1. Onde tudo começou

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(Cap. 1) - Onde tudo começou;

 Minha vida é confusa, eu devo admitir. E muito complicada. Para começar,  meu nome é N°8. Sim, eu tenho o nome de um número. Assim como todos meus 'irmãos'.

 Fomos criados pelo excêntrico e milionário Sir Reginald Hargreeves, ele nos criou na Umbrella Academy e desde crianças fomos criados de uma maneira... Diferente.

 Bom, para entenderem vou contar desde o início.

 Há alguns anos atrás, 43 mulheres deram a luz simultaneamente no mesmo dia, mês e ano. Mais aí estava o peculiar, nenhuma delas estavam grávidas quando acordaram no dia.

 Então, Sir Reginald Hargreeves procurou o máximo de crianças o possível para poder treiná-las para o mundo. Ele conseguiu apenas 8 crianças, e acho que ja deu para notar que sou uma delas.

 Meu pai, Reginald, morreu ontem a noite. Parada cardíaca pelo que me disseram. E bom, estou indo para a academia. Vamos jogar as cinzas dele fora.

 A muito tempo eu fui embora daquela casa. Bendito foi esse dia, nunca me arrepedi de ter ido.

 E como um último adeus, eu iria no enterro do velho. Eu não queria, mas... Todos, muito provalmente iram então seria quase uma reunião familiar.

 Vou mais por dever, nunca me importei com aquele velho. Pelo amor de Deus, ele era terrível conosco. Ele nunca foi realmente um pai.

 Aos nossos 12 anos de idade, ele nos fez fazer uma tatuagem no pulso. O símbolo da acadêmia, um guarda-chuva envolto de um círculo. Fui uma situação traumática, meu irmão Diego - N°2 - quê o diga. Ele passou a ter trauma de agulha desde então, ele costuma desmaiar quando a vê.

 Eu me lembro daquele dia com detalhes. Estávamos na sala principal, um tatuador fazia nossas tatuagens com frieza.

 Era a vez de Luther - N°1 -,  ele tentava não demonstra o quanto aquilo doía apenas para não fraquejar diante de nosso pai. Para orgulha-lo. Algo patético ao meu ver.

 Ao canto já com as toguagens feitas, Allison - N°3 - estava chorando pela dor em seu pulso junto a Diego. Ambos tentando se consolar.

 Klaus e Ben - N°4 e N°6 - estavam sentados no banco esperando sua vez. Suando frio vendo oque seus irmãos estavam passando.

 Five - N°5 - sentava ao meu lado nunca olhando para o N°1 na cadeira. Eu e ele estavam discretamente de mãos dadas, eu sabia o quanto aquilo estava abalando N°5. Ele nem ao menos estavam com seu costumeiro sorriso cínico.

 O nosso pai apenas nos olhava, não sentindo nada com a nossa dor. Ele nunca se importou realmente. Jamais iria.

 E escondidas nas escadarias estava Vanya - N°7 -,  ela era normal e por isso não estava conosco. Nosso pai a excluía de tudo por isso.

 Eu não me importava com a dor que iria sentir ao fazer aquilo e sim com as dores dos meus irmãos. Eu sempre quis ter o poder de tirar a dor das pessoas. Mais isso era muito longe da minha realidade. Eu controlava a eletricidade, e por causa disso, o meu envelhecimento era tardio. Enquanto meus irmãos tinham 20, 30 anos eu possuía a aparência de uma adolescente.

 Estaciono meu opala em frente a academia tentando criar coragem de encarar meus irmãos. Fazia muito tempo desde que eu os vi. Eu sentia falta de Grace, o Pogo. Até mesmo dos momentos em que eu passei ali com meus irmãos.

 Suspiro pegando minha bolsa de couro que estava no banco do passageiro e saio do carro. Estava na hora de encarar fantasmas do passado.

 Entro dentro do edifício com calma. Olho cada parte do ráu de entrada, eu possuía algumas memórias boas de lá. Ben e eu costumávamos ler alí.

 Ben. Eu sentia tanta falta dele, do Five. Mais sei que nunca mais os verei. Ben em uma de nossas missões, acabou morrendo de maneira trágica. Seus próprios tentáculos ficaram descontrolados e, ele morreu por isso. Pelo seus próprios poderes.

 E Five, ele usou seus poderes para viajar no tempo. E foi embora, ele nem ao menos se despediu de mim. Eu sofri com a falta dos dois. E por anos esperei que Five voltasse, mais ele nunca o fez.

 Caminho até a sala principal é lá estava os quadros em que Vanya nunca poderia estar. Papai nunca deixou que ela participasse. Eram varias fotografias e com o passar delas, pouco a pouco, alguns de nós sumiamos. Primeiro Five, Ben, eu, então por aí foi. Até sobrar Luther, apenas ele com o papai.

 Sorrio amarga com a nostalgia que me envadia. Olho então para o quadro em cima da lareira. Ali estava meu preferido, N°5 sorrindo para a foto de seu jeito único que sempre me cativou. Ele sempre cativava.

 Papai fez esse quadro em homenagem a ele, assim que ele percebeu que Five ja não iria voltar para casa. Eu me lembro de passar horas apenas olhando aquele quadro esperando N°5 aparecer. E ele nunca apareceu.

 Suspiro trêmula pelas lembranças. Isso ainda me afetava e muito. Me sento no sofá perto da lareira tentando me destrair.

 - Senhorita Annie? - Uma voz me chamou de meus pensamentos. Me virei e me deparo com Pogo, o macaco mordomo do papai.

EU SOU A NÚMERO 8   .the umbrella academyOnde histórias criam vida. Descubra agora