nosso trato × jkjm

Meu chefe enlouqueceu

Maoi, gente.

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Depois do almoço com o senhor Lee, Jimin foi até a sala da diretoria. E Jungkook foi até o escritório para repassar o que tinham combinado com o escritor durante o almoço.

Jungkook não podia negar, depois de se empanturrar com comida e ter uma boa conversa sobre livros, seu humor melhorou e aumentou sua vontade de viver. Era como se aquelas partes que se foram durante a manhã, tivessem voltado. Tipo joguinho que você reabastece seu nível de vida comendo ou pegando itens específicos para isso.

Ele tinha terminado de enviar as modificações para o designer do livro quando o telefone tocou.

— Boa tarde. Jungkook, secretário de Park Jimin da editora Persona falando. — Jungkook disse aquela mesma saudação que parecia que faria pelo resto de sua vida ou até que se demitisse dali.

— Oi, Jungkook. Cadê o Jimin? Eu preciso falar com ele. Eu não sei se vou conseguir fazer aquela entrevista… — a pessoa do outro lado começou a falar, e Jungkook pensou que nunca pararia. E só pela voz e o monólogo, ele já sabia quem era, o um pouco surtado, mas tremendo escritor Kyo.

— Jimin está em reunião, pedirei para ele ligar de volta assim que acabar. Tudo bem?

— Por favor, o mais rápido possível.

— Assim que ele por os pés pra fora da sala. — Jungkook suspirou depois que ouviu o barulho que dizia que a ligação havia sido encerrada.

Sabe o que ele tinha dito sobre estar de bom humor e com suas energias renovadas? Pois acabou de retroceder.

O senhor Kyo era um pouco impulsivo, uma hora ele aceitava uma coisa e nos últimos segundos desistia, ou tentava. Porque Jimin sabia ser persuasivo. Jungkook as vezes pensava se conseguiria fazer isso no futuro — quando se tornasse um editor —, mas ele era positivo e sabia que daria algum jeito.

E o senhor Kyo surgir horas antes da entrevista pra dizer que não queria mais, não era novidade, mas atacava os nervos.

Jungkook olhou pro relógio de pulso e depois para a porta. Ele não sabia se Jimin demoraria ou não. E precisava avisá-lo o quanto antes sobre Kyo.

Afrouxando o nó da gravata, se levantou e seguiu até a sala da diretoria.

(...)

Chegou no andar da diretoria e caminhou até o balcão da secretária. Ela sorriu assim que o viu. Jungkook acreditava que ela gostava dele, talvez o admirasse por aturar Park Jimin por tanto tempo. Como dizem, ele era um sobrevivente.

— Boa tarde, Jungkook.

— Boa tarde. — Jungkook cumprimentou ela amigavelmente, depois se apoiou no balcão. — Jimin está aí dentro ainda?

— Sim.

— Será que vai dar merda se eu entrar?

— É urgente?

— Muito.

Aquela entrevista de Kyo era importante. Jimin batalhou pra consegui-la, e se soubesse que Kyo não foi porque Jungkook não o avisou antes do estrago, a merda ia feder. E Jungkook definitivamente não ia querer estar presente nesse momento.

— Tente a sorte. — disse ela, indicando com a cabeça a porta da sala onde Jimin estava com os diretores da editora.

Jungkook apenas assentiu com a cabeça e se deslocou do balcão. A caminhada para a porta foi quase sufocante. Alguma coisa parecia lhe dizer que era melhor ele dar meia volta e ficar quietinho na sua cadeira. Porém, seus pés continuaram seguindo a linha até lá. E Jungkook ou escolhia seguir sua intuição e se foder, ou ir até lá e se foder. Ele ia se foder de qualquer forma, então o melhor era ser o mais rápido possível, para se livrar da tortura o quanto antes.