i taste you on my tongue

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Talvez a pior parte da monótona vida de Lee Donghyuck, não seja seu pai, e sim o fato que estava sempre quebrando as regras impostas pelo mesmo.

Se lembrava de quando era criança, quando lhe foi dito para não mexer com o fogão quando estava ligado, mas este era uma criança sapeca, e decidiu tentar alcançar todas as panelas que estavam ali. A imaginação fértil lhe fez imaginar que estava em um balão nos céus, a procura de um grande monstro que destruiria com seus poderes ninja. Obviamente não saira como queria, e quando seu pai tentou o proteger, acabou sendo queimado com olho quente nas regiões do braço e tronco.

Naquele dia, sentiu seu pequeno mundo interior, se ferir um pouco, juntamente com seu corpo ao decorrer de que sentia os tapas de seu progenitor.

Aquela mesma sensação correu novamente por seu corpo quando sentiu mãos rudes irem de encontro ao seu pulso na rua.

— Ei! Você não é o filho do Lee?

Era um homem, sua idade ficava a mostra nas rugas que se faziam perto dos olhos e em outros locais do rosto. Não aparentava ser coreano, e o casaco estava sujo com algo que parecia serragem, o que fazia a mente do menor se lembram dos anos negros em que o pai trabalhava em uma madeireira, e levava os amigos estranhos para casa quase toda noite. Sempre bebiam e jogavam cartas. E o Lee, nunca gostou de nenhum.

— Você cresceu, garotinho. — A voz mudou o tom em questão de segundos, enquanto o homem se aproximava perigosamente de Donghyuck.

— Senhor, se afaste, por favor. — Pediu enquanto tentava falhamente parar os tremores que se estendiam por suas mãos.

— Eu me lembro de quando você era só uma criança, deveria ter aproveitado sua ingenuidade. — Soltou as palavras grotescas enquanto tantava tocar a bochecha do coreano.

O Lee sentiu lágrimas se acumularem nos olhos e seu corpo parecia não entender bem o que estava acontecendo, pois não conseguia tomar alguma atitude drástica quanto aquilo. Era o fim.

— Amor! O que está fazendo aqui? — Uma voz desconhecida soou ali.

Era Mark. O mais velho ali se afastou assim que viu a outra presença ali.

— Achei ter lhe perdido na fila do cachorro-quente! — Poderia Mark Lee ser pior com mentiras? — Venha, temos um dia todo para curtir como namorados! — Deu ênfase na palavra e viu os outros dois ali confusos.

Não demorou até Donghyuck entrar no clima da mentira e se esconder atrás do canadense. Não estava com neurônios o suficiente para encarar o rosto daquele maldito velho novamente, e ainda sentia vontade de chorar e o pânico correndo em suas veias tão rápido quanto qualquer sangue já o fizera.

A mão do outro entrelaçou a sua de um modo gentil enquanto começavam a andar para mais distante daquela rua, e daquele homem.

— Céus, eu achei que morreria! — Disse quando estavam distantes o bastante e usou o braço livre para limpar os olhos lacrimejantes. O estômago ainda revirava ao se lembrar do que acabara de acontecer.

— Relaxa! Eu estava lá não estava? — O companheiro pronunciou e sorriu. O polegar escorregava sobre a derme alheia em uma forma de deixar Donghyuck mais seguro, ou talvez em uma pequena demonstração de carinho, afinal, ele precisava disso. Carinho.

Os dois jovens ficaram assim por um tempo, até chegarem na porta da casa do mais novo.

— Então, tchau? — O mais velho perguntou incerto enquanto observava o outro largar sua mão devagar.

— Obrigada por hoje, por... Você sabe! Obrigada mesmo. — Disse enquanto dirigia seus olhos para qualquer lugar que não fosse o garoto a sua frente. — Até depois, Mark Lee. — Deu fim a conversa e sorriu antes de entrar em casa.

Talvez, outro erro de Donghyuck, fosse acreditar que as coisas ficariam bem. A esperança no garoto era enorme, e as vezes, acreditar demais não é bom. E ele acreditou que o que acontecera naquele dia, nunca chegaria aos ouvidos de seu pai.

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⏰ Última atualização: Apr 13, 2019 ⏰

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daddy issues ― MARK+HYUCK.Onde histórias criam vida. Descubra agora