Meu chefe insuportável

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Oi, gente. Mais uma fic pra vocês, enquanto eu tento organizar a minha vida, minhas escritas e meus incontáveis plot's. Espero que vocês gostem. Eu adoro o filme A Proposta com a Sandra Bullock. Eu vi há um tempo e tive a idéia de fazer uma fic jikook com esse filme. O primeiro capítulo tava lá perdido e hoje criei coragem de abrir ele, mexi um pouco, acrescentei coisas e agora está aqui.

Boa leitura!

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Ele detestava aquele emprego, e principalmente, não aguentava seu chefe. Que o estava enrolando há dois anos.

Ele estava fodidamente aturando frescurices há dois malditos anos.

Jungkook estava cansado de continuar naquele cargo, ele merecia mais.Tinha estudado e dado tudo de si para entrar em uma editora privilegiada, mas não pra trabalhar como secretário pra vida toda.

Ele teve que abandonar tudo e enfrentar as pessoas que amava pra conseguir ir atrás do seu sonho. Infelizmente, havia uma barreira em seu caminho, mais conhecido como Park Jimin, que ele teve a puta sorte de conhecer quando decidiu entrar naquela empresa.

Jimin ao contrário de Jungkook, tinha em seu lar doce lar uma pilha da história de seu secretário, e outra, de histórias que precisava urgentemente ler para decidir qual publicar.

E esse era o motivo de até aquele momento não ter lido nenhuma página do glorioso manuscrito ㅡ palavras de seu secretário, aliás ㅡ que Jungkook recomendou. Porém, ele não precisava saber disso. Afinal, Jimin não devia satisfação à ninguém... Ok, talvez aos seus superiores e aos escritores. Mas somente à eles.

- Bom dia, Jimin.

- Trouxe meu café? - perguntou Jimin, curto e direto, sem nem um ''Bom dia, Jungkook. Como foi seu final de semana?". Já estava acostumado, mas sonhar que em algum dia Jimin seria abduzido e seu mais novo chefe fosse um amor de pessoa, ou mais flexível, e não falamos da flexibilidade corporal, que a propósito é uma habilidade incrível, principalmente em situações... bom, enfim, continuando, não era ruim ter esperança de que um dia seu chefe resolvesse ser mais dócil.

Alguns diriam que é falta de sexo, e pela agenda que Jungkook atualizava a cada minuto do dia, tinha quase certeza de que isso era possível.

Por que em qual hora do dia Jimin teria encontro, se nem o próprio Jungkook conseguia ir no pub da esquina com os amigos para uma noite de bebedeira, já que o próprio Park ligava pra ele a qualquer maldita hora do dia pra pedir isso e aquilo?

Ele achava o quê? Que Jungkook era algum tipo de robô ou um humano destituído de vida social?

Tá certo que muitas vezes Jungkook recusava convites para sair porque preferia passar suas noites e dias livres lendo ou se exercitando ao ar livre. Mas isso não vem ao caso, porque alguém parece estar chamando sua atenção.

- Hum... Jungkook? - chamou Jimin, com a voz tranquila e um toquezinho de ironia nela.

- Sim, Jimin?

Jungkook não olhava para ele, pois estava ajeitando seu paletó, depois de ter corrido uma maratona até ali. A impressora havia resolvido dar um de seus chiliques em plena segunda feira de manhã.

- Quem é Mari ?

- Oi? - Jungkook finalmente olhou para o mais velho, confuso, ao passo que o outro, devolvia o olhar com uma das sobrancelhas arqueadas, e o copo de café erguido até à altura dos próprios olhos. Jungkook via a fumaça do líquido quente voar em direção aos olhos de Jimin, os deixando meio nublados.

- No meu copo está escrito ''Mari'' e tem um número de telefone. - esclareceu Jimin, enquanto desviava os olhos da figura a sua frente para direcioná-los ao copo em questão. - Por acaso você roubou o café de alguém?

- Não, não. Na verdade, esse é o meu café.

- E onde está o meu?

- Infelizmente, na calçada em frente à editora. - Jungkook explicou.

