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Eaiiii gente... bom, com o final de coffee shop, não me restou alternativas senão postar uma short hihi. A vibe dessa é diferente, espero que tenham lido os avisos!

Enjoy!

[♡]

Hoseok estava cansado. Todos os dias a mesma pressão psicológica, todos os dias as mesmas ofensas e todos os dias os mesmos agressores. Motivos? Ele havia se assumido homossexual. Para quem acha que ao bullies existem apenas no Ensino Médio, o garoto de 19 anos poderia afirmar para você que não acaba por aí. Não quando eles passam a estudar no mesmo campus que você. Mas afinal, o que Hoseok iria querer? Era a maior Universidade da Coreia toda, onde mais os alunos de Shinhwa iriam se não fosse para a própria Universidade de Shinhwa?

Ele chegou no seu apartamento - recém alugado, por sinal -, e foi diretamente para o próprio quarto que ficava no final do corredor. Não se importava com a louça suja, o chão por limpar e as prateleiras empoeiradas. Não mais. A única coisa que Hoseok queria era dormir, porque poderia emergir no mundo da sua própria mente, mesmo que fossem horas de um fundo branco ou preto, já que não sonhava mais tinha algum tempo.

Se jogou na cama e nem se deu o trabalho de vestir o pijama, deitado mesmo tirou as roupas que usara o dia todo e se manteve apenas de boxer, mas só porque era incômodo ficar com as partes baixar expostas ao tecido do lençol. Hoseok fitou o teto, pensando em como gostaria de ter uma vida melhor, como gostaria de ter pais que não o achassem doente, como gostaria de ter alguém para chamar de amigo e, principalmente, como gostaria de ter alguém para chamar de amor.

**

Hoseok abrira os seus olhos, então se deparou com um grande campo verde, o cheiro era agradável, algo que poderia chamar de lírios. Haviam muitos pássaros no lugar, era como se a natureza tivesse, enfim, sido restaurada no mundo. Ele estranhou por estar ali de início, mas não importava como chegara ali, o que importava era que ele estava ali agora, longe de toda a poluição da civilização coreana, longe dos professores, longe dos colegas de classe e longe das ligações de seus pais falsamente preocupados.

Ele então se levantou e deu alguns passos enquanto olhava em volta, girou em 360º graus e passou uma visão panorâmica por todo o perímetro. Não tinha nada além dele, dos pássaros e das plantas, pelo menos era o que pensava.

Sentiu que não havia necessidade mais de usar os calçados que vestia, então os retirou e sentiu a sensação da grama gélida por entre os dedos. Ah, que sensação boa! Ele respirava e trazia todo o ar puro para dentro do peito, sentia-se revigorado e estava apenas há cinco ou seis minutos naquele lugar.

Enquanto andava, avistou algo curioso. Algo não, alguém. Um garoto sentado no pé de uma possível macieira enquanto lia um livro tranquilamente. Ele podia dizer que o garoto alto, tinha os cabelos castanhos, a pele pálida e vestia roupas em tons de branco e azul, como se a tonalidade das peças representasse seu espírito. O garoto então ergueu a cabeça quando notou a presença de Hoseok, usava óculos redondos de grau e sua expressão era neutra. Nesse momento, a única coisa que passava pela cabeça de Hoseok era "uau", e eu vou te dizer porquê. Os olhos do garoto moreno eram grandes, possuíam um formato bonito, mesmo que padrão, seu nariz tinha um formato delicado e era levemente arrebitado e, além disso, seus lábios eram, como eu poderia dizer, de outro mundo. Lee nunca havia visto aqueles lábios na vida, era uma característica única que o diferenciara de qualquer outra pessoa.

- Posso ajudar? - O moreno perguntou, então inclinando sua cabeça para o lado.

- Na verdade... Eu não sei nem como eu vim parar aqui. - Hoseok riu, sem graça. - Posso sentar com você?

- Claro. - Ele sorriu e foi um pouco para o lado com o corpo de uma maneira convidativa. - Qual é seu nome?

- Hoseok. Lee Hoseok. - Hoseok disse ao se sentar ao lado do corpo magro ao lado. - E o seu?

- Chae Hyungwon.

De repente, as imagens se tornaram fracas, como se tivessem desaparecendo e Hoseok se tornou confuso com a situação, o garoto sumia da frente dos seus olhos, mesmo que sentisse que ele ainda o olhava. Aos poucos, o som do transito da avenida invadiam a sua mente e, claro, o som do despertador tocando uma música do seu solista favorito o despertaram.

Era só um sonho, afinal.

dream ↠ hyungwonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora