CAPÍTULO 14

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Olá. O  vestido da Raquel está aqui em cima, escolhi dois modelos pq não consegui escolher entre os dois. Mas vcs decidem. Os dois são lindos, não são?

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  E adivinhem quem vai na Boate hj? Exatamente, a Hellen! Ex do meu amigo, amigo esse, que estou lutando pra não cair de paixão e enlouquecer de vez.

   Coragem Raquel. O que pode ser pior do que vc viu hj?

   Já que é pra arrasar, visto um vestido creme com rendas (foto acima) colado ao corpo, que me favorece ao máximo. Um salto meia pata bem alto. E capricho no perfume e na maquiagem. Deixo o cabelo solto, apenas com umas ondas feitas nas pontas. Perfeito!

       Marquei de me encontrar com Matheus na Boate. Ele queria vir me buscar, mas eu não tava a fim de ficar sozinha com ele e a Hellen no carro. Me poupem, vai!

      Encontro com ele e Hellen na área vip. Ela está divina, num vestido vermelho tomara que caia. E Matheus nem se fala, blusa colada azul marinho marcando bem seu peitoral e calça jeans preta bem despojada. É de tirar o fôlego!!. Sei que ele me olha, mas evito encarar ele agora.

      Vou até o bar. Peço um drinque, qualquer coisa BLUE com vodka. Enquanto aguardo a bebida, sinto que estou sendo observada. E meu olhar encontra com um rapaz moreno. Pele bronzeada, ombros largos e um sorriso encantador.

        Ele ergue o copo da sua bebida na minha direção e acena com a cabeça pra confirmar sua intenção. Eu libero um sorriso, mas o ignoro, pegando minha bebida, e voltando onde o casal sensação estavam.

      Nunca foi tão duro estar ali de vela com o Matheus, dando seus amassos na Hellen, como estava hj. O telefone dela parece vibrar e a vejo atender.

      Cansada de ficar ali de bobeira e já sentindo os efeitos de 3 drinks do tal BLUE com vodka. Decido descer até a pista de dança. A música não é das melhores hj, mas já me martirizei de mais lá encima.

       Quem sabe dançar até não poder mais, me faça esquecer tudo o que estou passando.

     A música que toca até que é bem sensual e envolvente. Me deixo levar, erguendo os meus cabelos pra cima e rebolando o máximo que consigo. Dou uma espiada lá pra cima. Vejo Matheus me olhando sério, parece meio contrariado com minha dança.

        Foda-se, sou livre, vou dançar!. Hellen ainda está ao telefone, nem sei como ela consegue ouvir o que estão lhe falando com esse som alto.

     Solto meu corpo e me libero, ao menos sei que ele está me olhando. De repente sinto mãos firmes e fortes na minha cintura. Que logo me puxam pra perto de um corpo grande, duro e musculoso. E duro não é só o corpo. Sinto algo bem duro próximo a minha bunda também.

- Até que enfim te achei, gostosa! – ouço uma voz grave ao meu ouvido e me viro de  leve, pra tentar identificar de quem é.

        E pra minha surpresa, quem está me encoxando desse jeito, é o moreno que vi do bar logo que cheguei. Deixo que ele se aproxime e dance colado comigo. Nem abro os olhos, só me entrego ao momento.

     Mas não demora muito e ele me puxa pelo braço e saio tropeçando e tentando segui-lo. Até chegarmos em uma área escura da boate, onde rola uns pega mais intenso. Ele me prensa na parede.

- E aí gostosa, fiquei que nem louco te procurando. Só pensando em te dar uns amassos.- apesar de bonito, me dá repulsa sua insinuação vulgar.

        E antes mesmo de conseguir expressar qualquer reação, sua boca invade a minha. Não correspondo ao seu beijo, mas ele insiste. Tento me desvencilhar, mas ele não deixa. Ele é muito forte. Não consigo sair. E pra piorar, ele sobe uma das mãos pela minha coxa, subindo meu vestido e indo até a minha bunda, apertando-a.

      Entro em desespero, e quando penso que vou acabar violentada por esse brutamontes, ele é arrancando de mim. Quando vejo o que está acontecendo, Matheus está ao meu lado e o brutamontes no chão com o rosto destruído.

       Antes que o brutamontes, perceba quem o atropelou e reaja. Matheus me pega pelo braço e me arrasta até sairmos da Boate. Ele também avisa o seguranças da entrada, que alguém me atacou e um dos seguranças adentra o recinto.

       Matheus então, vem em minha direção segurando com firmeza meu dois braços e eu de frente pra ele. Estamos bem próximos. Olhos nos olhos. E sua raiva e alteração são evidentes!

- Está doida Raquel? Endoidou de vez? Quer ser estuprada, hein? Quer? – ele grita de tal maneira, que só me resta chorar. Me sinto péssima. Desprezível.

     Matheus então desmonta com meu choro e me abraça. O seu abraço me faz chorar ainda mais, pela sua proximidade. Porque sinto quando seu cheiro me invade, juntamente com o calor do seu corpo.

       E diferente da sensação que tive, nos braços daquele que tentou me violentar, os braços de Matheus são reconfortante e excitantes ao mesmo tempo. Isso devia ser considerado  tortura!!!.

- Não chore Raquel, já passou! Eu estou aqui pra te proteger. – Pelo amor de Deus, pare vc e não aguento mais!!. Eu não sei se devo reunir forças, que sinto não ter, pra me desvencilhar dele ou se acabo por me entregar a tudo que mais desejo.

    E sem ao menos me dar conta, eu me entrego. Passo minhas mãos por suas costas. Enterro meu rosto mais ainda em seu pescoço. Sinto mais do seu perfume. E não me contenho e beijo o seu pescoço, subindo minhas mãos pelo seu peito e adentrando com elas em seus cabelos da nuca puxando-os, preciono sua nuca para intensificar o beijo e também o nossos corpos, que ficam mais próximos.

- Raquel, pare! – Matheus pede, mas ouço que sua voz está ofegante e alterada. Então eu não paro, e me esfrego em seu corpo e tento beijar os seus lábios. Mas Matheus volta a segurar, em meus braços, gerando distância entre nós.

- Pare Raquel! – ele grita! Ele nunca gritou assim comigo!!!. – Será que vc precisa beber pra decidir que me quer?

   Sinto mágoa no que ele acabou de me dizer. E as lágrimas que tinham cessado, voltam a cair pelo meu rosto novamente. Matheus me olha, vê que não vou responder e diz:

- Vem, vou te levar pra casa. – Ele pega no meu braço e me leva até um táxi. Abre a porta e certifica – se que consigo entrar. E então, entra também sentando ao meu lado, ele me diz seco:

- Vou te envolver com meu braço, mas se vc tentar me beijar ou se enroscar em mim, desço do táxi e deixo vc ir embora sozinha.

   Balanço a cabeça em acordo. Ele não quer que eu o toque!. Ele envolve seu braço entorno de mim. E eu fico imóvel, mas seu abraço me tranquiliza.

     Apesar de ter certeza que se eu fizer algo, ele não vai descer do táxi e me abandonar, como ele diz. Eu conheço Matheus, ele jamais faria isso. Jamais me deixaria ir embora, sem ter certeza que cheguei em casa segura.

Eramos apenas Amigos. (Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora