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Como prometido, cap novo pra comemorar a vitória do Minas

POV ARIELE

Logo após encerrar a ligação tratei de arrumar o apartamento, pois a queria aqui. Tentei me distrair, mas vez ou outra me vinha a lembrança de sua voz, nitidamente, abalada com a situação. Ao mesmo tempo em que sinto ódio do canalha me sinto tomada por preocupação com a Carol. Será que aconteceu mais alguma coisa e ela não quis contar para Renata? Ela parecia tão frágil ao final da ligação e nem fez questão de esconder isso, pelo contrário expos e me pediu consolo.

Depois de limpar cada cantinho do apartamento, acendi alguns incensos pra deixar o ambiente mais leve e fui tomar um banho. Fiquei pronta muito antes do horário de ir busca-la, mas a ansiedade é tanto que fui logo para o aeroporto. Como previsto cheguei muito antes do previsto e resolvi ficar no carro mesmo, não queria correr o risco de encontrar algum fã e virar aquela bagunça. Entrei no aeroporto faltando 10 minutos para a chegado do seu voo. Não demora muito vejo ela saindo puxando apenas a mala de mão e olhando para os lados me procurando. Vou em sua direção e logo ela percebe e abre um sorriso aliviado.

Oi – a abraço apertado e sinto seu aperto de volta – Vamos? – ela apenas acena, mas não me solta, saímos então abraçadas – Pra você – entrego uma única tulipa e o gesto parece surpreende-la

Obrigada – ela agradece e se estica para deixar um beijo na minha bochecha

Confesso que fiquei um pouco frustrada, esperava pelo menos um selinho, mas tudo bem, eu entendo.

O voo foi tranquilo? Tá tudo bem? – tento puxar assunto

Sim, foi tudo bem. Só estou um pouco cansada... Com a mente cansada, na verdade – ela desabafa – Ah, sua mãe te mandou uns doces – ela muda o tom de voz, agora um pouco mais alegre

Não acredito que minha mãe te usou para mandar coisas pra mim – digo rindo imaginando a cena

"Minha filha você não importa de levar uma encomenda pra Ariele? É que ela tem uma TPM que só cura com doce, você entende?" – Carol imita o que seria minha mãe falando e não aguento caindo na gargalhada

O que fazer quando a própria mãe acaba com a reputação da filha? – faço drama

Ah para! Ela foi só elogios. Parecia até que estava querendo que me apaixonasse por você

Boba

Sério, mas nem precisou – ela diz olhando pra mim e em seguida para flor. Fiquei sem saber o que dizer

Ficamos em silencio por alguns minutos, ouvindo apenas a música que rolava no carro e vez ou outra ouvia ela cantando. Percebo que ela está um pouco inquieta ao perceber que não estou fazendo o caminho da sua casa.

Estamos indo ao meu apartamento, tudo bem? – pergunto insegura com medo dela querer ir para casa

Não vai te atrapalhar? Pode me deixar em casa, caso tenho trabalho a fazer

Meu compromisso hoje é com você, e apenas com você – viro para falar olhando em seus olhos e ela sorri

Ela pôs a mão na minha perna e de lá não tirou durante o resto do caminho até nosso destino final. É a sua primeira vez em meu apartamento e ela observa tudo com interesse. A levo por último no quarto.

Você tem muito bom gosto

Obrigada, mas não fiz tudo sozinha. Sua irmã ajudou bastante – digo ainda escorada na porta observando-a caminhando pelo quarto – Quer tomar um banho? Minha banheira não é tão grande quanto a sua, mas garanto é muito relaxante – ela me olha de uma maneira que não consigo decifrar

New RulesWhere stories live. Discover now