CAPÍTULO 15

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  Alguns minutos em completo silêncio, resolvo perguntar:

- Cadê a Hellen? Vc a deixou na Boate?

- Não – ele responde- A mãe dela ligou pra ela, a irmã dela passou mal e ela teve que ir embora. Eu a coloquei num táxi e voltei pra te buscar. Qdo vi aquele sujeito te agarrando.- Percebo que ele enrijece o maxilar, assim que diz a última frase.

- Humm, espero que não seja nada grave. - Então ele não quis acompanhar ela, não foi?- Matheus, quero te agradecer por me salvar daquele brutamontes.

- Não precisa agradecer Raquel, vc sabe que é como uma irmã pra mim. Sei que tenho que te proteger.

  Irmã? Irmã o caramba! Então Matheus aproveita o parentesco repentino e me remete a um sermão daqueles!

- Mas vc sabe que deu brecha, não sabe? Deu liberdade de mais e ele sentiu que podia seguir em frente. Vc tinha que ter dado limites antes, ao invés de ficar se esfregando nele lá na pista de dança.- ele tenciona mais ainda os dentes, de raiva, enquanto me diz. 

    Será que ele está com ciúmes? Ou será que estava mesmo tentando proteger sua irmãzinha aqui?.

   Eu sei que Matheus tinha razão. Se eu não tivesse tão envolvida em provoca-lo. Tão envolvida em me torturar. Já tinha barrado o cara la na pista mesmo. Portanto, na minha bela conclusão, a culpa não foi só minha. Foi dele também!

Eramos apenas Amigos. (Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora