"O que acontece quando um tornado conhece um furacão?" Essa é a pergunta que rodeia o relacionamento de Kayla Mancini e Mason Carter, duas pessoas com problemas emocionais profundos e que juntos resultam em uma enorme catástrofe.
Ela quer conhecer...
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Nunca havia conversado com alguém do jeito que conversei com ela. Não sabia explicar, mas alguma coisa nela era diferente. Eu sentia que poderia ser eu mesmo, sem julgamentos, sem expectativas. Ela já me odiava previamente, então que mal faria ser eu mesmo por um momento?
Estava tudo tão bem.
Tudo tão perfeito...
É claro que um de nós estragaria tudo, e dessa vez fui eu. Por que fui abrir minha boca? Eu sabia que não era culpa de Kayla chamar a atenção daqueles filhos da puta, mas não me contive. A primeira vez que sou sincero com uma garota e um monte de babacas dão em cima dela.
A festa já havia acabado, e eu estava levando-a de volta para seu dormitório...Junto com Kate. Não tive como me livrar dela. Depois do meu comentário sobre sua amiga, ela ficou com raiva de mim e fez questão de não deixar Kayla sozinha comigo nem mais um minuto, tirando minha oportunidade de me desculpar a sós com ela. Não foi diferente no caminho de volta. Ela estava no banco de trás e Kayla ao meu lado, na frente. Eu sabia que precisava me desculpar, mas não faria isso na frente de outras pessoas.
— Kayla, vamos embora. - diz Kate quando eu estacionei do lado de fora do apartamento delas. — Kate, preciso falar com ela, pode dar licença? - pergunto olhando para Kayla, na esperança dela me olhar de volta. Ela não havia olhado na minha direção nenhuma vez durante a noite. — Ela não vai falar com você e ponto final! Você já falou o suficiente! Vamos Kayla! - diz ela ao sair do carro, esperando que ela a siga. — Eu já vou Kate. - diz ela pela primeira vez, surpreendendo sua amiga e a mim mesmo. — Tem certeza? - Kate indaga. — Tenho. - Kayla diz e elas trocam um olhar por um segundo. — Qualquer coisa grita. - Kate diz me olhando feio. — Eu não vou matar ela, sabia? - reviro os olhos para ela. — Se eu bem conheço minha melhor amiga, não é ela que está correndo perigo hoje, querido. - ela diz e lança um sorriso de orgulho para a menina calada ao meu lado, antes de entrar no prédio.
Olho para ela e espero que ela fale algo, ao menos grite comigo, mas ela não o faz. Ela olha em meus olhos e com a maior calma do mundo, me pergunta:
— Porque você falou aquilo? — Eu não sei...- digo com sinceridade e olhando em seus olhos. — Você não sabe? - ela solta uma risada debochada.
Lá vamos nós...
— Não sei Kayla! Não sei porque eu falo a maioria das coisas que eu falo pra você! Eu fiquei nervoso e irritado, falei sem pensar. Sei que o que falei não foi certo. Por favor, me desculpa? - pergunto. — Vamos recapitular: você me beija, temos uma conversa decente e tranquila por um tempo, e aí eu sou uma vadia que usa roupas inadequadas? - ela me encara. — Eu sei que pisei na bola! Eu sou um fodido, mas você sabe disso. Falei a coisa errada, na hora errada. Eu não sei lidar bem com sentimentos...- acabo falando mais do que deveria. — Sentimentos? - ela levanta uma sobrancelha. — Sim. - admito. - Depois que te beijei, senti algo que nunca havia sentido antes. Não sei te dizer o que é, e te peço para não me pedir para explicar. - viro o rosto para longe de seu olhar. — Como você quer que eu não te peça para me explicar? Como você quer que eu entenda o que aconteceu? Pior, como você quer que eu te desculpe? - diz exasperada. — Eu só quero que você saiba que eu sinto muito pelo o que eu disse, mas que não sou assim geralmente, não me abro com as pessoas como me abri com você hoje. Então não sei bem o que aconteceu, tudo bem? - digo.