Aquela manhã não havia sido uma das melhores. Ele acordou tarde, pegou uma fila gigantesca na cafeteria, sujou sua blusa com o café - além de ter o virado - , a máquina pra imprimir os papéis para a reunião deu problema, o que o obrigou a ir até a lan house da esquina e imprimir lá, com o dinheiro do seu próprio bolso. Um dia terrível e mal tinha começado.

Viu Jimin adquirir uma expressão levemente afetada, para logo se levantar da cadeira, e beber mais um gole do café.

- Desde quando você toma café sem açúcar e com leite de amêndoas?

- Não sei. Mas um dia eu provei pra ver qual era o do leite de amêndoas, e gostei. - Jungkook observou Jimin dar a volta na própria mesa e passar por ele, um perfume suave de amêndoas correndo atrás da figura pequena. É, parece que alguém gostava de amêndoas não só no seu café.

- O que temos para hoje? Ryu já tirou as coisas dele da sala?

- Uma reunião com a equipe de marketing, do novo livro, as dez. Depois almoço para finalizar os processos do livro do senhor Lee. E a diretoria quer falar com você. - Jungkook listava os afazeres do dia, enquanto seguia Jimin para fora da sala dele. - E o senhor Ryu está no processo.

- Ele devia ter feito isso ontem. Por que ele enrola tanto? Acha por acaso que eu vou mudar de idéia? - Jimin virou repentinamente, quase fazendo Jungkook trombar nele, enquanto recriminava o outro. Jimin olhou em volta, e todos colaram seus olhos nas telas do computadores, depois deu novamente as costas para Jungkook e continuo sua caminhada. - Ele só tinha uma coisa pra fazer, e conseguiu perder nosso melhor cliente. Ainda bem que eu consegui recuperá-lo. Você entende, Jungkook? Não se pode perder cliente em um ramo que tem muitos escritores, mas poucos bons o bastante.

- Interessante você tocar nesse assunto. Eu queri-

- E perder um cliente com potencial é um absurdo. - continuo Jimin, cortando a fala de Jungkook sem ressentimento.

Jungkook somente suspirou frustrado, enquanto seguia Jimin para a sala de reuniões.

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- Eu sei, mamãe. - suspirou pela milionésima vez naquela manhã.

- Sua avó está fazendo 89 anos. E você sabe que não é sempre que se faz 89 anos.

"Obviamente'', pensou Jungkook enquanto ouvia sua mãe tagarelar há mais de dez minutos, depois que falou que não poderia ir para o aniversário de sua avó.

Jungkook perguntou a Jimin se ele poderia ficar o final de semana livre, pois sua avó estava fazendo aniversário e fariam uma festinha pra ela. Porém, Jimin foi firme e curto ao dizer "Não".

Eles tinham alguma conferência e mais um almoço de negócios no final de semana, e por isso sua vózinha teria que se contentar com um Parabéns pelo telefone e um presente via o correio.

- Esse seu chefe é um tirano.

- Jungkook?

Era Jimin quem chamava, estava caminhando até sua mesa e pegando algo que Jungkook não pode ver o que era, de onde estava, sentado em sua mesa de s-e-c-r-e-t-á-r-i-o. Vai por mim, ele não odiava o cargo, era um trabalho muito digno, e dependendo de empresa para empresa, chefe para chefe, conseguia ser bem remunerado. O que Jungkook detestava nisso era o fato que ele não queria ser secretário - principalmente não para sempre -, ele queria ser editor. Esse era o sonho dele.

- Oi? Sim? - falou Jungkook, tampando o bocal do telefone, enquanto prestava atenção em Jimin.

- Almoço.

Sim, só isso que ele falou enquanto se retirava do escritório com um óculos na carinha linda e um celular já grudado na orelha. Jungkook suspirou, de novo.

Jungkook estava achando que a cada suspirou que dava, uma parte de sua alma ia junto. Porque ele estava se sentindo realmente esgotado naquele dia em específico.

- Mãe. Eu preciso desligar. - se despediu - Depois a gente se fala, tá? Eu amo vocês, manda um beijo pra vovó.

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