CAPÍTULO 9

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       É impossível isso dar certo! Impossível! Eu e Matheus? Impossível!

        Estou me preparando para o trabalho. Passei o domingo refletindo sobre o que aconteceu. E a conclusão que cheguei? Que isso foi um erro. E dos grandes. Não, não posso me envolver com ninguém, não preciso e muito menos com ele. Meu amigo! Era... Não sei. Argh! Porque isso foi acontecer justo comigo???

      Eu e Matheus temos quase a mesma idade. Eu tenho 26 anos e ele 27. Só isso já dificulta. Homens demoram mais pra amadurecer. Não é o que dizem?

       E outra, trabalhamos juntos!! Na mesma empresa. Isso vai contra as regras! Não pode.

      Passo o percurso inteiro, até chegar no meu trabalho, pensando em como vou falar pra ele esquecer tudo. Passar um borracha e fingir que nada aconteceu.

      Chego a minha sala pontualmente às oito horas. Estou vestindo uma saia lápis, um pouco justa, uma blusa creme decotada e uma maquiagem leve. Meus cabelos estão presos e aqui sempre estou de óculos para não forçar a visão. Estou na minha mesa e meu telefone toca. Atendo e ouço meu chefe me solicitando pra sua sala.

       Meu chefe é um homem mais velho (foto no começo)

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       Meu chefe é um homem mais velho (foto no começo). Ele tem 36 anos. Mas apesar de maduro, é extremamente bonito e bem apessoado. Muitas funcionárias aqui são loucas por ele. E esta solteiro, mas tem uma fama de ser bem galinha.

       Bato na porta e aguardo a sua autorização.

- Entre.

- Bom dia Sr. Colins! O Sr.  me chamou?. 

       Entro na sua sala e o vejo sentado na sua mesa, com um notebook aberto a sua frente. Ele ergue a cabeça e após me comprimentar, ele diz:

- Sim Senhorita Martins. Sente-se. -  Sr. Colins aponta um cadeira a sua frente, pra eu me sentar.

     Me sento e inevitavelmente cruzo as minhas pernas, sem antes o observar olhando-as, e sem descrição. Da mesma maneira, sem disfarçar, da uma olhada rápida para o meu decote. Desconsertada, tento retomar ao assunto que ele quer tratar. Dou uma tossida de leve, para chamar sua atenção e ver que estou notando os seus olhares indiscretos e indelicados.

     Sei, porque já percebi, que ele sempre está jogando esses olhares para minhas atribuições. Já ouvi comentários que supostamente ele fez a meu respeito, mas para mim são boatos, pq ele nunca insinuou nada de forma desrespeitosa, nem inconveniente. Olhar assim, eu até que não ligo, apesar de achar inconveniente pra um chefe.

- Pois não, Sr. Colins. O que deseja?. – Raquelzinha, que escolha infeliz na palavra. Vc pode dar margem a uma interpretação maliciosa. Como sou besta!

   Dito e feito. Sr. Colins. Deu um sorrisinho de lado, e um olhar meio malicioso. Merda!

- Bom, Srta. Martins.  Como deve saber, estou com uma viagem marcada pra Paris, a daqui um mês, aproximadamente. Preciso ir avaliar alguns investimentos, que estou interessado.

- Sim, perfeitamente, Sr. Colins. Irei providenciar as reservas ainda essa semana.

- Por isso mesmo que a chamei, Sta Martins. A Srta irá me acompanhar nessa viagem, então faça reserva para nós dois.- ele diz seriamente.

    Oi? Como assim?. Eu em Paris? Com meu chefe?

- Mas Sr. Colins, eu.. é...- tento desconsertadamente compreender se ouvi direito.

- Srta. Martins, preciso da sua avaliação pessoalmente. E como minha administradora, considero sua averiguação desses investimentos extremamente necessária.
   Não posso correr o risco de ir a Paris atoa e perder essa viagem. Será muito mais prático se for comigo, e me ajudar a tomar a decisão de uma vez lá. Então, faça exatamente o que eu disse pra vc fazer. Cancele seus compromissos, organize-se para poder estar a minha disposição.

   Aí meu Deus!! A sua disposição??? Como assim?. Vou precisar me impor mais do que acreditava ser necessário, mas não vai ter jeito, terei que ir pra Paris, com meu chefe bonitão!

Eramos apenas Amigos. (Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora