeiro de intensos dias de terror que viriam.

"—Eu não quero ser seu pai! Me deixa em paz sua garota estúpida!

— Papai!! Não vai embora!!

— Me solta!

— Papai..."

— Papai! — Acordo assustada. Foi só mais um sonho.

(...)

— Sakura? Sakura! — Tá me ouvindo?

— Ahm? O quê?

— Você está aqui?

— Eu só estou cansada. Não tenho dormido bem esses dias.

— Chegarei tarde hoje. Tenho reunião com os acionistas da empresa.

— Não tem problema.

E assim o mês foi passando. Sasuke e eu nos afastamos. Ele sempre chegava tarde, e na maioria das vezes, eu saia mais cedo que ele. Nossa rotina não batia. Parte por minha culpa. Eu o estava evitando. Não queria responder perguntas difíceis.

(...)

— Ei princesa? Você tá bem? Parece cansada.

— Estou bem, Nagato.

— Essas olheiras fazem parte do seu look também?

Suspiro pesadamente com o comentário do ruivo.

— Vai se fuder Nagato.

— Se precisar de algo pra te acordar, posso te indicar algo.

— Não... Valeu.

(...)

"—Eu não quero ser seu pai! Me deixa em paz sua garota estúpida!

— Papai!! Não vai embora!!

— Me solta!

— Papai..."

— Papai! — Outra vez o mesmo sonho.

Durante os próximos dias, ele se repetia e se repetia. Me concentrar no trabalho estava bem difícil, me concentrar no que o Sasuke fazia era mais complicado ainda.

(...)

— Não, quero algo forte, algo para dormir. Algo que me deixe apagada.

(...)

— Sakura! Sakura! Você tá bem? Parece que não dorme a dias.

— Uhum... Tô... Bem.