take you like a drug

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Haechan nunca se sentira tão nervoso como naquele momento.


Fora muito bem instruído por seu pai para não conversar mais com Minhyung, porém, naquele exato momento, andava em direção a encontro do mesmo.

Recebeu uma ligação do mesmo quando o progenitor não estava em casa, e o canadense não o deu escolha, apenas marcou um local afastado para se encontrarem. Mas não era como se Donghyuck não quisesse, afinal, se sentira extremamente sozinho nos dias em que ficou sem a irritante companhia de Mark Lee.

Assim que chegou no local anteriormente citado, não foi necessário de muito para encontrar Mark, já que o odor de cigarro o denunciava a qualquer distância. Era um beco um pouco escuro, e que com certeza seria um lugar perigoso quando a noite caísse, porém agora era apenas mais uma das paisagens ignoradas por olhos aflitos de adultos e idosos.

— Ele veio! — Falou quando notou a presença do recém chegado ali, logo jogando o fumo fora e apenas curvou os lábios em um mínimo sorriso.

— Diga logo o que quer Lee, não tenho tempo para isso. — Não estava mentindo quando disse tal coisa, o tempo realmente corria contra o garoto nos últimos dias.

— Sempre tão frio. — Debochou e se aproximou. Segurou no pulso do menino a sua frente e o puxou para mais perto, envolvendo seus braços no mesmo e o abraçando contra a vontade daquele. — Mas tudo bem, eu posso te esquentar.

O abraço curto foi logo quebrado por o mais novo. Não gostava quando o tocavam, muito menos quando era alguém do sexo masculino. Sentia arrepios estranhos em seu corpo, e isto acontecia com muita frequência quando estava com o Lee mais velho. Donghyuck fez uma careta e se virou com a ideia de voltar para casa em mente, já que saira escondido naquela tarde.

Esta ideia, logo foi anulada quando mais uma vez, sentiu os dedos de Mark rodeando seu pulso e o puxando de volta. Estava pronto para socar o rosto do mesmo, mas simplesmente não o fez.

Logo então, as mãos do loiro foram de encontro as bochechas cheinhas que o coreano possuía. Algo de segundos aconteceu ali, os lábios macios de Mark indo de encontro aos maltratados e machucados lábios de Donghyuck. Não era algo sério, romântico, duradouro ou até mesmo profundo. Segundos estes que fizeram a bagunça interna de Donghyuck se tornar clara e simples, porém logo acabou, e a realidade trouxe consigo tudo de volta. Céus, não poderia estar beijando Mark em esquinas de rua enquanto deixava uma casa vazia a espera de seu pai, não poderia estar beijando Mark.

— Você... — As palavras simplesmente não deixavam sua boca. Queria beijá-lo novamente, com mais profundidade, queria sentir seu gosto em sua língua.

A risada contente do outro preencheu o local rapidamente, este soltava coisas como: “Você precisava ver sua cara!”. Donghyuck estava completamente confuso, e não sabia bem o que estava sentindo. Mas naquele momento, estava tão bravo! Não queria que Mark estivesse sério mas também não queria que fosse uma completa piada.

Abaixou a cabeça e seguiu em frente. As ruas estavam escuras e a única iluminação eram as luzes, estas que pareciam um pouco mais coloridas do que o comum. Sentia passos a atrás de si e sorriu involuntariamente ao pensar que era Mark o seguindo.

O coração acelerou ao pensar em tal possibilidade. E sorriu.

daddy issues ― MARK+HYUCK.Onde histórias criam vida. Descubra agora