Verdades

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Nan Min Sook P.O.V

Junto comigo, o céu resolveu se fechar. O dia bonito e ensolarado se foi e agora a chuva é quem cai e acolhe meu coração calejado, me abraçando forte. A fumaça morna do café acaricia meu rosto enquanto olho para fora da lanchonete, na qual Kai sugeriu que viéssimos, admirando a chuva cair brutalmente lá fora, castigando Seoul, para eu me acalmar e me distrair e bem, funcionou, pouco, mas funcionou.

A caminho, quando ainda estava sol, vimos alguns adolescentes junto a crianças dançando coreografias aleatórias, incentivando alguns idosos a curtir o dia ensolarado também, achei fofo e isso me arrancou um mínimo sorriso. Eu e Kai mantivemos silêncio o caminho todo, tanto por eu não querer conversar e também por não poder chamá-lo pelo nome ou apelido ou estaríamos correndo feito loucos por Seoul, fugindo de suas fãs. Em seguida passamos por uma mulher que cantava em público acompanha por um violão, a música era bonita mas me deixou em uma bad na qual me segurei para não chorar em público. Logo depois viemos apenas trocando olhares, chutando pedrinhas que estavam na rua, eu e Kai, acompanhados de alguns sorrisos e pouco antes de chegarmos a lanchonete a chuva nos pegou de surpresa, obrigado Kai a tirar o casaco com capuz que o ajudava a esconder sua identidade e me entregar, recusei, mas não serviu muito, ele insistiu, dizendo que estávamos quase chegando e que não havia problema em de molhar um pouco, então cedi. Ao chegarmos na tal lanchonete todos os olhares de viraram para nós, pois mesmo tentando nos proteger nos molhamos muito, pelo fato da chuva ter  se fortificado a cada segundo. Conseguimos um lugar afastado e longe dos olhos e comentários de outras pessoas, então entendi que Kai frequentava muito aqui e que as garçonetes já sabiam seu gosto. Logo Kai fez o pedido e agora estamos aqui, nos olhando vez ou outra e sorrindo forçado. Eu não quero conversa e ele pareceu entender, já que não tentou puxar assunto ou saber de fato o que aconteceu na faculdade. Estou aliviada.

Comemos e bebemos e depois saindo da lanchonete, já que a chuva havia parado.

— Obrigado. — Murmuro, olhando rapidamente para Kai. Ele arqueia a sobrancelha. — Sabe, por não me encher de perguntas e talls. — Reviro os olhos.

— Não foi nada. Só dei a você o que queria que dessem para mim, um pouco de paz. — Ele sorri e eu retribuo. — Não querendo forçar a barra, mas, você ficou assim por que ele estava com ela? — O olho de canto e depois me coloco em sua frente.

— Ele quem? Jung Hoseok? — Forço um sorriso, lhe dou as costas e volto a caminhar. — Eu ia seguir seu conselho, dizer a ele a verdade. Mas ele está bem com Lalisa, não quero chegar e arruinar isso. Achariam que eu estaria meni só para ficar com ele. — Olho para trás e vejo Kai ainda parado no mesmo lugar. — Não vem? — Arqueio a sobrancelha.

— Claro! — Ele abaixa um pouco o boné que estava e vem até mim, com certa agilidade.

— Espera. — Me aproximo dele, retiro seu boné, bagunço deus cabelos e volto a colocá-lo. — Está se escondendo demais, é suspeito. — Sorrio.

— Obrigado. — Ele sorri tímido.

— Vamos. Não queremos ser perseguidos por suas fãs. — Digo brincalhona, afastando os sentimentos tristes.

— E o assunto Jung Hoseok?

— Esqueça! Pois eu já esqueci. — Sorrio e começo a correr, logo sendo seguida por Kai.

[...]

O caminho até em casa foi mas alegre do que imaginei, para o resto desse dia, achei que voltaria chorando e me isolaria no quarto com um balde de pipoca, chocolate e Netflix. Mas foi muito pelo contrário, cheguei feliz, porém sem a companhia de Kai, que teve que voltar às pressas para a faculdade pois saiu sem o conhecimento dos seguranças. Queria ter curtido mais um pouco com ele, pois é alguém que quero ter ao meu lado, a partir de agora.

Just Dance [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora