Just Dance [CONCLUÍDA]

Ruivo Bisbilhoteiro

SEOUL | CORÉIA DO SUL

A pior parte nessa história de dança é que não posso dançar o que quero, não sou mais fã de balé, mas é claro que não desprezo a dança, balé foi minha primeira paixão, o conheci através de minha omma então não quero decepcioná-la. Mas o balé me abriu portas, portas para outro mundo, outro tipo de dança, mas appa não me deixa experimentá-las, ele já acha o balé arriscado, disse que se algo acontecer comigo como aconteceu com a omma ficarei em negação, mal sabe ele que danço e publico vídeos, se ele souber ele me tranca numa jaula e me joga no fundo do oceano ou me leva para um interior longe de tudo. Até parece.

Estaciono carro em um estacionamento próximo a universidade, pois a da mesma estava bloqueada, cheia de seguranças, com certeza é alguma patricinha ou filhinho de papai que quer manter distância da ralé. A universidade não é composta apenas por pessoas da alta sociedade, não, não, recentemente e pela primeira vez appa abriu as portas da universidade para bolsas de estudo, espero encontrar Yerin e Dak-Ho, eles gêmeos, meus melhores amigos, e os únicos que sabem que appa é o dono dela, são loucos para entrar nessa universidade desde sempre, não sei o porque mas são, os conheci em um intercâmbio que fiz no japão, ficamos na mesma cidade e na mesma casa. Yerin ama balé, por isso nos damos tão bem, as vezes, ou quase sempre peço ajuda com alguns passos, pois como sabem, balé não é mais minha praia. Dak-Ho gosta de dança de rua, é louco, já participou de várias batalhas de dança, eu apenas vejo de camarote, não posso ser vista dançando outro tipo de dança, mas quando sempre que nos encontramos dançamos alguns passos bem legais, Dak-Ho é do tipo que inventa os passos e eu monto a coregrafia, a dupla perfeita.

Balanço a cabeça afastando meus pensamentos, espero que eles tenham conseguido. Pego minha bolsa que jaz no banco ao lado, verifico se está tudo e saio, travo o carro e guardo a chave na bolsa.

- Adivinha quem conseguiu entrar para a universidade nacional de artes da Coréia? - Uma voz animada ressoa em meu ouvido, termino de fechar a bolsa e olho para minha frente.

- OMG, Yerin.- Digo em voz alto.

- Sentiu saudades né.- Ela brinca, corro até a mesma lhe dando um abraço apertado.- Eu Sei que você me ama Sook, mas está me sufocando.

- Oh, desculpa.- Ri tímida.- Dak-Ho.- Abraço o mais velho, ele agarra minha cintura e me gira no ar.

- Saudades de você baixinha.- Ele me coloca no chão e beija minha testa. Dou-lhe um chute nas canelas e ele geme de dor.

- Já disse para parar de me chamar de baixinha, sou quase do seu tamanho seu poste.- Faço bico e cruzo os braços. Então essa sou eu com amigos, uma louca sem rumo com dois completos idiotas e parecem ter titica de galinha na cabeça.

- Quase, não é.- Ele zomba, continuo minha pose de durona.- Tão fofa.- Ele afaga meu rosto.

- Parecem duas crianças,tsc.- Yerin cruza os braços e faz um sinal de reprovação com a cabeça seguido de um sorriso.

- Vamos entrar ou vamos nos atrasar.- Pego os dois pelo braço ficando no meio dos dois, parecemos três crianças correndo atras de um sonho.

Ao entrar na faculdade rindo feito três hienas que somos interrompidas por uma multidão de pessoa nos empurrado e correndo até a porta.

- Se afastem.- Um homem de terno preto grita.

- O que está havendo? - Pergunto sem entender nada.

Ninguém responde, todos parecem está hipnotizados com o que ou quem vai entrar, não demora muito e mais seguranças aparecem. Em seguida quatro adolescentes uma garota e três garotos, conheço um deles, é o cara do jantar de ontem.