As coisas mudaram muito desde então, passaram-se exatamente uma semana e acho que ninguém ainda sabe como agir, parece que estão todos escondendo algo, e isso não é bom e o pior é que eu ainda sou um deles, e isso é ruim, muito ruim.
Meiaum praticamente me evita agora, o Saiko então, nem se fala. O único que ainda consigo conversar é o Tawan, bom é o Tawan, né? Não que ele em si seja ruim mas ele tem uma essência, um amargor diferente dos outros, o tipo de pessoa que sinceramente eu não me importaria de contar algum segredo. E falando nele, hoje eu vou sair com ele, porque claramente nosso "quarteto" virou um 1/2 e acho que vai ficar assim por um bom tempo, até as coisas se acertarem que no caso eu não sei como vão.
Pelo menos vou ter companhia, uma companhia calada e monótona mas é uma companhia.
Creio eu que hoje sera uma longa noite.
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Não demorou muito pra' que chegássemos, fomos pra' um bar "vintage" que dizia Tawan que era o melhor da cidade, não parecia ruim, muita gente rindo, bebadas, será que o Tawan bebe? Nunca tinha me tocado disso, eu só sei que não posso exagerar, não igual daquela vez...
FLASHBACK "— S-saikooooo você é incriveeeel cara. - rindo alto enquanto André me segurava e Saiko me gravava rindo em dobro. — Ele vai ver isso depois e vai me matar. - Disse saiko enquanto ria"
Me perdi nos próprios pensamentos por uns instantes até Tawan chamar a minha atenção. — Vai querer o que? - ele sorriu seco. E logo pedi. - Uma porção de batata frita e... hm... O que você gosta de beber Tawo? — Qualquer coisa, álcool tem tudo o mesmo gosto. - Eu ri. — Seis cervejas, e o dobro pro bonitão aqui. - Ele riu baixo e fomos pra' mesa.
Não foi tanto como planejado, fomos bebendo, mais do que deveria e acho que estrapolamos, mas eu meio que estava lúcido o suficiente pra' ver o quão bebado o Tawan estava. Comecei a caçoar com ele e as reações dele eram as melhores, depois de um tempo ele se sentou ao meu lado e se aproximou. — Ycaro, eu nunca beijei sabia? - ele riu e se apoiou em mim. — Hm, sério? - disse em tom de desinteresse. — Olha pra mim. - Ele disse e eu me virei. Ele veio e selou nossos lábios rapidamente, apoiou os braços na minha nuca e a única coisa que pude sentir foi o gosto do álcool forte. Não durou muito, paramos e ele olhou pra mim novamente. — Isso não funciona muito bem né? - Ri enquanto falava pra ele. — Nada funciona com você. - Ele riu de canto e continuou bebendo.
Provavelmente ele nem se lembraria disso no dia seguinte, e até que foi engraçado. Os meninos não perderiam isso por nada. Bom, e não é que pelo menos um deles não perdeu.
