O instituto poderia ser facilmente confundido com o centro da cidade naquela manhã. Caçadores de Sombras andavam de um lado para o outro; ouvia-se coordenadas e táticas sobre a captura de Sebastian. No dia anterior, conseguimos depois de muito esforço achar o paradeiro de Clarissa, onde estava escondida por seu irmão. Infelizmente não puderam mata-lo na hora pois a energia vital dos dois continua ligada por uma marca que Lilith deixou antes de ser banida de volta para o inferno, onde é o seu lugar.
Jace esperou todos dispersarem para enfim abordar Clary, que agradecia a preocupação e recebia com afeto todos os abraços e apertos de mão dos Caçadores que ali trabalhavam. Ela não o tinha notado, estava de costas pra onde ele se escondia; escorado em uma coluna de concreto fria e nada macia.
O momento certo parecia ter chego quando Jace tomou coragem e encostou a mão no ombro de Clary, que vestia uma jaqueta preta de couro típica do visual seguido pela comunidade que agora ela fazia parte. Seus cabelos ondulados caiam por seus ombros, como ondas num mar escarlate.
Ele viu, assim que ela virou, seus olhos cansados e surpresos.
- Jace? - Ela indagou totalmente surpresa. Seus olhos brilhavam contra a luz solar que invadia o instituto. Pela claraboia na lateral do edifício, um raio de luz iluminava uma pequena parte da sala, mas grande o suficiente para cobrir Jace. Seus pelos, da barba e do braço, refletiam a claridade deixando-os da cor dourada que ela tanto gostava.
- Pensei que nunca mais a veria - Um tom de alívio saiu de sua boca. Afastando o braço de perto de Clary, ele podia jurar que ela crescera nesse meio tempo longe de casa.
- Parece que estava errado então - Ela disse, sorrindo delicadamente.
Agora se encontravam sozinhos na sala central do instituto, onde máquinas holográficas apitavam num ritmo compassado e o barulho de computador ligado inundava o cômodo com facilidade. As janelas abertas permitiam o ar circular, de forma que nunca ficasse calor no ambiente. As mãos de Clarissa estavam frias como as de um filho da noite quando Jace as tocou, com todo o cuidado possível.
- Senti saudade - Seus semblante suplicava por ternura, estava perto demais do corpo de Clary.
- Você não foi o único, Jace - Clary entrelaçou suas mãos juntas ao corpo, agora tão próximos como se nunca estivessem longe um do outro.
Jace a abraçou, com as palmas das mãos sobre as costas dela, apertando-a de leve. Se visto por outra pessoa poderia ser interpretado como um abraço de despedida de tão demorado. Seus olhos estavam fechados, rugas irrompiam nas laterais da tempora.
Assim que desvincularam do enlace, o cheiro dela o conquistou, lhe roubando toda a força. Seu corpo ficou mole, e ele não resistiu quando sua boca chegou a centímetros da bochecha de Clary. A beijou no mesmo instante que respirou profundamente, como se tivesse tomado um tiro repentino no peito.
Sua boca guiava a dela, transformando o ato num beijo de cinema. A mão de Clary escorregou do cabelo de Jace para seu peitoral, rígido e definido. Dava para sentir as linhas que os músculos delimitavam conforme ela passeava com os dedos pela camisa de algodão que ele vestia. Pareceu ter tocado em algo sensível quando percebeu o mamilo dele enrijecido por detrás da roupa.
Quando o beijo cessou e os dois recuperaram o folego, Jace não parecia saciado.
Mordiscou os próprios lábios, quase involuntariamente.
- Você é incrível - Ela disse, o encarando. Sua respiração pesava, mas não parecia incomodar.
Jace se moveu rapidamente num jogo de cintura, pegando-a e a jogando em cima da mesa mais próxima. O teclado do computador caiu no chão com um baque repentino; por algum motivo aquilo pareceu cômico para os dois.
Ela o enlaçou com as próprias pernas em volta de sua cintura rígida e masculina, enquanto o fazia se aproximar mais com os braços ao redor do seu pescoço. O beijo recomeçou sem precedentes e o que antes era uma chama, agora queimava os dois sem pudor.
- Eu quero mais de você - Revelou Jace entre as carícias, e começou a tirar a roupa de Clary. Cada peça jogada ao chão lhe aumentava a necessidade que sentia pelo corpo do outro.
Depois de se despirem, ele de cueca e ela só com a calcinha, sem o sutiã, escoraram-se a um dos pilares próximos e o beijo retornou, só que dessa vez era Jace quem distribuía pelo corpo todo de Clary. O atrito de seu caralho grosso na calcinha dela fazia Clary revirar os olhos de prazer, o desejando mais.
Diante do sexo evidente, Clary estremeceu. Lembrou-se de que ela não estava ali sozinha, Sebastian via tudo que ela via, ouvia tudo que ela ouvia e sentia tudo que ela sentia.
- Jace - Ela começou, recuando com o pensamento fulminante.
- O que aconteceu?
- É que não estamos sozinhos aqui - Ela o olhou de soslaio, tímida demais pra evidenciar o fato.
Jace pareceu entender sem muito esforço.
- Não tem problema - Tranquilizou-a com um sorriso no canto da boca. Clarissa recuou em choque, não esperava por essa resposta - Eu sabia disso desde o começo. Ele pode sentir, não?
Ela assentiu, engolindo em seco.
- Então deixe ele sentir isso.
Jace a agarrou pelos cabelos e conduziu sua cabeça com leveza para a base de sua cueca. Ela entendeu o recado e prontamente a tirou com os dentes, encarando o membro duro e pulsante de Jace diante dela. Sua cabeça era rosada e desenhada, só de se imaginar chupando aquilo a fazia estremecer.
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Longe dali, Sebastian sentiu quando um gosto estranho tomou sua boca, o gosto de Jace. Sentado numa poltrona confortável numa sala rústica de uma casa dos anos 80, fechou os olhos a fim de aflorar os sentidos para se conectar ainda mais com Clarissa. Podia ouvir o barulho do sexo, sua irmã gemendo e a boca de Jace percorrendo seu corpo, o corpo de Clary. Ele sentia tudo, dos toques às estocadas ritmadas, forçando-o a gemer compassadamente. Seu caralho já duro babava de desejo proibido pelos dois e ele o estimulava com ganancia no olhar, hipnotizado com sua própria majestosidade.
As provocações ficaram mais fortes e as estocadas mais rápidas, o suor pingava pela lateral de seu rosto. Ele estava prestes a gozar quando ouviu as vozes de prazer extremo de Clary e Jace, juntas como uma só.
Não aguentava mais segurar e vencido pela excitação, gozou. Jatos de porra jorravam de seu membro a cada pulsação, seguidos por gemidos guturais. Naquele momento Sebastian se sentia invencível, e não via a hora de poder encontrar a irmãzinha novamente.
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One Shot's Os Instrumentos Mortais
Fiction généraleEste livro é um conglomerado de one shot's originais da saga Instrumentos Mortais da autora Cassandra Clare. Várias histórias separadas de um só capítulo (ou mais) retratando os relacionamentos dentro da saga sejam eles "reais" ou não. Alerta: Cont...